Meu pai e minha irmã Sylvia, cerca de 1952, no quintal da R. dos Franceses.
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5 de junho de 2009
erico e sylvia
é isso, por fernando stickel [ 8:15 ]
26 de abril de 2009
herr von nostitz
R. dos Franceses, Bela Vista, fotografada em direção à esquina da Al. Joaquim Eugênio de Lima. A foto veio daqui. A primeira seta indica a casa onde morei, a segunda a localização aproximada da Praça dos Franceses.
Quando eu era criança e morava na R. dos Franceses, havia um vizinho da rua que era amigo dos meus pais, e que de vez em quando aparecia em casa, era o diplomata alemão Gottfried von Nostitz-Drzewiecki (1902-1976) que serviu como Cônsul da Alemanha em São Paulo de 1957 a 1964.
Herr von Nostitz (ele era chamado assim pelos meus pais) tinha cachorros ferozes, acho que eram pastores alemães, que latiam violentamente todas as vezes que eu passava a pé em frente à casa dele, e de noite eu tinha pesadelos com os cães.
Muitos anos mais tarde a casa dele foi demolida para que se construisse a Praça dos Franceses.
Fiz uma pesquisa rápida no Google, e aparentemente, von Nostitz esteve envolvido na resistência alemã a Hitler, possivelmente parte do atentado orquestrado por von Stauffenberg.
Veja a fonte da Praça dos Franceses em ação clicando aqui.
é isso, por fernando stickel [ 20:46 ]
11 de fevereiro de 2009
manuel miguez
Recebi em Novembro do ano passado um comentário em um post do Sr. Manuel Miguez, relatando seu contato com meu pai, Erico Stickel, e lamentando seu falecimento:
Conheci o Dr. Erico, o João e a sua secretária, era uma pessoa que era, por demais humilde, que era querido por todos que o conheciam e que para todos tinha sempre uma palavra amável. Lembro-me do Abaporu ao lado de sua mesa, lembro-me da alegria que me deu ao comprar-me uma máquina de escrever.
Sinto-me menor sabendo de sua “passagem”.
Perguntei a ele por e-mail que máquina de escrever era, e o Miguez me respondeu:
Meu caro:
Foi uma máquina de escrever Olivetti Linea 98, manual, que seu pai comprou e eu entreguei na casa em que eles moravam na Rua dos Franceses, sendo que fui recebido pelo “japonês” que já havia se aposentado e havia chorado pensando que deixaria o trabalho, que já não era mais querido na casa.
Creio que o escritório era na Rua São Francisco, mas, eu, atualmente, moro na Espanha, e, devido ao tempo passado (seriam 28 anos) não estou muito certo, sei que era na rua que vai diretamente à passarela que cruza a Praça da Bandeira.
O mais importante que eu quero lhe dizer é que, com o seu pai, e com os dois funcionários com que ele ficou, eu tinha uma guarida naqueles dias em que as nuvens negras passam pela sua vida, que ali sempre havia coisas bonitas pra se dizer, sempre me ensinava alguma coisa.
Eu NUNCA podia imaginar a sapiência, e o bom gosto, da escolha de seu pai, para ser, segundo me informaram “um dos maiores possuidores de arte brasiliana”.
O que posso lhe dizer é que sabedor que sou de seu trabalho na Vila Brasilândia, fico muito contente, porque a minha casa, em São Paulo, é em Itaberaba, e sei das dificuldades daquela gente.
Muito obrigado pela resposta.
Eu sei que seu natal nao deve ser muito alegre pela “coincidência”, o meu também (juro) será um dia pra se lembrar.
Obrigado
Miguez
é isso, por fernando stickel [ 12:01 ]
9 de dezembro de 2008
baleia fonte
Na R. dos Franceses na Bela Vista está encalhada há décadas esta baleia pré-histórica, a poucas dezenas de metros da casa onde nasci e minha mãe morou até 3 anos atrás. Seu autor é o escultor Domenico Calabrone.
