PÓS-MULHER
Esse negócio de dizer minha ex-mulher, ou a ex-mulher do fulano, acabou. Agora se diz minha pós-mulher. A invenção não é minha, muito menos as mulheres. Quem me soprou a inovação foi uma bela mulher de 52 anos, algumas vezes pós e que hoje, pasme, dá aula para homens sobre o que é uma pós-mulher.
Claro que o surgimento da pós-mulher não elimina as ex-mulheres. Portanto, nem todas as ex-mulheres tornam-se, automaticamente, pós-mulheres. Sim, porque tem ex-mulher que nasceu para ser ex-mulher o resto da vida. São aquelas que se dedicam a infernizar a vida do ex, a quem chamam – sempre – de falecido. Muito embora o falecido seja obrigado a depositar uma grana viva todo mês para que ela se conserve na posição de ex.
Já a pós-mulher descobriu que ser ex a nivela a times de futebol e agências de publicidade. Fulana, ex-DPZ, ex-Salles, ex-W, ex-Julio Ribeiro, ex-Alcântara Machado. Já a pós, pode se orgulhar de ser uma pós-Ricardão. O ex que a mulher carrega a prende eternamente ao ‘falecido’. É como se ela vivesse grudada umbilicalmente a ele. Já a pós, dá a nítida impressão de que já passou pelo sujeito. Que ela avançou na vida, que é, digamos, pós-graduada em homem. Uma pós-mulher entende de homens como ninguém. Uma ex-mulher será definitivamente uma ex, dando a impressão de que ela é quem foi a abandonada.
A ex-mulher leva embora a impressão de ter ficado apenas com as partes ruins do ex. Como se ela não tivesse aproveitado nada da convivência de alguns anos. A pós-mulher sai de cabeça erguida, ciente de ter sugado tudo do antigo amor e estar preparada para outras aventuras e vidas e amores.
A pós-mulher é independente, é claro. Ao contrário da ex que não consegue passar um dia sem imaginar maldades para o coitado.
A pós se orgulha de ser pós. Mesmo que o marido tenha sido um fracasso com ela, ela pode dizer que hoje ela é pós-ele, ou seja, superior, liberta. E, se o cara for legal, mais sentido ainda faz ser pós-dele.
Aliás, as grandes pós-mulheres se orgulham de suas condições. E tem mais: uma pós honesta e esperta é pós apenas uma vez na vida. Torna-se doutora, Ph.D. em homem, senhora de si e orgulho para os filhos.
Vou dar um exemplo de uma pós-mulher. A prefeita de São Paulo. Ela não é ex-mulher do Eduardo. Ela é pós-Eduardo. Cresceu com ele, aprendeu com ele e deve se orgulhar de ser pós-mulher dele. Já a Nicéia é ex-mulher do Pitta. Entendeu a diferença gritante entre uma ex e uma pós?
E eu, modesto, não tenho nenhuma ex. Tenho duas maravilhosas pós-mulheres.
E você, é ex ou pós?
Não se esqueça que a pós-mulher está acima de qualquer intriga com o antigo marido, costuma resolver problemas para ele e será para sempre não uma ex, mas uma eterna companheira. Uma mulher do pós-futuro. (Mario Prata)
Arquivo do autor:
13 de maio de 2004
pós-mulher
é isso, por fernando stickel [ 14:03 ]
12 de maio de 2004
café a brasileira
É o Fernando, em Pessoa, sentado ao teu lado no tradicionalíssimo Café a Brasileira, na Rua Garret, bairro Chiado em Lisboa.
é isso, por fernando stickel [ 18:38 ]
12 de maio de 2004
instrumentos musicais
Em cada vitrine desta loja de instrumentos musicais em Madrid havia uma frase, um pensamento, uma história.
é isso, por fernando stickel [ 18:05 ]
12 de maio de 2004
aranha de louise bourgeois
A maravilhosa aranha de Louise Bourgeois que está nos jardins do Guggenheim Bilbao é três vezes maior do que a que está no nosso MAM em São Paulo. Lá é tudo mega, vale a visita. O ideal é pegar a ponte-aérea em Madrid, passar o dia em Bilbao e voltar no final da tarde, é mais do que suficiente para ver o museu, seus arredores e um pouco do centro da cidade.
