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arte na rua pinheiros


No início dos anos 80 fui morar no Ed. Ipauçu, na R. Pinheiros 1076, ao lado do posto de gasolina na Av. Pedroso de Morais. O apartamento no terceiro andar era antigo, amplo e muito gostoso, não havia porteiro eletrônico, então quando chegava alguém eu jogava lá de cima a chave embrulhada em uma esponja. Morei neste apartamento até o final de 1983.


Com Fernanda e Antonio no terraço do apartamento. Foi minha primeira casa após a separação da Iris, havia dois bons quartos com terraço, um para mim e outro para os meus filhos Fernanda, na época com 5 anos e o Antonio com 3.

Havia uma bela sala também com terraço, lá montei meu estúdio e preparei minha primeira exposição individual de desenhos, na extinta Paulo Figueiredo Galeria de Arte, na Rua Dr. Mello Alves 717 casa 1

Com os trabalhos da exposição quase prontos, e ainda sem moldura, pedi ao meu amigo Arnaldo Pappalardo para fotografá-los.


Arnaldo caprichou nas fotos!


Arnaldo Pappalardo, Cassio Michalany e eu, no dia da sessão de fotos.


O convite da exposição “Fernando Stickel Desenhos”. A vernissage foi no dia 5 abril 1983 às 21:00h. O trabalho reproduzido no convite Título: Audit; Técnica mista; Dimensões 26 x 182cm.

é isso, por fernando stickel [ 10:56 ]

cópia fiel

Fui visitar meu bom e velho amigo Arnaldo Pappalardo em seu bom e velho estúdio no Sumaré, agora transformado na novíssima Cópia Fiel, uma pequena, e simpaticíssima lojinha totalmente aberta para a rua, sem obstáculos, vidros ou portas, onde Arnaldo vende a preços muito acessíveis as suas lindas fotos.


Papo de vizinhos.


O português entrou na loja e ficou encantado!


Av. Prof Alfonso Bovero 278 – Sumaré
A loja estará sempre aberta de quarta-feira a sábado das 10:30 hs às 17:30 hs e aos domingos das 10:30 hs às 13:30 hs.

é isso, por fernando stickel [ 17:13 ]

de pessoas e suas influências


Frederico Nasser e eu, na festa de noivado com Maria Alice Kalil, 1970

Somos a soma de nós mesmos com tudo o mais e mais um pouco, tudo misturado. Adicione ao seu eu genético, à sua estrutura biológica original, os aprendizados e as circunstâncias, as encrencas e os lugares, os amores e as paixões, as amizades, as viagens, os livros que leu e naturalmente os muitos erros e os poucos acertos eventualmente cometidos e me terás. Vou tentar explicar. Ou não.
Deixemos que as minhas memórias falem por si, em sua lógica peculiar.

No colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo, um único professor me deixou saudades, pelo seu brilho, personalidade e integridade: Albrecht Tabor, professor de biologia e cientista maluco… A mesma coisa aconteceu no Colégio Santa Cruz com Flavio Di Giorgi, professor de português e um sábio em geral. Me preparando para o vestibular de arquitetura no Cursinho Universitário em 1968, tive mestres como o artista plástico Luis Paulo Baravelli, que me capturou imediatamente com sua simpatia e a fascinante habilidade de desenhar, e o cineasta Francisco Ramalho Jr., professor de física.
Na mesma época, um amigo me falou de um curso de desenho do professor Frederico Nasser, em uma casinha de vila na Rua da Consolação, estúdio emprestado por Augusto Livio Malzoni. Procurei o Frederico e iniciamos nossas aulas.

Preciso abrir aqui um parêntese. Frederico Nasser teve uma importância gigantesca na minha vida e na minha opção pelas artes plásticas. Foi uma presença instigante, fascinante, generosa, surpreendente, carismática – um poderoso magneto que despertava conhecimento, provocava sede de saber e, de quebra, irradiava uma atração que amalgamou muitas pessoas em um grupo de amigos e amantes das artes que de uma maneira ou de outra gravitaram em torno dele e da Escola Brasil:. Amigos como Augusto Livio Malzoni, Sophia Silva Telles, Dudi Maia Rosa, Baby Maia Rosa, Gilda Vogt, Norma Telles, Lucila Assumpção, José Carlos BOI Cezar Ferreira, Leila Ferraz, Wesley Duke Lee, Maciej Babinski, Megumi Yuasa e muitos outros que aparecerão aqui e ali, ao longo das próximas linhas. Fecho aqui o parêntese.

