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Arquivo: janeiro de 2023

aniversário 20 atc


20 anos ininterruptos de aqui tem coisa!

é isso, por fernando stickel [ 1:02 ]

arte na rua pinheiros


No início dos anos 80 fui morar no Ed. Ipauçu, na R. Pinheiros 1076, ao lado do posto de gasolina na Av. Pedroso de Morais. O apartamento no terceiro andar era antigo, amplo e muito gostoso, não havia porteiro eletrônico, então quando chegava alguém eu jogava lá de cima a chave embrulhada em uma esponja. Morei neste apartamento até o final de 1983.


Com Fernanda e Antonio no terraço do apartamento. Foi minha primeira casa após a separação da Iris, havia dois bons quartos com terraço, um para mim e outro para os meus filhos Fernanda, na época com 5 anos e o Antonio com 3.

Havia uma bela sala também com terraço, lá montei meu estúdio e preparei minha primeira exposição individual de desenhos, na extinta Paulo Figueiredo Galeria de Arte, na Rua Dr. Mello Alves 717 casa 1

Com os trabalhos da exposição quase prontos, e ainda sem moldura, pedi ao meu amigo Arnaldo Pappalardo para fotografá-los.


Arnaldo caprichou nas fotos!


Arnaldo Pappalardo, Cassio Michalany e eu, no dia da sessão de fotos.


O convite da exposição “Fernando Stickel Desenhos”. A vernissage foi no dia 5 abril 1983 às 21:00h. O trabalho reproduzido no convite Título: Audit; Técnica mista; Dimensões 26 x 182cm.

é isso, por fernando stickel [ 10:56 ]

eliane lage e tom payne

eliane_lage
Minha amiga Vi Leardi lembrou um outro aspecto do Guarujá da minha infância e adolescência, a charmosa casa do Tom Payne, que ficava a meio caminho na estrada de terra, entre a Praia do Tombo e a Praia do Guaiuba.
Meus pais frequentavam bastante o antiquário que havia junto com a casa, compraram várias peças, me lembro bem dele, um verdadeiro “galã” e de uma mulher interessante, que devia ser a esposa, a atriz Eliane Lage.

“Eliane Lage é uma imagem que tremula no imaginário de gerações”, afirma Ana Carolina Maciel, que co-dirigiu com o cineasta Caco Souza o documentário Eliane, em 2002. Leia mais aqui.

Apesar da curta carreira cinematográfica, Eliane Lage foi uma das maiores estrelas da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, o lendário complexo de estúdios cinematográficos que tentou reproduzir no Brasil o modelo de produção Hollywoodiano.

Protagonista de cinco clássicos do estúdio, Eliane Lage tornou-se um ícone do cinema brasileiro.

Filha de pai brasileiro e mãe britânica, Eliane Margaret Elizabeth Lage nasceu em Paris, em 16 de julho de 1928, mas veio para o Brasil com apenas seis meses de idade. Ainda muito jovem, começou a fazer trabalhos sociais na Favela Dona Marta. Posteriormente, foi estudar na Inglaterra, e de lá foi para à Grécia, onde foi voluntária em um campo de concentração de crianças gregas durante a guerra civil que assolou o país.

De volta ao Brasil, foi descoberta pelo cineasta inglês Tom Payne, que havia sido contratado pela Vera Cruz. Ele a convidou para um teste, e a atriz foi escolhida como protagonista de Caiçara (1950), um dos mais importantes filmes da história do cinema brasileiro.


Eliane Lage hoje, aos 94 anos.


Estas fotos da casa do Guarujá me foram enviadas pelo filho do casal, Tomas Jorge Lage Payne.

é isso, por fernando stickel [ 8:00 ]

faleceu joão pedrosa


Faleceu João Pedrosa (João Alberto Ferreira Pedrosa), galerista e curador. Estive recentemente com ele, estava ótimo, esta notícia me surpreendeu, não descobri ainda o que aconteceu.
Em 2005 João me convidou a expor meu trabalho fotográfico, foi a primeira vez, e sou muito grato por isso! Veja aqui.

é isso, por fernando stickel [ 8:42 ]

investidor cultural


Parceira da Fundação Stickel com a Cordier Investimentos. que criou o conceito deste Certificado de Doação, emitido ao doador da Fundação.


Fernando Hormain, diretor da Cordier e eu, apresentando a ideia aos sócios do Mercedes-Benz Clube SP.


Ao centro, de vermelho o presidente do Clube Elias Haddad.