é isso, por fernando stickel [ 10:07 ]
11 de maio de 2004
três safados em barcelona
Olha só a cara de alegria destes três safados num restaurante em Barcelona. Você pede a sobremesa, mousse de chocolate, a moça traz o balde e você come quanto quiser. É criminoso, eu sei, mas é bom demais!
é isso, por fernando stickel [ 17:50 ]
10 de maio de 2004
sábado em paris
Sábado em Paris, Dia do Trabalho no Jardin de Luxembourg. Malas prontas, faltam poucas horas para pegar o avião, passeio final, paz total.
é isso, por fernando stickel [ 12:19 ]
10 de maio de 2004
vitrine em paris
Vitrine em Paris. As memórias da viagem vão ficando mais fracas, e a realidade paulistana se impõe. Ainda bem que logo cedo dou boas gargalhadas com Salomão Schwartzmann na FM Cultura, pois só rindo pra aguentar a realidade.
é isso, por fernando stickel [ 11:54 ]
10 de maio de 2004
robert crumb
Entrevista com Robert Crumb, que hoje mora no Sul da França.
é isso, por fernando stickel [ 9:31 ]
8 de maio de 2004
coisas do estúdio
As coisas do estúdio, com sapato novo.
é isso, por fernando stickel [ 13:20 ]
8 de maio de 2004
design de interiores
Visita da turma do primeiro semestre do curso de Design de Interiores da UNICID ao meu estúdio, hoje de manhã, com o meu amigo e Professor Plinio de Toledo Piza.
é isso, por fernando stickel [ 13:16 ]
6 de maio de 2004
pastéis de belém
A casa dos Pastéis de Belém, e a minha gata, feliz por tê-los provado, acompanhados de um belo cálice de vinho do Porto.
é isso, por fernando stickel [ 18:24 ]
6 de maio de 2004
chiado
Lisboa aos nossos pés, vista do bairro Chiado. O silêncio da cidade é impressionante, apenas os sinos das igrejas nos lembram que trata-se de uma cidade. Lindo, lindo!
é isso, por fernando stickel [ 17:57 ]
6 de maio de 2004
pequena pichação lisboeta
Pequena pichação lisboeta.
A publicidade toma-nos por estúpidos.
A publicidade torna-nos estúpidos.
é isso, por fernando stickel [ 9:29 ]
6 de maio de 2004
churros e chocolate
Programa clássico das madrugadas madrilenhas, churros com chocolate na Chocolateria San Ginés, casa fundada em 1894.
é isso, por fernando stickel [ 9:01 ]
6 de maio de 2004
entrando pelo cano
Em Madrid, assim como em quase toda a Europa, preserva-se o passado. Esta loja mantém sua marca na fachada desde o início do século (passado). Um dos maiores choques ao voltar para São Paulo é a gigantesca poluição visual e sonora. E assim, sem nenhum controle por parte das autoridades e quase zero de consciência cívica, nós moradores desta imensa cidade do quinto mundo vamos entrando suave e constantemente pelo cano.
é isso, por fernando stickel [ 8:41 ]
5 de maio de 2004
nó nas tripas
E a minha querida Sandra foi parar no hospital com diverticulite, uma palavra moderna para nó nas tripas, e eu com dor nas costas.
Nosso retorno da viagem não foi muito alvissareiro, do ponto de vista da saúde. Mas como não há mal que não se acabe nem alegria que perdure, tudo voltará ao normal em poucos dias, espero.
é isso, por fernando stickel [ 9:39 ]
4 de maio de 2004
jorge oteiza
Tem muita gente precisando conhecer o trabalho deste escultor. Confesso que nunca havia escutado falar nele, e fiquei maravilhado.
El Escultor Jorge Oteiza, uno de los dos mejores representantes de la escultura española del siglo XX – el otro era, sin lugar a dudas, Eduardo Chillida.
En el año 1957 recibe el Premio Internacional en la IV Bienal de Sao Paulo, aunque es en la década de los 80 y los 90 en que finalmente va a ser reconocido por las instituciones culturales españolas como un artista con una obra fundamental en la historia de la escultura europea del siglo XX.
Sus primeras esculturas datan de la década del 30 y reflejan la influencia de escultores como Epstein, Txaplin y Alberto Sánchez. En 1934 se traslada a Sur América donde permanece trece años, ofreciendo conferencias y numerosas exposiciones en Chile, Argentina (donde también ejerció como profesor) y Colombia.