Os alunos desenhavam em uma espécie de pátio, sob uma pérgula. Neste local, Frederico me apresentou Marcel Duchamp, através da “bíblia” The Complete Works of Marcel Duchamp, escrita por Arturo Schwarz e publicada pela Thames and Hudson em 1969, e assim selou meu destino, me conectando irremediavelmente às artes. Lá encontrei também o meu primo Marcelo Villares e fiquei conhecendo dona Rene, mãe do Dudi. Não sei como eu encontrava tempo para tudo isso, cursando simultaneamente o terceiro colegial, hoje o último ano do ensino médio. Foram tempos muito ricos e intensos!
Um dia precisei fazer um desenho grande e não tinha um lugar adequado. Meu amigo Rubens Mario se propôs a ajudar e disse que eu poderia usar a prancheta de um amigo dele, o arquiteto Eduardo Longo. Rubens Mario me garantiu que não haveria problema, que o Eduardo era “gente fina” e lá fui eu em uma tarde desenhar no apartamento do arquiteto na rua Bela Cintra. Fiquei maravilhado com o pequeno apartamento todo reformado, com o teto em ângulos, um biombo de metal e a porta do banheiro pintada de amarelo parecendo um submarino. Achei o máximo. Logo depois conheci o Eduardo pessoalmente e nos tornamos amigos desde então.
Pouco depois, passei no vestibular da FAUUSP e fui com meu colega Edo Rocha para a Bahia comemorar. Na volta de Salvador, capotamos o meu Fusca 68 bordô perto de Jequié, mas esta é uma outra história.

Em 1969, Frederico Nasser mudou seu espaço de aulas para um sobrado no Itaim, na rua Pedroso Alvarenga. Vários colegas recém-ingressados na FAUUSP desenhavam lá também, como o Edo Rocha e Cassio Michalany, Plinio de Toledo Piza, Leslie M. Gattegno e Claudio Furtado. Enquanto desenhávamos nus femininos dentro de casa, Frederico, muito focado, pintava coisas esquisitas no pátio externo…
No segundo semestre daquele ano, Frederico organizou em um domingo de manhã uma visita de seus alunos ao estúdio do mestre Wesley Duke Lee em Santo Amaro. Entrar naquele estúdio era um privilégio, fiquei totalmente fascinado. Com sua cultura e charme inigualáveis, Wesley falou sobre muitas coisas, mas sobretudo de tecnologia e da recém-ocorrida chegada do homem à Lua, no dia 20 de julho. Inesquecível.


Nas setas vermelhas eu e Maria Alice Kalil em Cabo Frio

E veio então o réveillon de 1970 em Cabo Frio, na casa do tio Bubi e da tia Lila, promovido pelo João e a Marília Vogt. O espírito da coisa era “EU VOU!”. Ninguém perguntou se tinha lugar ou convite, o negócio era simplesmente ir! (Os anfitriões não gostaram muito… mas no final deu tudo certo). Foram dias fantásticos, mais de 30 amigos e parentes, a casa explodindo, a pequena piscina abarrotada de gente!! Minha memória acusa a presença, entre outros, dos anfitriões Bubi e Lila e dos coanfitriões João e Marilia, claro, e de Baravelli e Sakae, de Zé Resende e Sophia, de Carlos Fajardo e Renata, mais o Frederico, Dudi, Gilda, Ricardo Alves Lima, Monica Vogt, Maria Alice Kalil.

Em janeiro de 1970 Frederico Nasser, Dudi, Augusto Livio e eu dividimos um gigantesco quarto no Wellington Hotel da 7ª Avenida em Nova York para um mês de imersão no universo das artes, com direito a tropeçar em Diane Arbus no restaurante Automat Horn & Hardardt na Rua 57 e visita à inesquecível exposição “New York Painting and Sculpture: 1940-1970” no Metropolitan Museum of Art, inaugurando o seu Departamento de Arte Contemporânea sob curadoria de Henry Geldzahler.


