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caos??!!


Bovespa tem segunda maior queda do ano e acumula perda de 28% em 2008

Bolsas dos EUA fecham em queda de mais de 4%

$198M Damien Hirst art auction defies global gloom

Enquanto as finanças mundiais derretem, na Inglaterra um único artista, vivo, 43 anos vende ontem em leilão da Sotheby’s mais de 200 obras, produzidas em sua “fábrica” em 2008, por R$654 milhões!!!!!!!
Sobre esta notícia me escreve meu amigo Edu Prado, direto de Londres:

“Oi, estamos em Londres e fomos ao leião na Sotheby’s. Pretendia escrever a respeito mas não vale a pena. Total marketing sem vergonha. Um desrespeito pelos artistas vivos e mortos.
223 trabalhos feitos em 2008 na fábrica dele, vergonhoso o que se paga.”

é isso, por fernando stickel [ 19:03 ]

6 comentários

Roberto Silva

setembro 18th, 2008 at 1:02

Não acho absurdo o leilão que com sucesso de vendas deixou as galerias comerciais chupando os dedos. Deixaram de abocanhar os vergonhosos 50% que elas costumam extorquir dos artistas… Muito bem pensado a estratégia…. Ele é celebridade é o cara do momento, está colhendo os frutos de um bom trabalho de marketing e claro de sua interessante, polêmica e complexa produção.
O mercado é vaidade dos grandes milionários é o jogo, uma competição prazerosa dos que tem muito dinheiro. Esse comportamento não irá mudar.
No leilão da casa Sotheby’s, em Nova York, Beatriz Milhazes chegou a cifra de l milhão de dólares. Não será nenhum espanto se sua pintura também chegar algum dia aos 10 ou 20 milhões…! Tudo dependerá do seu marketing…! Ricos não jogam dinheiro fora, tudo é investimento futuro!
Feliz o artista que cair nesse território… Ser artista contemporâneo é uma atividade de risco, ou se ganha uma bolada em uma única tacada dessas ou terá ele que se conformar com insignificantes vendas de suas obras para o mercado de decoração…
Damien Hirst, é um artista privilegiado e competente por ter o mercado aos seus pés em tempos de crises financeiras mundiais.

paola

setembro 18th, 2008 at 12:11

Você quer vender seu cachorrinho?
Eu pago 30 milhões de dólares!
Uau!
Só que pago com os meus dois gatinhos, cada um vale 15 milhões!
Essa é uma piadinha antiga, mas tenho a sensação que é mais ou menos isso.
Sei lá, me sinto um tanto idiota ao ler essas cifras, em dia de queda na bolsa.
Mkt!
Paola

NÃO SOMOS APENAS ROSTINHOS BONIT...

setembro 18th, 2008 at 14:40

Não entendemos o que é vergonhoso! Explica pra gente?rs!

Roberto Silva

setembro 19th, 2008 at 2:44

Segundo a Sotheby’s, os compradores, na sua grande maioria, eram da Ásia e da Rússia, se esses supervalorizaram a obra ou o produto manufaturado de Hirst, teríamos que direcionar as nossas indignações a eles e não ao artista. O que fica é que Hirst quebrou uma regra de mercado, uma convenção de vender arte não pelas mãos de uma galeria e sim pela atitude do próprio artista em disponibilizar sua produção em um uma casa de leilões que sempre teve por especialidade bater o martelo para obras de colecionadores, museus, galerias… etc.
Não importa se o cara seja esperto, charlatão… Hirst está produzindo uma diferença nesse território morno politicamente correto e hipócrita. Costumamos ser o que as pessoas pensam o que somos, é difícil ser exatamente o que pensamos e ter atitudes fora do convencionalismo sistêmico contemporâneo. Acho que Hirst, faz a critica, quebra, zomba… A partir dessa zombaria Hirstiana, as coisas, talvez não sejam mais as mesmas.

Paola, meu comentário é a visão de um leitor comum e não a de um defensor de bandeiras… Não saberia responder a você exatamente o que seja ou é vergonhoso, o uso do adjetivo é quase um hábito comum, um paradoxo.

paola

setembro 19th, 2008 at 9:17

Eu também, sou a leitora comum, que às vezes dá mais palpite que deveria.Intrometida…..
Adoro ver as coisas que vc posta!
Abçs
Paola

Roberto Silva

setembro 19th, 2008 at 22:32

Também costumo falar demais da conta..! A comunicação é um pouco disso, entender o verso e o reverso das coisas em nosso entorno. Discutir fatos sem posicionamentos engessados, propondo saberes que interessam ao dialogo. Vejo as coisas de um modo mais colaborativo, descontaminado. Isso me interessa. Vivo feliz por saber que o desconforto de nosso tempo não é o juízo final e sim a porta da caverna para novas possibilidades, conhecimentos e aprofundamentos de nossas existências e relações humanas. Talvez seja esse desconforto o antídoto de nosso tempo caótico. Inté…

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