é isso, por fernando stickel [ 12:56 ]

faleceu fernando zanforlin


Faleceu meu amigo Fernando Zanforlin, vítima de um latrocínio ontem, 17/1/2023 na Av. 9 de Julho em São Paulo.
Andei de moto em São Paulo durante cinco anos, 2009 a 2014, quando um acidente encerrou minha carreira sobre duas rodas.
Lembro-me bem de ter sido parado uma vez pela polícia por estar andando com minha BMW F 800 GS em cima da calçada, assumi o meu erro, fui multado, e os guardas comentaram comigo:
– Fica esperto que estão começando a roubar motos grandes como essa…
Até então praticamente quem andasse de moto grande, BMW, Harley Davidson, etc.. não era assaltado.
Isso mudou, e o meu Xará acaba de se transformar em estatística, mais um assassinado por causa da moto. Tragédia.

é isso, por fernando stickel [ 19:03 ]

rua henrique martins

Eu nasci em 1948 no nº 631 da Rua Henrique Martins, bairro de Jardim Paulista em São Paulo. Parado no portão o Citroën Traction-Avant do meu pai.

Em 1954 meus pais Erico e Martha criaram a Fundação Stickel, e a casa da R. Henrique Martins foi incluída na dotação inicial da Fundação. Desde então ela vem sendo alugada, gerando renda para a Fundação.

O Restaurante Roanne em São Paulo foi criado em 1986 pelo “chef” Claude Troisgros, que já tinha um restaurante no Rio de Janeiro, sendo inquilino da Fundação neste imóvel.

A sociedade mudou posteriormente de mãos e passaram a ser sócios o “chef” francês Emmanuel Bassoleil e a empresária carioca Vania Ferreira Fontana. Durante muitos anos o Roanne foi um dos famosos, caros e bem frequentados restaurantes de culinária francesa de São Paulo. Em 1993, Bassoleil foi reconhecido como o chef do ano, e o Roanne ganhou sua terceira estrela no Guia Quatro Rodas.

No início dos anos 2000 os sócios se desentenderam e o restaurante começou a decair. Lá pelas tantas os aluguéis foram escasseando, pararam de pagar o IPTU, contas de água, luz, etc… até que o restaurante fechou e o imóvel foi abandonado pelos inquilinos.

A Fundação não recebeu as chaves e ficou sem acesso ao imóvel. Contatos amigáveis com o fiador Emmanuel não progrediram e a Fundação se viu obrigada a iniciar os competentes processos judiciais. Finalmente em 2008, depois de muitas tentativas, a Fundação recebeu as chaves e pudemos fazer a vistoria do imóvel acompanhados dos advogados de ambas as partes e dos peritos judiciais.

Deu vontade de chorar, a casa encontrava-se totalmente vandalizada, destruída, cheia de infiltrações e vazamentos, furos no telhado, em péssimo estado.

Sou um firme adepto da máxima: “Melhor um mau acordo que uma boa briga” e tentei inúmeras vezes, sem sucesso, um contato com o Emmanuel, afim de chegarmos a um acordo, pois haviam aluguéis não pagos, danos ao imóvel, contas não pagas, etc… configurando considerável prejuízo financeiro, além do imóvel destruído.

Enquanto isso, nossa lenta justiça foi trabalhando, as responsabilidades apuradas, os danos dimensionados, e, treze anos depois o processo judicial finalmente chegou ao fim. Através de um advogado conhecido de ambas as partes, que intercedeu, Emmanuel finalmente aceitou um acordo e no dia 12 Junho 2017 foi colocado o ponto final no processo, com o recebimento pela Fundação de uma indenização.

No dia seguinte, 13 junho 2007, enviei ao Emmanuel uma bela garrafa de champagne francês Taittinger, com o seguinte bilhete:

“Prezado Emmanuel,
Recebemos ontem a parcela final do nosso acordo, encerrando definitivamente o longo processo judicial.
Quero lhe garantir que de nossa parte não sobra nenhum ressentimento, e que desejo que possamos voltar a conviver como amantes da gastronomia e dos bons vinhos.
Santé!”

Não houve resposta do Emmanuel.

O sofrimento de todos os envolvidos e o desperdício de tempo e dinheiro que este processo provocou é algo que jamais deveria acontecer, ainda mais com uma instituição do Terceiro Setor, que já tem por sua própria natureza incontáveis preocupações.

Enfim, melhor um mau acordo que uma boa briga sempre foi o meu lema, bola pra frente!


Repetiu-se aqui em São Paulo a mesma sina de Campos do Jordão. Vendemos o imóvel e lá se instalou um salão de beleza.

é isso, por fernando stickel [ 10:57 ]

estevão kiss

Estevão Kiss, o primeiro à esquerda é avô da minha amiga Sonia Kiss, ao lado dele o meu avô Ernesto Diederichsen. O prédio ao fundo é a creche da Argos Industrial SA em Jundiaí SP.