A Escola Brasil: na Av. Rouxinol 51

Pouco depois, na sequência do estúdio na Rua Pedroso Alvarenga, Frederico e os amigos e colegas das artes plásticas Baravelli, Fajardo e Zé Resende criaram o Centro de Experimentação Artística Brasil, na Avenida Rouxinol, em Moema. Conhecida como Escola Brasil:, eu fui um de seus alunos no ano de abertura.


Futebol dos “pernetas”na R. dos Franceses. De costas, Baravelli.

Foi também em 1970, na quadra multiuso nos fundos da casa dos meus pais, na Rua dos Franceses, que eu e o grupo de amigos da Escola Brasil: inventamos um jogo de futebol. O mais engraçado é que, se bem me lembro, nenhum dos participantes tinha muita intimidade com o esporte bretão – sempre fui um perna de pau, isso posso garantir! Além de mim e do Neco, meu irmão, jogavam Frederico, José Carlos BOI, Cassio, Fajardo, Leslie e Baravelli. Fora os “jogadores”, também estavam lá a Sakae, mulher do Baravelli, e o filho deles, o Zé.


Capa do catálogo de Frederico Nasser para a exposição BFNR, com dedicatória. Eu estou na foto de costas, em primeiro plano.

Em agosto do mesmo ano, os incansáveis Frederico, Baravelli, Fajardo e Zé Resende realizaram a poderosa exposição BFNR 1970 no MAM Rio de Janeiro, que viria no mês seguinte para o MACUSP, no prédio da Bienal em São Paulo – eu apareço na capa do catálogo do Frederico, de quem fiz alguns retratos para esta mesma edição. Fui ao Rio para a inauguração da exposição e me hospedei “comme il faut” no apartamento da vovó Zaíra, de frente para o mar no Posto 6, em Copacabana. Foram dias deliciosos com direito a um jantar no clássico Antonio’s.

Visitar o estúdio/oficina do Baravelli na Escola Brasil: era o máximo, assim como seus estúdios particulares, sempre fascinantes, muito bem resolvidos arquitetonicamente, amplos, limpos, organizados. (O mesmo fascínio e curiosidade acontecia também no novo estúdio do Fajardo, em um porão da Rua Pamplona, onde ele também dava aulas.)
Havia de tudo nos estúdios do Baravelli, até um pote com unhas cortadas… Foram muitos os espaços ao longo dos anos:
– Avenida Miruna, de 1967 a 1971;
– Rua Padre João Manoel, esquina com a Oscar Freire, de 1971 a 1974;
– Rua Pedroso Alvarenga, de 1974 a 1979;
– Rua João Cachoeira, de 1980 a 1984;
– Granja Viana, 1984 até hoje.
Pelo menos duas galerias saíram das hábeis mãos do Baravelli – a Galeria São Paulo, da Regina Boni, na Rua Estados Unidos, e a Galeria Luisa Strina, aberta em seu segundo estúdio particular, citado na lista ali em cima.
Com acesso pela Rua Padre João Manoel, uma escada levava à galeria na sobreloja. Passando por um pequeno espaço administrativo, chegava-se a um paralelepípedo de paredes brancas com o chão de tacos de madeira onde, logo à esquerda, o “escritório” da Luisa Strina era nada mais que uma mesinha com telefone e algumas cadeiras confortáveis. Sentada em seu canto, com as unhas impecavelmente esmaltadas de vermelho, ela recebia os amigos e os clientes, colecionadores, xeretas e desocupados em geral que lá ficavam papeando e, naturalmente, comprando!
Lá encontrei inúmeras vezes o meu contraparente Pituca Roviralta, um dos primeiros compradores do meu trabalho.


Frederico Nasser, Dudi Maia Rosa, Carlos Fajardo e José Carlos BOI Cezar ferreira

Em 1971 casei com Maria Alice Kalil e convidei o Frederico Nasser para ser meu padrinho. Durante alguns anos, Frederico frequentou assiduamente nosso apartamento na Rua Hans Nobiling. Éramos amigos íntimos, ele aparecia com presentes, uma bebida, um desenho do Evandro Carlos Jardim. No apartamento de cima, sempre havia umas festas e acabamos descobrindo que lá morava o mafioso Tommaso Buscetta!!
O casamento com a Alice terminou, mudei para um apartamento na Rua Tucumã, 141, e comecei a namorar a Iris Di Ciommo por volta de 1974.

