Tropa de Elite ganha Urso de Ouro em Berlim
Mereceu! Parabéns!!
Tropa de Elite ganha Urso de Ouro em Berlim
Mereceu! Parabéns!!
Texto do Dudi Maia Rosa:
O arquiteto Louis Kahn disse que um tijolo tinha vontade própria. Eu olhei para plástico e vi o contrário desse tijolo adâmico criado pelo homem, que adquiriu vontade própria, aspirando ser catedrais, palácios, casas, coisas nobres etc…
Esse destilado de sangue negro de dinossauro – milhões de anos apodrecendo nas trevas -, não tinha vontade de ser nada. Foi ser saco de lixo, imitação de couro, seios postiços, prancha de surf, roupa, carro, barco, dinheiro, válvula de coração, teclado de computador…
Pensei comigo, “Que material interessante de se lidar!” Então, ele passou a ser para mim, além de áspero, agressivo, artificial, mediano, sem caráter, sem vontade própria, algo com possibilidades infinitas. Um verdadeiro desafio.
Foi quando comecei a experiência: ao longo desses últimos 25 anos, trabalho para tornar o plástico livre.
Hoje, até a minha cruz é de plástico.
Exposição: Dudi Maia Rosa
Local: Instituto Tomie Ohtake (r. Coropés, 88, Pinheiros, São Paulo)
Abertura: quinta-feira, 28 de fevereiro 2008, 20:00hs
Informações: (tel. 11 2245-1900).
Que prazer vê-los por lá.
Maneirismo contagiante nos desenhos, de cima para baixo:
Wesley Duke Lee, 1966
Dudi Maia Rosa, 1969
Fernando Stickel, 1970
Lembro-me bem desta época, e o fascínio que tinha por estes pequenos detalhes.
Continuo a fazer limpeza neste blog. Uma das vantagens é redescobrir coisas excelentes, como as fotos do Adenor Gondim. (juro que não é inveja, mas esta foto aí de cima eu gostaria de ter feito…)
Dois filmes excelentes: Onde os fracos não tem vez, dos irmãos Coen com Javier Bardem e O Caçador de Pipas de Marc Foster.
Raquel Valadares, filha do meu amigo Anisio Campos (a estas alturas começa a pegar mal falar estas coisas, mas não resisto, vi a menina nascer!!!) convida para a estréia de seu documentário na Cinemateca:
Corpo de Bollywood – O povo quer cinema
Brasil, 2007, digital, cor, 28′
Exibição em DVD, legendas em português
O documentário rodado na Índia em 2006 revela como o cinema é a principal forma de entretenimento na Índia. Bollywood é o centro dessa cultura cinematográfica. A maior indústria produtora de filmes do mundo – quase mil títulos por ano – mostra seu corpo e estrutura através de depoimentos do distribuidor Balkrishna Shroff, do exibidor Umesh Mehra, do produtor Mahesh Bhatt, do diretor Indranil Chakravarty, do empresário Devendra Joshi e de inúmeros espectadores em diferentes partes do país.
Diz Raquel sobre seu documentário:
O Doc certamente trará uma nova percepção de Bollywood, a maior indústria cinematográfica do país de maior produção de filmes do mundo: Índia. Só não estranhem se a ênfase for o maior amor pelo cinema do mundo, pois foi isso mesmo que eu fui buscar.
ENTRADA FRANCA
CINEMATECA BRASILEIRA
II MOSTRA DE FILMES DE BOLLYWOOD – 07 a 17 de fevereiro de 2008
Largo Senador Raul Cardoso 207 – São Paulo
próxima ao Metrô Vila Mariana
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) / 3512-6101
07.02 QUINTA 19h20
08.02 SEXTA 16h20
09.02 SÁBADO 19h20
10.02 DOMINGO 16h20
No estúdio do José Carlos BOI Cezar Ferreira, hoje à tarde.
Suas novas pinturas estarão expostas em março 2008 na Galeria Nara Roesler.
Na foto, a performance da britânica Kira O’Reilly, com um porco morto e um cisne empalhado.
