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...desde janeiro de 2003

viagem

bumerangue no guarujá

boomerang
Meu irmão Roberto (Neco Stickel) escreve para nosso amigo Edu Prado, cujo falecido pai, Edu(zão) Prado alugava nos meses de Julho a nossa casa no Guarujá:

“Me lembro  perfeitamente do seu pai na nossa casa no Guarujá atirando bumerangues na praia. Imagem inesquecível, e pensando hoje, extremamente perigosa, porque ele jogava ao lado de um monte de crianças e pegava de volta no meio das crianças. Acho que ele foi a única pessoa que eu vi na vida pegando de volta um bumerangue pesado, profissional. Não sei como ele fazia isto. Acho que vocês foram mais de uma vez para a nossa casa no Guarujá.
Os bumerangues ficavam pendurados na parede atrás da mesa do jantar. Voce sabe, lógico, do acidente do meu irmão com o bumerangue. Você não sabe que depois que o bumerangue acertou o supercílio dele, ele continuou girando e acertou o meu pé também. Fez um corte pequeno, mas cortou. Foi um drama total porque tivemos que acordar meu pai que tinha proibido o Fernando de brincar com o bumerangue.
Abraço,
Neco”

E eu completo:
A atração por aquele objeto de madeira, grande e pesado que devia ter cerca de 40 cm. de ponta a ponta, que meu pai contava que voltava para a sua mão após ser arremessado, não tinha limite.
Fui devidamente instruido, no primeiro dia das férias de verão, a NÃO TOCAR no bumerangue!
Desnecessário dizer que no dia seguinte, cedíssimo, lá fui eu para a praia, joguei o toço com força em direção ao mar, o troço subiu, subiu, subiu e começou a descer com incrível precisão na minha direção, me afastei andando para trás, mas fui atingido em cheio no supercílio, meu óculos voou longe, o sangue correu, e aí iniciou-se o drama: Contar ou não para meus pais, que dormiam.
O sangue era tanto que resolvemos acordá-los.
Me levaram ao Pronto Socorro, a anestesia não pegou, lembro com clareza de uma espécie de alicate onde o médico inseria a agulha para costurar, pois é um lugar muito duro. Só com o alicate é que a agulha atravessava, e foi tudo mais ou menos a frio…

é isso, por fernando stickel [ 18:59 ]

guarujá

guaruja
As férias de verão da minha adolescência eram passadas invariavelmente na Praia do Guarujá.
Vizinha à casa dos meus pais ficava a casa dos meus avós e da minha tia Mausi, e lá havia uma empregada que provocava sonhos eróticos na molecada.
A Mazé era uma legítima Raimunda, feia de cara e boa de bunda, mulata simpática e sorridente, que tinha a boca torta. Era rodriguiana por excelência, usava minissaia e sabia que era gostosa.
Eu e o meu amigo Klaus planejávamos abrir o jogo com ela e declarar nossas intenções de conjunção carnal, queríamos levá-la até o canto dos Astúrias, e lá, encarapitados nas pedras declarar nosso tesão. Na nossa fantasia ela ia dar para nós lá mesmo, no meio do mato.
Quase todas as manhãs, bem cedo, íamos pescar com o meu avô Arthur, que me permitia, como neto mais velho, manivelar e ligar o motor diesel de um cilindro Skandia do seu barco de pesca.
À tarde, com o mesmo empenho com que eu me dedicava a manivelar o motor, nos dedicàvamos a fumar escondido os cigarros Marlboro de um inquilino que usava a casa em Julho, e deixava tudo lá…, ler gibis do Capitão Marvel, planejar o ataque à Mazé e passar muitas horas trancados no banheiro…
À noite ia todo mundo a pé para o centro para a sessão de cinema, depois sorvetes na Sorveteria Guarujá.
Bons tempos!