No enorme apartamento na Avenida Angélica, de frente para a Praça Buenos Aires, onde morava com os pais, dona Rene e Lamartine, Dudi montou um pequeno atelier de gravura. Foi lá que ele me apresentou à técnica e eu fiz a primeira e única gravura da minha carreira ¬– me lembro bem até do dia – em 10 de agosto de 1972. Obrigado, Dudera!
Neste mesmo ano, Dudi e Gilda se casaram em uma linda festa na casa do João e Marília em Osasco.

Um dos integrantes da turma da Escola Brasil:, Xico Leão era um doce de pessoa, simpático, reservado, atencioso e, além de tudo, um excelente pintor. Marina, sua filha, muito jovem e delicada, caiu nas graças do professor Frederico Nasser. Quando o namoro evoluiu para o casamento, Frederico me convidou para ser seu padrinho. Felizes com a deferência, na quarta-feira 8 de dezembro 1976 Iris e eu embarcamos na minha VW Variant amarela para estarmos pontualmente, às oito e meia da noite, na casa dos pais da noiva, Xico e Zizá, na Rua Bolívia.
O casamento se deu em altíssimo astral. Nos divertimos muito, fiquei bêbado, conversei com todo mundo, foi uma farra! Lá pelas tantas, encontrei dona Maria Cecilia, minha professora do Kindergarten no Colégio Porto Seguro, e me apresentei a ela:
– D. Maria Cecilia, que prazer!!! A senhora está muito bem!!!
Ela me olhou de viés, sem entender direito, e eu prossegui rodopiando…
Iris e eu fomos os últimos a deixar a festa, comigo pilotando alegremente a Variant amarela como se fosse um Porsche. Lembro-me de que, no dia seguinte, repassando a façanha automobilística da madrugada, decidi comigo mesmo nunca mais cometer a tolice de pilotar embriagado.


Pinturas de Cassio Michalany, presente para a afilhada Fernanda.

Em 1977, nasceu minha filha Fernanda. Seu padrinho, o Cassio, a presenteou com uma tela de 15 x 15 cm, um ladrilho tecido e pintado a mão – em cada aniversário, ela ganharia mais um. Dois anos depois, nasceu o meu filho Antonio e convidei Frederico Nasser para ser seu padrinho, mas ele não pôde estar presente ao nascimento.
Na mesma época, Frederico planejava abrir uma livraria. Em uma conversa com Dudi no Guarujá , Claudinho Fernandes, que também flertava com a mesma ideia, ficou sabendo dos planos do amigo em comum e os dois acabaram se tornando sócios para abrir, em 1978, a Livraria Horizonte.
O imóvel selecionado na Rua Jesuíno Arruda, 806, quase esquina com a João Cachoeira, abrigava originalmente um açougue, mas Baravelli, o homem dos sete instrumentos, transformou o lugar em uma charmosa livraria de tijolinhos à vista. A Horizonte acabou virando ponto de encontro dos amigos artistas, sempre uma farra com sua enorme mesa central e poltronas confortáveis completando o ambiente acolhedor. No andar de cima, Frederico tocava sua editora Ex Libris. Naquela época, eu era sócio do Norberto (Lelé) Chamma na empresa de design gráfico und – assim mesmo, com minúscula – e produzimos alguns itens gráficos para a livraria.
Cerca de dois anos depois, Frederico desmanchou a sociedade com Claudinho e montou uma nova livraria a poucos metros da Horizonte, na Rua João Cachoeira, 267 – a Universo. Também com projeto do Baravelli, a execução da obra ficou a cargo do Roberto “faz tudo”, com o chão de tijolo aparente, cortado a 45 graus, dois mezaninos e janelas ilegalmente abertas para a lateral do prédio.
A Universo tinha como vizinhos a CLICK Molduras, de Odila de Oliveira Lee, mulher de William Bowman Lee, pais de Wesley; o estúdio da vez de Baravelli, na sobreloja; e o escritório de paisagismo de Toledo Piza, Cabral e Ishii, arquitetos associados, na edícula.
Algum tempo depois, a livraria fechou as portas ao público, trabalhando somente com visitas agendadas, agora especializada em livros raros. Lá, Frederico continuou a operar a Editora Ex Libris, lançando em 1987 o notável O Perfeito Cozinheiro das Almas deste Mundo, edição fac-símile do diário coletivo da garçonnière de Oswald de Andrade.
No estúdio em cima da Universo, Baravelli trabalhava à noite. Os amigos mais próximos se davam o direito de chegar, tocar a campainha, subir as escadas e ficar lá perturbando o artista. Por vezes, para frear o ímpeto da turma, ele colocava um bilhete na campainha: ESTOU TRABALHANDO – CAMPAINHA DESLIGADA.