Todos os meus filhos, quando pequenos, se interessavam pelo monstro, pincipalmente quando “fazia xixi”, pois o monstro é também, nas horas vagas, uma fonte.
é isso, por fernando stickel [ 17:43 ]
25 de novembro de 2008
rua dos franceses
Este é o banheiro da minha infância e adolescência, fica na desativada casa da família na Rua dos Franceses, Bela Vista (ou Bixiga).
é isso, por fernando stickel [ 10:12 ]
5 de novembro de 2008
erna e arthur stickel
Meus avós paternos, Erna e Arthur Stickel em frente à lareira da casa da R. dos Franceses, na comemoração de suas bodas de ouro em 1966.
Engraçado um detalhe impensável nos dias de hoje, na mesa de centro, um copo com cigarros. Como ninguém na casa fumava, imagino que o costume da época era oferecer cigarros…
é isso, por fernando stickel [ 16:19 ]
3 de novembro de 2008
esvaziar, organizar
Enquanto a casa da família na R. dos Franceses se esvazia lentamente, a biblioteca se organiza, também lentamente.
é isso, por fernando stickel [ 17:28 ]
18 de setembro de 2008
cigarros, fumo & etc…
Com cerca de 12 anos eu fazia cigarros no meu quarto na R. dos Franceses, enrolando chá em papel sulfite, era difícil de fumar porque o sulfite queimava muito rápido, fazendo labaredas, e o chá, apesar de ser compactado dentro do cilindro de sulfite com a borracha de um lápis, escorria fácilmente para fora, o cheiro era insuportável!
Com 13, 14 anos, nas férias de Julho em Campos do Jordão a molecada saía logo cedo e fazia grandes passeios a cavalo.
Eu havia começado a fumar com 14 anos, e parava naquelas biroscas de beira de estrada, que vendiam pinga, cigarro e paçoca, e comprava um maço de QUETAL (o mais barato) e uma caixa de fósforos.
Eu me sentia o máximo fumando em cima do cavalo, o próprio HOMEM DE MARLBORO principalmente se estivesse frio e nublado! Fumava também naquela época Continental e Lincoln.
Mais pra frente consegui canais para comprar os proibidos cigarros americanos, e aí então só fumava Camel, Lucky Strike e Parliament, achava chiquetérrimo!
Houve também a fase de roubar Marlboro, de um inquilino dos meus pais no Guarujá, que deixava tudo na casa, inclusive pacotes de cigarro…
Com cerca de 18 anos tive uma gripe fortíssima e parei de fumar, quando a gripe passou, passou também a vontade de fumar.
Com 20 anos, certo dia no Cursinho Universitário vi um maço de cigarro e um isqueiro esquecidos em cima de uma carteira, me deu uma vontade e acendi um. Foi péssimo, me senti mal e sepultei definitivamente o hábito.
Por volta dos 22, 23 anos me encontrei com os baseados, que me renderam algumas boas gargalhadas e o pior porre que já tive. Não gostei da experiência.
Com cerca de 30 anos comecei a fumar charutos, que me acompanham até hoje. No início eram os bahianos, Suerdieck e Alonso Menendez, e depois, com a melhora da situa$$ão, vieram os cubanos.
Fumei-os com regularidade enquanto havia espaço disponível e pouco patrulhamento da sociedade. Hoje é um ou dois charutos ao ano, se muito!
Ah, sim! Também me encontrei pessoalmente com o fumo!
é isso, por fernando stickel [ 23:20 ]
30 de julho de 2008
al. tietê
Morei nesta vila da Al. Tietê por nove meses em 1985/86, hóspede da minha amiga Simone Raskin.
Tinha acabado de voltar de um ano e três meses sabáticos em New York, não tinha onde morar e estava procurando um lugar.
A Simone pouco ficava em casa, morando a maior parte do tempo em Parati, e o filho dela David Helman morava na França com o pai, portanto a casa estava quase que 100% só para mim, com uma empregada maravilhosa!
Naquela época não havia portão na vila, aliás não havia nem um milésimo dos problemas de segurança que enfrentamos hoje em São Paulo.