é isso, por fernando stickel [ 19:07 ]

pink cadillac

rabo1
Um dos carros da coleção Og Pozzoli é este lindo Cadillac 1959, com o maior rabo-de-peixe que jamais se fez!

pink

Dentro do carro havia esta miniatura, que me lembrou a história a seguir:

Eu visitava Los Angeles em 1985, hóspede do meu falecido amigo Jay Chiat no seu apartamento do bairro Venice, e certo dia ele e seus amigos Keith Bright e Bob Runyan fizeram um almoço e me apresentaram uma linda moça de origem árabe chamada Riaya.
Convidei a Riaya para jantar, o Keith ouviu nossa conversa e disse:
-Fernando, take my car, you will love it!
Bom, acreditem, o carro era o sonho californiano em pessoa, a “quintessence”, nada mais nada menos que um Pink Cadillac 1959 conversível!

pink2
Rodando à noite com a capota aberta, Venice parecia o Guarujá da minha infância, muitas ruas escuras, alguns lugares desertos, enfim, jantamos, e saimos novamente no carrão.
Parei em um farol vermelho, tudo deserto, e virei à direita. Aí, tal qual nos filmes, apareceu do nada o carro da polícia, me mandou parar, perguntou se eu não tinha visto o sinal vermelho, pediu documentos e finalmente perguntou:
-Have you been drinking?
Eu respondi:
-Well, I had dinner…
O policial me fez umas advertências, eu me comportei dizendo -Yes officer, shure, officer, e assim por diante, até que depois de um tempo de o policial me devolveu os documentos e me liberou, e nós seguimos o passeio na maravilhosa banheira.
Ufa!…

é isso, por fernando stickel [ 21:28 ]

calor do deserto

atacama
A propósito do calor, assunto obrigatório em todos os elevadores de São Paulo nestes dias de canícula, (ontem, no mesmo elevador em que me encontrava, Antonio Delfim Netto fez educados comentários sobre o assunto) me lembro do controverso calor do deserto.
As três fotos abaixo foram tiradas em longa caminhada no deserto do Atacama em 2005, com intervalo de hora e meia.
No alto, cercado de cactos, a temperatura chega 40 graus, muito seco, à medida que você vai descendo no vale, surge o rio, a vegetação aumenta, a umidade também e a temperatura cai, finalmente no laguinho é o paraíso…

é isso, por fernando stickel [ 16:45 ]

tupaiú

tupa
Final de tarde, muito calor, situação que não combina com cidade, e muito menos com São Paulo, mas combina muito bem com céu, lua e um rio glorioso!
Me bateu uma saudade desta viagem ao Amazonas em Julho 2005, com a família toda, pelo Tapajós e adjacências, a bordo do Tupaiú.

é isso, por fernando stickel [ 17:45 ]

top of the rock

rock1
No último andar do Rockefeller Center em New York acaba de ser aberto o Top of the Rock Observation Deck, com vista similar à do Empire State Building.
Fomos à noite, muito lindo, e é muito interessante uma obra de arte interativa instalada lá em cima que te identifica e te persegue com luzes no teto e nas paredes.
Quando tem várias pessoas na sala fica uma loucura!

é isso, por fernando stickel [ 9:43 ]

arthur e andy

andy
Arthur e Andy Warhol no MoMA.

é isso, por fernando stickel [ 12:00 ]

wellington

wellington
Me hospedei no Wellington Hotel em 1970, e agora na viagem com o Arthur fomos várias vezes tomar café da manhã no Park Café, na esquina do Wellington.
É impressionante como certas coisas não mudam, apesar das décadas…

é isso, por fernando stickel [ 16:24 ]

strand books

strand
Um dos lugares que eu gostava de frequentar quando morei em New York, e que continua lá igualzinho é a livraria Strand, na esquina da Broadway com 12 St.
Em sua marca diz “18 MILES OF BOOKS”, ou seja, cerca de 30km de livros!
Nós entramos e fomos andando, olhando os livros, nos aprofundando na loja, percorrendo corredores e corredores abarrotados de livros, lá pelas tantas o Arthur reparou:
– Como está silencioso!
De fato, a livraria é tão grande, e as prateleiras cheias funcionam como excelente isolante de som.