Foi neste espaço que, certo dia, Baravelli confidenciou aos amigos:
– Estou com uma grana, não sei se faço uma revista de arte ou compro um Camaro…
A opção foi fazer a revista Arte em São Paulo. Muito pragmaticamente, ele fez uma lista dos itens necessários e comprou:
_ Impressora;
_ Prensa de hot stamping para as capas;
_ Encadernadora espiral;
_ Estoque de papel para impressão;
_ Estoque de cartão para as capas.
Em seguida contratou Lisette Lagnado e Marion Strecker Gomes, duas jovens estudantes de jornalismo, para tocarem a revista. O primeiro número saiu em 1981, com um texto meu sobre Cassio Michalany. O último saiu em 1985.

Entrando nos anos 1980, minha vida virou de ponta cabeça. Tomei a decisão de ser artista plástico em tempo integral, saí do escritório de design gráfico und e me separei da Iris, mudando para o apartamento da Rua dos Pinheiros.
Foi um ano estressante, trabalhoso, caótico!

A esta altura, começava a se quebrar o encanto dos anos 1970, criativos e loucos, com os contatos entre aquela grande turma de amigos se espaçando, as amizades se esgarçando, os filhos nascendo e crescendo, cada um cuidando de sua vida. Foi nessa época que Frederico Nasser iniciou um misterioso processo de se fechar para o mundo. Pouco a pouco, foi evitando o contato social com os amigos e a família, se isolando mais e mais, sem responder nem mesmo aos telefonemas. Ninguém entendia o que estava acontecendo.
Muitos anos depois, andando de carro pelo Itaim, o avistei caminhando na calçada oposta. Parei o carro e corri para ele de mão estendida, feliz com o encontro! Frederico me ignorou solenemente e passou reto… Fiquei ali incrédulo, parado com a mão estendida, observando ele se afastar totalmente alheio à minha presença…
Que Frederico Nasser era aquele?!!
Seu coração falharia definitivamente no início de 2020, aos 75 anos de idade. É sempre muito triste e difícil aceitar a perda de um amigo. O luto e a tristeza que senti naquele momento, na verdade, já vinha sentindo e trabalhando durante quase 40 anos…

Fernando Stickel,
9 de julho de 2020

Uma conjunção muito especial de fatores propiciou a sistematização destas memórias, focadas nos anos 1970, um pouco antes e um pouco depois. Em fevereiro de 2020, faleceu meu grande amigo Frederico Nasser. Em seguida, a pandemia do coronavírus e a quarentena redefiniriam o mundo como o conhecíamos.
Foi neste contexto que me voltei a arquivos fechados há muitos anos, repassando textos e a memorabilia do período para atualizar minhas memórias ¬– e este blog.
Um documento em particular atuou como poderoso catalisador de lembranças, o convite de casamento do Frederico e Marina. Foi fundamental a ajuda dos amigos em várias conversas para ajustar algumas datas, locais e nomes.
Deixo aqui um agradecimento especial para Sandra Pierzchalski, Plinio de Toledo Piza Filho, Claudio Furtado, Iris Di Ciommo, Claudio Fernandes, Mauro Lopes, Monica Vogt Marques, Luis Paulo Baravelli, Cassio Michalany e José Resende.

Fernando Stickel,
10 de outubro de 2021

Revisão do texto: Tato Coutinho

é isso, por fernando stickel [ 10:37 ]

faleceu rachel de almeida magalhães


Foto de Arnaldo Pappalardo, 1981
Faleceu minha amiga Rachel de Almeida Magalhães, um aneurisma na aorta a separou de nós. Ela foi mulher de dois grandes amigos, Nirlando Beirão, com quem teve a filha Julia e Carlos Fajardo, com quem teve a Eugenia. Estivemos muito próximos nos anos 80, fazendo arte, participando de salões, depois a vida nos afastou… Boa viagem Rachel!