It’s art, says the naked woman who’ll hug a dead pig on stage.
Durante cerca de 30 anos batalhei profissionalmente nas artes plásticas, com resultado não muito bom, devo confessar. É bem verdade que minha carreira, como um todo, sofreu todos os tipos de interferências e interrupções possíveis e imagináveis, desde a falta de foco até problemas familiares, no entanto sempre me mantive bem informado, e me julgo um bom artista (hoje fotógrafo) e um bom conhecedor da arte moderna/contemporânea. Vi muita, muita arte, aqui e no exterior, de boa e má qualidade.
Só que agora não dá mais.
O vale-tudo nas artes plásticas chegou a níveis insuportáveis, perdeu a graça, me desinteresso a cada dia que passa.
O exemplo acima é apenas um dentre milhares de bobagens que são elevadas diáriamente à condição de ARTE por uma máquina apodrecida, tal qual o porco da performance, formada pelo mercado, marchands, críticos e curadores. E, é óbvio, por deslumbrados desinformados que investem nestas merdas.
Este trabalho faz parte da exposição SK-INTERFACES, em Liverpool. Sua introdução, pouco ambiciosa, diz assim:
“An exhibition of contemporary work at the intersection of art, science, philosophy and social culture.”
BASTA!!!!
Foto Juan Esteves
Morre em São Paulo Rubens Gerchman
Boa viagem, Rubens, cheia dos beijos que você tanto retratou.
(recentemente participamos juntos da exposição Motoring Arts)
Renata (Veja comentário no post aí de baixo), é verdade, olhar (VER) já é meio caminho andado, né memo?
Nos museus de arte Inca e pré inca de Cusco e Lima você recebe uma lição completa da genialidade do ser humano, da beleza e da estética.
Sem falar, é claro, da obra de arte monumental de Machupicchu.
Faz um tempão que não faço.
Aliás, faz um tempão que ando TOTALMENTE desconectado das artes plásticas, se não fossem as fotos…
Parece lugar comum dizer EXCELENTE FILME! No caso de Meu Nome Não é Johnny é a mais pura verdade.
“O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos.”
Marguerite Yourcenar
A atriz Samantha Bond, que fez Miss Moneypenny em vários filmes, apresenta os selos comemorativos do centenário de Ian Fleming, criador de James Bond – 007, ao lado do famoso Aston Martin DB5.
Sou um bom fisionomista, mas péssimo para lembrar o nome das pessoas, o que me coloca por vezes em situações embaraçosas…
Alguns nomes, porém, ficam gravados na minha memória indelévelmente, como é o caso do Nivaldo Ambar Vitorino, que foi meu aluno e assistente mil anos atrás e que agora me mostra seu belíssimo projeto do Museu da História do Pantanal, de sua autoria.
Faça barulho, faça alguma coisa, proteste. Cadastre-se no site SOS MASP “Apelo aos Poderes Públicos”
O Museu de Arte de São Paulo é de há muito uma instituição enferma, sem recursos e sem direção profissional. Seu estado hoje é terminal, como bem exemplificado pelo furto do Picasso e do Portinari. Faz-se imperativa, portanto, a intervenção dos poderes públicos. Para além do que compete fazer no plano judicial, é preciso encontrar uma fórmula jurídica que garanta ao Museu as condições necessárias para melhor cumprir sua missão formadora de cultura.
O prédio do Masp é de propriedade da Prefeitura, cedido em comodato à sociedade MASP por 40 anos. Ele deverá ser devolvido em 12 Novembro 2008.
Veja aqui um texto de 2004 do Marcelo Kahns sobre o MASP, atualíssimo.
Veja aqui quem são os diretores e conselheiros do MASP.
Veja aqui meu comentário sobre a crise de falta de energia no MASP em 2006.
Estrofes finais da Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill e Bertold Brecht:
Denn die einen sind in Dunkeln
Und die andern sind im Licht.
Und man siehet die im Lichte
Die im Dunkeln sieht man nicht.
Traduzindo:
Alguns estão no escuro
Outros na luz.
E nós vemos os que estão na luz
Não os que estão no escuro.