é isso, por fernando stickel [ 16:52 ]

tkts

times1
Arthur em New York, Times Square, na nova escada do TKTS: Faster than a Porsche Boxter…

é isso, por fernando stickel [ 13:52 ]

moralidade tupiniquim

ale
Turistas alemães são detidos após tirar roupa em aeroporto na Bahia

Qualquer pessoa bem informada conhece os hábitos dos países nórdicos, Alemanha incluida, onde no início do verão qualquer pessoa, homem, mulher, jovem, idoso, criança, vai ao primeiro parque ou praia disponível e tira a roupa para aproveitar o sol.
A nudez é absolutamente normal, não existe intenção sexual.
Aqui na tupiniquilandia um infeliz fotografou os sexagenários alemães e os denunciou à polícia, por uma simples troca de roupa.

é isso, por fernando stickel [ 18:48 ]

aldo & bowery

aldo-casa
Meu amigo Aldo Sampieri, brasileiro, designer gráfico e artista plástico, mora há muitos anos em New York, na Broadway altura da 8 St.

aldo-auto
Autoretrato do Aldo, óleo s/ tela.

aldo-bow
Andando pela Bowery, Lower East Side, Aldo vai contando causos novaiorquinos para o Arthur.

aldo-cafe
Vitrine na Bowery.

é isso, por fernando stickel [ 16:57 ]

ray’s pizza

ray
Ray’s Pizza na 7th Avenue x 54St. O Arthur estava louco para comer “a slice” (uma fatia) e nós pedimos de mushrooms. Muito boa.
Tem uma coisa que desta vez me chocou: O IMENSO desperdício de plástico, papel, papelão nas “take-out foods”, paixão dos americanos.
É muito lixo gerado, é muito desperdício, é zero de SUSTENTABILIDADE, a palavra da moda.

é isso, por fernando stickel [ 17:42 ]

lobster in times square

lobster
Em Times Square, a fachada do restaurante “Lobster”.

é isso, por fernando stickel [ 15:57 ]

new york times

nyt
Visitei pela segunda vez o novo prédio do New York Times, na 40 St. x 8 Av., desta vez com as obras completas.? O projeto de arquitetura de Renzo Piano é fantástico, abandona os mármores, é todo em metal, usa cores fortes, muito cinza e pisos de madeira.

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O mais interessante é uma instalação no hall de entrada, feita por Mark Hansen e Ben Rubin “Moveable Type” com centenas de pequenos monitores onde permanentemente aparecem fragmentos dos arquivos eletrônicos do jornal, palavras, frases, cotações, lugares, palavras-cruzadas, etc… em uma infindável série de combinações.

é isso, por fernando stickel [ 14:59 ]

frozen margarita

margarita
Uma das coisas que se acha com facilidade em New York é uma “Frozen Margarita” de verdade, feita na máquina própria.
Esta foi a única que tomei, aliás bebi pouquíssimo nesta viagem, dois ou três copos de vinho e uma cerveja.
Em compensação o Arthur fez uma profundíssima pesquisa de “sodas”, pedia as mais inusitadas possíveis, óbviamente com gosto de drops, chiclete, fanta-uva, uma barbaridade…

é isso, por fernando stickel [ 17:57 ]

metro em nyc

metro1No Metro de New York.

é isso, por fernando stickel [ 16:47 ]

arquitetura em nyc

ge
Fiz um tour arquitetônico informal com o Arthur em New York, a cada edifício importante pelo qual passávamos, sempre a pé, dava uma parada, entrava no hall de entrada e contava algo da época e do arquiteto.
Falei muito de art-deco, pois quase todos os dias estávamos por perto do Rockefeller Center, Radio City Muic Hall, Empire State Building, Chrysler Building, etc…

é isso, por fernando stickel [ 18:07 ]