Na foto, a performance da britânica Kira O’Reilly, com um porco morto e um cisne empalhado.
It’s art, says the naked woman who’ll hug a dead pig on stage.
Durante cerca de 30 anos batalhei profissionalmente nas artes plásticas, com resultado não muito bom, devo confessar. É bem verdade que minha carreira, como um todo, sofreu todos os tipos de interferências e interrupções possíveis e imagináveis, desde a falta de foco até problemas familiares, no entanto sempre me mantive bem informado, e me julgo um bom artista (hoje fotógrafo) e um bom conhecedor da arte moderna/contemporânea. Vi muita, muita arte, aqui e no exterior, de boa e má qualidade.
Só que agora não dá mais.
O vale-tudo nas artes plásticas chegou a níveis insuportáveis, perdeu a graça, me desinteresso a cada dia que passa.
O exemplo acima é apenas um dentre milhares de bobagens que são elevadas diáriamente à condição de ARTE por uma máquina apodrecida, tal qual o porco da performance, formada pelo mercado, marchands, críticos e curadores. E, é óbvio, por deslumbrados desinformados que investem nestas merdas.
Este trabalho faz parte da exposição SK-INTERFACES, em Liverpool. Sua introdução, pouco ambiciosa, diz assim:
“An exhibition of contemporary work at the intersection of art, science, philosophy and social culture.”
BASTA!!!!