As famílias Stickel e Müller reunidas em 1966 na festa de bodas de ouro dos meus avós Erna e Arthur Stickel, sentados, no centro. Na extrema direita da foto, sentada, minha avó Lili Diederichsen.
Eu, de pé atrás dos meus avós, tenho minha mãe e minha tia Mausi ao meu lado. À esquerda os Müller, à direita os Stickel.
As três na frente são minhas primas Renate, Lucia e Cristina Müller.
Posts tagueados ‘erico stickel’
5 de novembro de 2008
bodas de ouro
é isso, por fernando stickel [ 16:58 ]
5 de novembro de 2008
brazão stickel
Meu pai era muito ligado em genealogia, fazia parte de uma sociedade genealógica, e acabou por descobrir que este é o brazão da Família Stickel.
Nas arrumações dos documentos após seu falecimento minha mãe trouxe à luz este desenho, além de muitas fotos.
A origem do símbolo do nome alemão é um bastão, símbolo de poder do burgo-mestre, o “prefeito” das pequenas vilas medievais.
Ninguém da família jamais usou este símbolo, e hoje nem lareira eu tenho mais, para colocá-lo emoldurado em cima…
é isso, por fernando stickel [ 16:10 ]
26 de agosto de 2008
erico no hospital
Essa coisa de desenhar o próprio pai morrendo é complicada. Por um lado tem o seu impulso artístico irrefreável, a história mostra tantos e tantos artistas retratando os momentos finais de seus queridos, por outro lado existe um pudor natural, uma espécie de respeito, um freio.
Este desenho foi muito rápido, pequeno, cinco dias antes do meu pai falecer. Ele já estava no hospital, completamente dopado.
Dez dias antes fiz este desenho, foi mais tranquilo, me detive mais tempo.
é isso, por fernando stickel [ 12:12 ]
22 de agosto de 2008
erico
Fiz este desenho do meu pai, caneta Bic sobre sulfite A4, quinze dias antes dele falecer, ele estava em casa sentado em sua cadeira de trabalho, já bastante sedado, com um de seus queridos quadros, um óleo de Benedito Calixto.
é isso, por fernando stickel [ 11:39 ]
14 de agosto de 2008
sonhei com meu pai
Sonhei com o meu pai, Erico Stickel.
Havia no meio do mato uma espécie de garagem, um galpão de madeira, e eu precisava decolar com um pequeno avião de dentro deste galpão, cuja porta abria para a floresta. Havia em seguida uma pequena clareira, meu pai estava ali parado, e eu examinava se as asas do avião passariam pela porta e pela clareira.
Acho que foi resultado da reportagem sobre o Antonov 225 que vi ontem na TV…
A envergadura do maior jato do mundo é de cerca de 90 metros…
é isso, por fernando stickel [ 15:01 ]
9 de agosto de 2008
namoro no trianon
Erico Stickel, ao lado de sua irmã Elizabeth, madrinha de sua formatura no CPOR.
Em 1944 Erico João Siriuba Stickel, meu pai, servia o Exército na Cavalaria do CPOR em São Paulo, e lá era instrutor do meu tio Ernesto, de quem ficou amigo e desta maneira ficou conhecendo minha mãe Martha, que relata ter se apaixonado imediatamente ao conhecê-lo.
Certa noite Martha, Erico e Ernesto voltaram a pé de uma festa na casa da família Toledo Piza em Higienópolis. Minha mãe usava um vestido verde claro com babados e sapatos de festa. Ao chegar ao Trianon, meu pai que morava logo ali na R. Carlos Comenale, contou que havia sido convocado para servir na Segunda Grande Guerra na Europa.
Minha mãe ficou passada, seus pés doiam da longa caminhada. No dia seguinte meu pai ligou para dar as boas novas, apenas a Infantaria iria à Europa. O namoro vingou, casaram-se em 1946.
é isso, por fernando stickel [ 12:23 ]
23 de julho de 2008
erico e arthur
Ferramentas modernas de gerenciamento de imagem, como o iPhoto da Apple que eu utilizo permitem você guardar E RECUPERAR imagens importantes.
Esta por exemplo, meu pai, sete meses antes de falecer, jogando xadrez com o neto Arthur em Julho 2004.
é isso, por fernando stickel [ 17:17 ]
15 de abril de 2008
babinski e erico
Maciej Babinski me deu de presente esta foto, onde ele está ao lado do meu pai Erico Stickel em Março 1989, provávelmente em alguma vernissage em São Paulo.
é isso, por fernando stickel [ 9:19 ]
27 de agosto de 2007
mudanças
Há quatro anos atrás eu mergulhava com minha câmera dentro de um universo de objetos que coleciono. Os objetos continuam lá no meu estúdio, a câmera à mão, mas tudo mudou.
Me surpreendo com a rapidez e o amplo espectro das mudanças, desde que o trabalho na Fundação Stickel tomou o lugar principal na minha vida.
Pensando bem, o falecimento de meu pai em 2004 também acabou por modificar o rumo da minha vida.
é isso, por fernando stickel [ 8:36 ]
8 de agosto de 2007
veneza e positano
Enquanto isso minha mãe vai trabalhando nos arquivos fotográficos e desenterrando preciosidades.
No alto, da esq. para a dir. minha irmã Sylvia, eu e meu pai em Positano, em baixo idem, com minha mãe em Veneza. Eu devo estar com 14 ou 15 anos, portanto cerca de 1963.
É engraçado como principalmente a foto de cima tem um caráter de “tempo suspenso”.