Recentemente a Rachel ainda comentou no Facebook o falecimento de outro amigo, Frederico Nasser…

é isso, por fernando stickel [ 16:05 ]

cine de pappalardo

é isso, por fernando stickel [ 15:23 ]

semana de arte


A Fundação Stickel tem muito orgulho de participar desta mostra, expondo os trabalhos de seus alunos em uma vitrine de altíssima qualidade, no Hotel Unique – Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4.700 em São Paulo, de 18/08 (sexta-feira) e 19/08 (sábado): 12h – 20h a 20/08 (domingo): 12h – 18h

O olhar desenvolvido em nossos alunos pelos fotógrafos e educadores Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz nos cursos gratuitos “Um olhar sobre a Brasilândia” e “Um olhar sobre a Cachoeirinha” promovidos em parceria com o “Programa Fábricas” da Secretaria de Estado da Cultura, vai com certeza surpreender os visitantes da “Semana de Arte”.

A Semana de Arte vai ocupar São Paulo entre os dias 14 e 20 de agosto de 2017 com uma série de espetáculos exclusivos de artes cênicas, música, dança, cinema e literatura espalhados por diversos espaços, passa por um ciclo de debates com convidados internacionais, tours arquitetônicos, e culmina na feira propriamente dita, que reunirá um seleto time de galerias do Brasil e do mundo. Programação aqui

A Fundação Stickel conta com o apoio da Capricho Molduras neste evento.


Foto de Danyela Medeiros dos Santos


Foto de Ricardo Papai Marin

é isso, por fernando stickel [ 18:02 ]

alexandre ribeiro na fábrica

alexandre
O novo Conselheiro Curador da Fundação Stickel, o editor Alexandre Dórea Ribeiro, visita a exposição de fotos dos alunos do curso de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz “Olhares sobre a Cachoeirinha 2014”, na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha.

é isso, por fernando stickel [ 11:20 ]

olhares sobre a cachoeirinha 2014 

olhares 2014
No último sábado dia 11 Abril a Fundação Stickel e a Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha abriram a exposição
“Olhares sobre a Cachoeirinha 2014” 
Fotos dos alunos do curso de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz

A exposição ficará em cartaz até 29 de maio de 2015
 
FÁBRICA DE CULTURA VILA NOVA CACHOEIRINHA Rua Franklin do Amaral 1575 São Paulo
Terças a sextas, das 9h às 21h30 | Sábados das 10h às 17h | Domingos e Feriados das 12h às 17h
 
Patrocínio: Fundação Stickel

Apoio: Poiesis – Fábricas de Cultura – Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo

é isso, por fernando stickel [ 9:52 ]

exposição na fábrica

cach
Foto: Dalva Maria da Silva Batista 

Fundação Stickel e Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha convidam para a abertura da exposição

Olhares sobre a Cachoeirinha 2014 

Fotos dos alunos do curso de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz 

ABERTURA: Sábado, 11 de abril de 2015, às 11:00h com lançamento do catálogo.
 
FÁBRICA DE CULTURA VILA NOVA CACHOEIRINHA Rua Franklin do Amaral 1575 São Paulo

Exposição de 11 de abril a 29 de maio de 2015
Terças a sextas, das 9h às 21h30 | Sábados das 10h às 17h | Domingos e Feriados das 12h às 17h
 
CONTATO
11 2233-9270, ramal 227, com Gláucia / glaucia@fundacaostickel.org.br
Patrocínio: Fundação Stickel / www.fundacaostickel.org.br

APOIO
Poiesis – Fábricas de Cultura – Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo

é isso, por fernando stickel [ 8:27 ]

ex-aluno da fundação stickel expõe

Artesãos da Imagem Os projecionistas e suas geografias
O Hildebrando Monteiro foi aluno do curso de fotografia gratuito promovido pela Fundação Stickel “Um Olhar sobre a Cachoeirinha 2013” na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, com os professores Arnaldo Pappalardo e seu assistente Lucaz Cruz.

Com grande satisfação divulgamos agora sua exposição na Casa de Cultura da Freguesia do Ó.
 