A maior indústria de Jundiaí SP até por volta de 1930 era a tecelagem Argos Industrial, produtora de tecidos de algodão e lã, fundada em 1913 pelos imigrantes italianos Aleardo Borin e Luiz Trevisioli, com o nome de Sociedade Industrial Jundiaiense, mas cujo controle foi adquirido, logo depois, por Ernesto Diederichsen, que era o gerente no Brasil da multinacional teuto-santista Theodor Wille & Cia.

Localizada na Avenida Dr. Cavalcanti, a Argos Industrial foi administrada pelo engenheiro têxtil húngaro Estevão Kiss de 1930 a 1947. Contando com vendedores em todo Brasil, a Argos conquistou o mercado têxtil ano após ano. Produzia gabardines de primeira linha e o famoso verde-oliva para vestir o Exército.

O maior destaque da empresa era o avanço em benefícios sociais e respeito aos seus funcionários. Além da associação de empregados, a empresa mantinha uma cooperativa, loja, grupo escolar, creche, escola de fiação e tecelagem, curso pré-vocacional para os filhos dos funcionários, refeitório, cinema, parque infantil, capela e uma pequena biblioteca.

As obras da creche, a primeira do município, foram iniciadas em 1943, por iniciativa de Estevão Kiss, e concluídas no dia 17 de novembro de 1945. Inicialmente, atendia 40 crianças em período integral, que recebiam café da manhã, instruções primárias, moral, cívica e religiosa, assistência médica e dentária, e ainda brincavam sob a orientação das professoras.

Além de suas instalações, a creche contava com uma capela. Com pé direito de cerca de nove metros de altura, é dedicada a Stephanus (Santo Estevão). O altar possui mármore carrara com detalhes coloridos. Na parte superior das paredes, há afrescos datados de 1945 e restaurados em julho de 1959 por Amadeu Accioly, e o piso é do tipo hidráulico pintado artesanalmente.

No início da década de 80, a empresa sofreu crises internas e acabou falindo em 1984. Com a falência, a Argos fechou as portas e demitiu os funcionários, pondo fim num império industrial que marcou seus anos de glória. A creche também sofreu o abandono após a falência. O tempo passou e a Argos se transformou em ruínas.

No entanto, em 1989 a Administração Municipal, ainda na gestão do prefeito Walmor Barbosa Martins, comprou o prédio com verba destinada à educação. Nesse mesmo período, foi decretado o tombamento provisório do imóvel pelo Condephaat. Hoje, o local abriga o Complexo Argos, e a creche passou a ser gerida pela Prefeitura.


Maquete preparada pelo Centro Internacional de Estudos, Memórias e Pesquisas da Infância de Jundiaí SP.

é isso, por fernando stickel [ 13:05 ]

barbárie em brasília


Ontem, 8 janeiro 2023, uma semana após a posse de Lula, bolsonaristas terroristas invadiram prédios do governo em Brasília, uma barbárie não coibida pela PM local.
As pedras das calçadas de todo o Brasil sabiam que haveria invasão, e o governador do DF, o bolsonarista Ibaneis fez de conta que não era com ele. Triste Brasil.

é isso, por fernando stickel [ 9:47 ]

bodas de brilhante


Neste dia 6 janeiro 1947, meus pais Erico e Martha casaram-se 75 anos atrás… Se neu pai fosse vivo estaríamos comemorando as bodas de brilhante do casal!

é isso, por fernando stickel [ 15:36 ]

coluna lombar


Minha coluna lombar, em Janeiro 2023. É com ela que eu sigo… Tá feinha né, mas é a única que tenho!
Voltei a ter uma crise de dor. Desta vez o pinçamento afeta a minha perna direita…


A boa notícia que o Dr. Nazar me trouxe é que existe um remédio, é o meu próprio sangue , processado em uma centrífuga, de modo a separar o plasma dos glóbulos vermelhos.


Uma segunda centrifugação separa o plasma rico em plaquetas, que com a adição de cloreto de calcio fica apto a regenerar tecidos. Esta substãncia denominada PRP (Plasma rico em plaquetas) é então injetada na área da coluna onde está havendo compressão do nervo, e sua ação é antiinflamatória e regeneradora.

é isso, por fernando stickel [ 11:41 ]

dry january


Comecei ontem, 1/1/2023 o Dry January, ou Janeiro seco, significa simplesmente 31 dias sem consumir álcool, só isso.
Os benefícios desta pausa no consumo de álcool para a saúde são vários, o principal é um freio de arrumação nos hábitos etílicos… e em segundo lugar um belo auxílio na perda de peso.