é isso, por fernando stickel [ 17:19 ]
1 de junho de 2007
sexta-feira
Três anos e meio se passaram, meu pai não está mais aqui, minha mãe não mora mais na casa da R. dos Franceses, e meu filho não é mais criança.
Já estamos no meio do ano.
é o final da tarde
sexta-feira.
é isso, por fernando stickel [ 17:32 ]
22 de maio de 2007
na casa dos avós
Este YouTube é fantástico!
Depois que aprendi a fazer o upload, que é super simples, descobri guardado lá no meu I Photo este vídeo que o meu filho Arthur fez em 31 Agosto 2003, passeando pela casa dos meus pais, e fazendo talvez o único registro em vídeo do meu pai Erico João Siriuba Stickel.
A narração é feita, ainda com voz de criança, pelo próprio Arthur, hoje adolescente…
é isso, por fernando stickel [ 10:52 ]
3 de abril de 2007
erico stickel
Erico João Siriuba Stickel 3 Abril 1920 – 25 Dezembro 2004
Fosse vivo meu pai completaria hoje 87 anos.
Esta foto é de Julho 2004, cinco meses antes de seu falecimento. Ele estava ótimo até dois meses antes de nos deixar, apesar do câncer de pâncreas diagnosticado um ano antes.
Talvez essa seja uma das poses mais típicas dele, quieto e lendo.
Saudades…
é isso, por fernando stickel [ 10:13 ]
25 de dezembro de 2006
faleceu josé di ciommo
Em 25 Dezembro 2004 faleceu meu pai, Erico João Siriuba Stickel.
Hoje cedo fui buscar minha mãe para visitar o cemitério quando toca meu celular e a Iris, minha ex-mulher me avisa que nesta madrugada faleceu o pai dela, José Di Ciommo.
Meus três filhos passam a ter dois avôs falecidos no dia de Natal. Curioso, no mínimo.
Sinto uma simbologia de renovação nesta sincronicidade, e nada melhor que esta manhã clara, agradável, silenciosa, de céus azuis e brisa leve para celebração dupla.
No cemitério, penso com carinho no meu pai e no meu sogro.
é isso, por fernando stickel [ 11:34 ]
12 de setembro de 2005
sonho em new york
Sexta-feira à noite, jantar no Cantinetta na praia de Camburi. Depois de meses práticamente sem beber resolvo pedir uma garrafa de um campeão sul-americano: Montes Alpha, Cabernet Sauvignon.
Jantamos maravilhosamente, Sandra tomou no máximo 1 copo, e eu, o restante.
Cheguei em casa bêbado e feliz, fiz para Sandra uma leitura dramática de um trecho de “A mulher que amou demais” por Myrna (Nelson Rodrigues) e caí na cama vestido, de barriga pra cima. Adormeci imediatamente, na madrugada acordei, escovei os dentes e voltei pra cama. Sonhei:
Sonhei que estava em New York com meu pai, Erico Stickel, e minha calça jeans rasgou na bunda. Coloquei um calção e fiquei me sentindo meio ridículo. Entramos num bar e o dono, depois de me servir um gigantesco dry-martini, e querendo me ajudar a resolver o problema da calça me disse: “Take a look back there”
Descobri um mini-mercado que vendia fraldas descartáveis, essas coisas, mas nada de jeans. Continuei fuçando e descobri um misto de serzideira com floricultura, onde mal se podia andar, de tantas plantas e vasos. O filho da serzideira andava por cima das plantas.
Perguntei em inglês quanto custava serzir a calça e ela me respondeu, fazendo um gesto com a mão de unhas destruídas:
Cem, duzentosch… era carioca… Acordei.
é isso, por fernando stickel [ 10:21 ]
18 de maio de 2005
sonhei com dudi e erico
Sonhei que estava no hall de escadas da casa dos meus pais na R. dos Franceses com o Dudi Maia Rosa e o meu pai, Erico Stickel.
Dudi, de costas para a porta da sala de jantar, olhou para mim, que vestia uma camisa vermelha e disse:
– Puxa, você envelheceu com esta camisa vermelha.
Meu pai, em perfeita saúde, com sua barriguinha de anos atrás, examinava um quadro encostado à parede e pensava em voz alta: Preciso fazer umas observações sobre este pintor…
é isso, por fernando stickel [ 10:09 ]
3 de abril de 2005
missa na ilha da páscoa
Domingo, 3 Abril 2005. Meu pai Erico completaria hoje 85 anos de vida, e por uma conjunção preciosa da vida, às 9 horas da manha estávamos na missa dominical de Rapa Nui, na Ilha da Páscoa.
Não sou ligado em nenhuma religião e sou avesso a rituais e obrigações, mas sou uma pessoa razoavelmente espiritualizada.
Esta missa de hoje cantada em Rapa Nui, com toda a linda comunidade da pequena cidade presente, me emocionou como nunca. É como se a missa de sétimo dia do meu pai, que não houve, tivesse sido realizada hoje, no meio do Oceano Pacífico, no seio de uma comunidade pequena, cheia da famílias e crianças e só alguns turistas, com um padre simpático recebendo a todos na porta da igreja com um forte aperto de mão.
Cantamos com toda a comunidade, entusiasmados, acompanhados por um maravilhoso conjunto de sanfonas e atabaque, o refrão, que se repetia constantemente ao longo da missa:
TE POKI A TAVITA HOSANA HOSANA
TE POKI A TAVITA HOSANA TE’ ATUA