é isso, por fernando stickel [ 17:36 ]

olhar sobre a cachoeirinha 2014

arn
A Fundação Stickel promove na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha o curso gratuito “Olhares Sobre a Cachoeirinha 2014″ com o fotógrafo Arnaldo Pappalardo e seu assistente Lucas Cruz, em sua sexta edição.
Este ano são 34 alunos, selecionados no entorno da Fábrica, na foto o primeiro dia de aula.

é isso, por fernando stickel [ 16:56 ]

câmara escura no capão redondo

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A Fundação Stickel levou a Câmara Escura para a Fábrica de Cultura do Capão Redondo, no período de 20/5 a 8/6/2014, neste período recebeu 1.900 visitas.

Concebida pelo fotógrafo Arnaldo Pappalardo em parceria com a Fundação Stickel, a Câmara foi o grande destaque da exposição Tavoletta, que Pappalardo exibiu recentemente no Museu da Casa Brasileira.

De formato circular com 4 metros de diâmetro, a Câmara faz com que os visitantes se sintam dentro de uma máquina fotográfica, evidenciando os fundamentos físicos e matemáticos da fotografia, permitindo que se observem imagens do mundo exterior. Três grandes espelhos são posicionados ao redor dela, refletindo as imagens que se formam dentro da câmara pela entrada de luz através de seis pequenos orifícios nas paredes da instalação: três nas laterais e três no teto.

Colocados a diferentes distâncias dos furos, os espelhos fazem distintos recortes na paisagem, proporcionando diferentes relações de escala e composição aos observadores. A principal intenção é possibilitar o entendimento de como se formam as imagens dentro das câmaras fotográficas, com as quais convivemos cotidianamente, mas sobre as quais pouco sabemos.

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c2

é isso, por fernando stickel [ 16:42 ]

prazer com a arte

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Durante quase a totalidade da minha vida adulta estive apaixonadamente envolvido nas artes plásticas, das mais variadas maneiras:

– Visitante de exposições, aqui e no exterior, a mais remota lembrança me colocando ao lado dos meus pais visitando o MASP da R. Sete de Abril, início dos anos 50.
– Aluno de excelentes professores, aqui e no exterior, o primeiro foi Frederico Nasser em 1968, no estudio emprestado por Augusto Livio Malzoni na R. da Consolação.
– Participando de salões e exposições coletivas, aqui e no exterior, a primeira em 1971, na V Jovem Arte Contemporânea – MAC USP São Paulo.
– Realizando exposições individuais, a primeira em 1983, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte – São Paulo.
– Organizando/curando exposições, a primeira em 1987, como curador da instalação “Natureza Morta Limitada” para “A Trama do Gosto” – Bienal de São Paulo.
– Professor de desenho de observação por mais de 20 anos, de 1985 a 2006.
– Trabalhando desde 2004 na Fundação Stickel, promovendo a transformação social através das artes visuais.
– Desenhando, pintando, fotografando, pensando, escrevendo, editando, arrumando, pegando, trazendo, levando, cobrando, telefonando, agendando, organizando, vendendo, copiando, consertando, colecionando, propondo, retocando, montando, convencendo, desmontando, discutindo, sofrendo, gozando.

Tudo isto para constatar que continuo tendo o privilégio de me excitar a cada nova exposição. Algo que voltará a acontecer semana que vem, inédito na minha carreira, que será participar de exposição coletiva na inauguração da nova GALERIA GARAGE.

Arnaldo Pappalardo
Feres Khoury
Fernando Stickel
Guto Lacaz
Jacqueline Aronis
Kenji Ota
Lela Severino
Leonardo Crescenti
Luise Weiss
Miriam Mirna Korolkovas
Rubens Matuck

Curadora Rosely Nakagawa

Abertura na quarta-feira, 11 Junho das 19h às 23h

R. Miguel Rodrigues 88 – Vila Madalena
05447-060 São Paulo
11 3816-2424
contato@galeriagarage.com.br

é isso, por fernando stickel [ 0:43 ]

Exposição na Fábrica de Cultura

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No último sábado, 31 Maio, inauguramos a exposição das fotos dos alunos do curso de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz, promovido pela Fundação Stickel na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, com apoio da POIESIS e da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

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Este é o quinto ano seguido em que expomos os resultados do curso, a cada ano fica melhor!    

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A equipe toda!     