é isso, por fernando stickel [ 18:15 ]

lavagem do passado

Encontrei o Augusto de Franco no Twitter, e me encantei com o texto dele a seguir, pois penso exatamente da mesma maneira, inclusive por ter votado no Lula nas últimas eleições…

A OPERAÇÃO LAVAGEM DO PASSADO EM CURSO

Um Ministério da Verdade orwelliano está a todo vapor agora.

1 – Não se fala mais em mensalão. É como se não tivesse existido, embora Lula tenha confessado que existiu, em entrevistas na Granja do Torto e em Paris no final de 2005, confundido-o espertamente com caixa 2 de campanha (versão falsa urdida por Thomaz Bastos e Malheiros).

2 – Não se fala mais em petrolão. O PT nada teve a ver com aquele mega esquema de corrupção, apesar da montanha de evidências.

3 – Não se fala em aparelhamento do Estado por militantes petistas. Embora haja relatórios muito precisos sobre isso. O governo Lula I criou mais de um cargo público por hora. Foram 37.543 cargos entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2006.

3.1 – Dividindo sucessivamente por 38 meses, por 30 dias e por 24 horas, dá o total de 1,37 cargos por hora, representando uma despesa extra de 625 milhões por ano.

3.2 – Levantamentos feitos durante o primeiro mandato de Lula provaram que o grau de infestação ultrapassou todos os limites do bom senso (e.g., cerca de 90% dos cargos de direção do Ministério das Cidades sob o comando de Olívio Dutra, estavam, na época, nas mãos de petistas).

4 – Não se fala da rede suja de sites e blogs petistas, que introduziram, pela primeira vez, as fake news no debate público brasileiro. É como se nunca tivessem existido veículos, não raro financiados por dinheiro público ou propaganda de estatais.

4.1 – Exemplos em 2014: Brasil 247, Opera Mundi, Correio do Brasil, Revista Forum, Carta Capital, Pragmatismo Político, O Cafezinho, Viomundo, Brasil de Fato, Diário do Centro do Mundo, Conversa Afiada, GGN, Caros Amigos, Plantão Brasil, Tijolaço, Mídia Ninja, Outras Palavras, Carta Maior.

5 – Não se fala da responsabilidade do PT na introdução do “nós” contra “eles” na luta política, quer dizer, da visão populista de que a sociedade está vincada por uma única clivagem “povo” x “elites”, sendo que ‘povo’ aqui não é um conceito sociológico e sim político-ideológico.

6 – Não se fala do apoio do PT às ditaduras cubana, angolana, venezuelana e nicaraguense. Inventa-se, então, que o PT é socialdemocrata para esconder o seu caráter neopopulista de esquerda (tal como seus aliados estratégicos Chávez e Maduro, Ortega, Evo, Correa, Lugo, Funes).

7 – Diz-se que o PT nunca quis controlar a mídia (inventando a versão de que o partido defendia um tipo de regulação democrática como a que vigora no Reino Unido ou que o PT quer regular as mídias sociais – que nem existiam na ocasião em que essa bandeira começou a ser agitada).

8 – Pela fragilidade das provas da Lava Jato, tenta-se dizer que o sítio de Atibaia não era de Lula (embora todo mundo soubesse que era de Lula, ocupado regularmente por ele, ainda que não estivesse formalmente em seu nome). Ora, os bens de Putin também não estão em seu nome.

9 – Tenta-se dizer que Lula nunca se interessou pelo triplex de Guarujá (ainda que não o tivesse comprado de papel passado, pois ficou registrado em nome da OAS). Para não falar do empreendimento fraudulento da Bancoop, que está na raiz de tudo, dirigido por Berzoini e Vacccari.

10 – Repete-se, repete-se e repete-se, diariamente, durante anos a fio, que não há provas contra Lula e que tanto é assim que seus processos foram anulados. Como se ele tivesse sido absolvido pela justiça e como se os atropelos de Moro, Deltan e Cia. inocentassem Lula.

ADVERTÊNCIA. Critico o caráter populista e hegemonista do PT desde 2004. Não tenho nada a ver com bolsonarismo (direita, extrema-direita, conservadorismo, reacionarismo, anticomunismo). Bolsonaro não poderia ser reeleito porque estava erodindo nossa democracia. Votei em Lula.

Augusto de Franco escreve no blog DAGOBAH

é isso, por fernando stickel [ 13:48 ]

lula tomou posse


Lula foi eleito Presidente do Brasil e tomou posse em Brasília. Um exagero de 37 Ministérios para acomodar a cumpanherada. Bolsonaro fugiu. Resta desejar sucesso ao novo governo, e que ele seja de fato para todos os brasileiros.

é isso, por fernando stickel [ 21:42 ]