Sou eternamente agradecido à Simone por este período.
Pouco a pouco vou registrando todos os endereços onde já morei:
R. Henrique Martins – onde nasci
R. dos Franceses 324
R. Martiniano de Carvalho 1049
R. Hans Nobiling – Ed. Hugo Eduardo
R. Hans Nobiling – Ed. Jaguar
R. Tucumã
R. Sampaio Vidal
R. Pinheiros 1076 Ap. 31
R. Bela Cintra 2234 Casa 3
665 West 160 Street NYC
23 Clinton St. Ap. 4A 10002 NYC
11 West 18 St. Ap. 5W 10011 NYC
Al. Tietê
R. Ribeirão Claro 37
R. Tabapuã 1592
R. Bela Cintra 2234 Casa 4
R. Ribeirão Claro 37 (após reforma)
R. Casa do Ator 764 Ap.91
R. Nova Cidade – meu estúdio.
Av. Lavandisca – onde moro.
é isso, por fernando stickel [ 21:40 ]
6 de abril de 2008
clube pinheiros
No Esporte Clube Pinheiros no sábado de manhã, meu filho Arthur na esgrima e eu passeando pelo clube e lembrando da minha infância no paredão de tênis e na piscina.
Eu ia a pé da casa dos meus pais na R. dos Franceses até a Av. Paulista, pegava o ônibus até a esquina da R. Augusta, pegava o trólebus que descia até uma praça onde hoje seria mais ou menos o Pandoro, daí a pé até o Clube.
é isso, por fernando stickel [ 10:15 ]
30 de setembro de 2007
vovô arthur
Meu avô Arthur Stickel.
Lembro-me tão bem dele, em São Paulo sempre de terno e gravata, com um alfinete de pérola na gravata.
Quando ele vinha nos visitar na nossa casa na R. dos Franceses tomava sempre um uísque com gelo em copo baixo, daqueles bem pesados de cristal. Na hora de despedir era a barba picando no meu rosto de criança e o suave aroma do uísque. Lembranças indeléveis.
é isso, por fernando stickel [ 12:34 ]
30 de setembro de 2007
der japaner
Encontrei esta carta de 1953 do meu avô Arthur Stickel para o meu pai. Me impressionou a beleza da letra e a engraçada menção ao “der Japaner von der Rua dos Francezes”, referindo-se ao “Seu Paulo”, nome brasileiro adotado por Hiroshi Okumura, jardineiro japonês que trabalhou por mais de quarenta anos na casa da família na Rua dos Franceses, na Bela Vista.
é isso, por fernando stickel [ 10:22 ]
1 de junho de 2007
sexta-feira
Três anos e meio se passaram, meu pai não está mais aqui, minha mãe não mora mais na casa da R. dos Franceses, e meu filho não é mais criança.
Já estamos no meio do ano.
é o final da tarde
sexta-feira.
é isso, por fernando stickel [ 17:32 ]
19 de janeiro de 2007
porão escuro
Chegou a hora de entrar no “porão escuro” da casa dos meus pais na R. dos Franceses, esvaziá-lo e exorcizar definitivamente alguns dos meus medos infantis.
Este porão não era esvaziado desde 1915, quado meu avô comprou a casa, ou seja, quase um século!
é isso, por fernando stickel [ 12:17 ]
11 de dezembro de 2006
porão escuro
Hoje, dia 11 de dezembro, comemora-se o Dia do Engenheiro e do Arquiteto.
Eu comemorei derrubando umas paredes e recuperando o cenário original das minhas brincadeiras de criança. Esta porta leva ao “porão escuro” da casa dos meus pais na Rua dos Franceses, que muito me apavorou naquela época.
é isso, por fernando stickel [ 23:40 ]
1 de junho de 2006
martha no terraço
Andei arrumando umas fotos antigas e me deparo com este retrato que fiz de minha mãe, Martha Diederichsen Stickel, por volta de 1960, no terraço da nossa casa na R. dos Franceses.