é isso, por fernando stickel [ 17:10 ]

Inauguração da Galeria Garage

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Inauguração da nova GALERIA GARAGE. Um grupo de 11 amigos artistas foi convidado pela curadora Rosely Nakagawa, são eles:

Arnaldo Pappalardo
Feres Khoury
Fernando Stickel
Guto Lacaz
Jacqueline Aronis
Kenji Ota
Lela Severino
Leonardo Crescenti
Luise Weiss
Miriam Mirna Korolkovas
Rubens Matuck

Abertura na quarta-feira, 11 Junho das 19h às 23h

R. Miguel Rodrigues 88 – Vila Madalena
05447-060 São Paulo
11 3816-2424
contato@galeriagarage.com.br

galeria garage

é isso, por fernando stickel [ 17:11 ]

alunos de arnaldo pappalardo

sentado
Foto: Lucas Borges

Fundação Stickel e Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha convidam para a abertura da exposição
 
Um Olhar sobre a Cachoeirinha 2013
 
Fotos dos alunos do curso de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz 

Abertura: Sábado, 31 de maio 2014 das 12h30 às 16h
  
FÁBRICA DE CULTURA VILA NOVA CACHOEIRINHA 
Rua Franklin do Amaral 1575  São Paulo

ENTRADA GRATUITA 
Exposição de 31 de maio a 25 de agosto 2014
Horário de visitação: terça a sexta, das 9h às 17h; sábado e domingo das 12h às 17h
Contato: 11 2233-9270, ramal 227, com Gláucia / glaucia@fundacaostickel.org.br
Patrocínio: Fundação Stickel 

Apoio: POIESIS – Fábricas de Cultura – Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo

Este é o quinto ano seguido em que expomos os resultados do curso, a cada ano fica melhor!                                              

é isso, por fernando stickel [ 15:32 ]

galeria garage

garagedia 11
Participarei da exposição coletiva de inauguração da nova GALERIA GARAGE. Um grupo de 11 amigos artistas foi convidado pela curadora Rosely Nakagawa, são eles:

Arnaldo Pappalardo
Feres Khoury
Fernando Stickel
Guto Lacaz
Jacqueline Aronis
Kenji Ota
Lela Severino
Leonardo Crescenti
Luise Weiss
Miriam Mirna Korolkovas
Rubens Matuck

SAVE THE DATE: Abertura na quarta-feira, 11 Junho das 19h às 23h

R. Miguel Rodrigues 88 – Vila Madalena
05447-060 São Paulo
11 3816-2424
contato@galeriagarage.com.br

O prédio original da nova galeria era o galpão de uma oficina mecânica, primorosamente reformado para abrigar uma galeria de primeiro mundo. Vou mostrar na exposição duas fotos inéditas, homenageando a “herança mecânica” da galeria.

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No prédio da direita a galeria própriamente dita, no da esquerda espaços para cursos e workshops.

é isso, por fernando stickel [ 9:38 ]

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Fundação Stickel em parceria com o Madalena Centro de Estudos da Imagem convida para a abertura da exposição coletiva de fotografias “Brasilândia”, participando da 5ª Mostra SP de Fotografia, homenagem a São Paulo em seu aniversário.

Data abertura: 25 de janeiro, sábado, às 16:00h
Período: 25/1 a 10/3/2014
Local: Madalena Workshops Centro de Estudos da Imagem
Endereço: R. Faisão 75 – Vila Madalena, São Paulo Tel: 11 3473-5410

A Fundação, através de seu colaborador, o fotógrafo Arnaldo Pappalardo e seu assistente Lucas Cruz, realizou nos últimos quatro anos o curso de fotografia “Um olhar sobre a Brasilândia”, destinado a moradores deste distrito da Zona Norte da cidade. O registro impresso destas experiências visuais cria um legado histórico e cultural universal, que interessa aos moradores do bairro e à cidade de São Paulo, proporcionando também aos participantes o registro físico e emocional da valorização de seu trabalho.

A Mostra SP de Fotografia é um projeto fotográfico anual de ocupação da Vila Madalena. A cada aniversário da cidade, a ideia é curar e expor trabalhos de diversos fotógrafos, de diversas áreas, em restaurantes, bares, espaços culturais, escritórios, lojas, salões e galerias do bairro.

é isso, por fernando stickel [ 16:43 ]