aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003


Deitado no sofá, olhando pra cima…

é isso, por fernando stickel [ 17:46 ]

A couple is lying in bed. The man says:
“I am going to make you the happiest woman in the world.”
The woman replies, “I’ll miss you…”

é isso, por fernando stickel [ 16:59 ]


Tá dando uma gripe por aí!!!!!

é isso, por fernando stickel [ 16:57 ]


Esta foto da Turma FAUUSP 1973 saiu em uma revista Manchete, por volta de 1971.
Eu estou logo na frente, de barba, ao meu lado nosso falecido colega Leslie Murray Gattegno, e ao lado dele o Lelé Chamma.

é isso, por fernando stickel [ 10:16 ]


Durante anos funcionou nesta esquina da Av. Republica do Líbano, em frente ao Parque do Ibirapuera uma lanchonete de sucos, açaí na tijela, etc… permanentemente cheia de clientes.
A Prefeitura fechou-a várias vezes, e várias vezes foi reaberta, finalmente foi murada e surgiu recentemente este grafite.

é isso, por fernando stickel [ 9:46 ]


Insistimos no cinema nacional e fomos ver a comédia “A mulher do meu amigo”
Ruinzinho demais, dá para uma ou duas gargalhadas.
Enredo perfeito para uma pornochanchada, duas mulheres bonitas e gostosas, mas nem isso.

é isso, por fernando stickel [ 18:13 ]


Como é possível um “feliz natal” quando o convidado indesejado é Caio (Leonardo Medeiros).

O filme Feliz Natal de Selton Mello, desculpem-me, é ruim demais. Não é fácil tratar da escuridão profunda com competência.
É preciso cultura, leitura, quilometragem. Selton está com 36 anos de idade, tinha 7 quando David Lynch lançou “Eraserhead” em 1979. Talvez não conheça este clássico em pb, denso e aterrorizador.

Será que leu Monteiro Lobato (Contos Pesados), Edgar Allan Poe ou Joseph Conrad (“Heart of Darkness”) que acabou por dar origem ao roteiro de Apocalypse Now (1979) de Francis Ford Coppola? Será que viu “Dr. Mabuse” de Fritz Lang (1933)?

Ou será que simplesmente ficou inebriado com o Cheiro do Ralo?

Me impressiona muito a famosa “unanimidade burra” (Nelson Rodrigues) críticos elogiando, prêmios, estrelinhas no guia, etc… Bom, deve ter gente que acha a “bienal do vazio” o máximo e que já está com saudades de Julio Neves na presidência do MASP…

A chatice foi tanta que potencializou o efeito expulsante das poltronas do Cine UOL Lumière. Vinte minutos foram suficientes.

é isso, por fernando stickel [ 9:17 ]


No Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MACC, as exposições de fotografias que estarão abertas até 30/11/08:
Juan Esteves – Presença
Fernando Stickel – Vila Olímpia
As fotos são da Tati Nolla.

é isso, por fernando stickel [ 16:44 ]


No meu estúdio, Abril de 2003. Não vou dizer que não tenho saudades das artes. É muito gostoso!

é isso, por fernando stickel [ 15:16 ]


Em Fevereiro 2003, esta era a cena no meu estúdio, em plena aula de desenho de observação com modelo.
Hoje meu estúdio se transformou em um depósito…

é isso, por fernando stickel [ 15:07 ]


Em 2003 não existia ainda nem sombra da minha vida dedicada ao Terceiro Setor, à Fundação Stickel e ao MBA na FIA-CEATS.
Minhas tardes eram dedicadas às artes e aulas de desenho de observação.
A vida de um artista plástico é muito diferente, não vou dizer que é mais fácil ou mais difícil, mas diferente com certeza.
Datam de 2002/2003 os meus últimos trabalhos significativos, colagens e assemblages.

é isso, por fernando stickel [ 15:00 ]

Estive ontem na FEAUSP, na Cidade Universitária para palestra do Prof. James Austin, da Harvard Business School, “A CRISE E SEUS IMPACTOS SOCIAIS?”. A palestra foi muito interessante, e o Prof. é uma figura simpaticíssima e singular, to say the least…

Do lado de fora, reencontrei a MONSTRUOSA escultura da Tomie Ohtake ainda lá no jardim, agora sem o plástico preto cobrindo-a, revelando o horror em todos os seus detalhes.

Este desastre da engenharia PERC me faz pensar o seguinte: Existe ainda uma parcela grande de pessoas de “nível” neste país que não acredita em projeto. Não basta o artista pegar um pedaço de papelão torcido e dizer que é uma escultura. É preciso ir à prancheta e detalhar, dimensões, materiais, estrutura, etc…, conversar com o fornecedor, aparar arestas, chegar ao processo construtivo ideal, algo que óbviamente não aconteceu neste caso.
Algumas faixas meio caídas avisam:

“Devido a falhas em seu processo construtivo, a empresa de engenharia PERC reconstruirá a escultura de Tomie Ohtake, sem custos adicionais para a FEA.”
Grande merda.

é isso, por fernando stickel [ 18:25 ]


Marta Grostein e Marlene Acayaba fotografadas por Jorge Hirata, FAUUSP 1969.
Nas palavras da Marlene: “Fazíamos o gênero “hippies chiques”.”
A Marta estava grávida do famoso “Luciano Huck”, depois do nascimento, a Marta levava o Luciano passear no carrinho de bebê pelas rampas da FAU.

é isso, por fernando stickel [ 17:42 ]


Capa do jornal editado pelo GFAU – Grêmio da FAUUSP “O ESTADO DA FAU” de Setembro 1969. O desenho deve ser de um dos gêmeos Caruso, ou o Chico, ou o Paulo.
Engraçado é que até hoje ainda se encontram espécimes de arquitetos trajando este figurino…

é isso, por fernando stickel [ 11:19 ]


Casamento dos meus colegas de classe da FAUUSP Annalisa e Amaral, 1972.
O nosso almoço comemorativo dos 35 anos de formatura se aproxima, e as fotos começam a aparecer…

é isso, por fernando stickel [ 10:42 ]


Domingo no Ibirapuera.

é isso, por fernando stickel [ 10:38 ]

Uma menina que conheci pequena, hoje mulher feita, enviou este texto para o irmão, que conheci menor ainda, como presente de aniversário pelos seus 27 anos no último dia 7 de Outubro:

“Era uma noite de quinta. Seis de outubro de 1981. Não sei porquê tinha passado o dia no Tivoli Parque da Lagoa com mais duas amigas. Não era um aniversário. Não era um dia especial. Muito menos feriado. Apenas passamos a tarde brincando. Trem-Fantasma, Montanha Russa, Carinho Bate-Bate, Conga – a mulher Gorila. Voltamos exaustas para a minha casa. Presente de mãe: colchões no chão e noite do pijama com as amigas.

Assim que entramos pela porta, meus pais estavam saindo. Iam para o hospital. Minha mãe sentia dores. Já eram as dores do parto. Ainda não sabíamos. Uma agonia tomou conta de mim. Eu queria mandar minhas amigas embora, queria grudar na minha mãe. Porém, era melhor não, foi o que pensaram.

Tentei dormir, virei prum lado, pro outro. Vencida pelo sono e pelo dia no parque, adormeci.

Acordei com meu pai me chamando. Não me lembro a hora exata, mas o dia estava amanhecendo. Na mão, um cartão com um pézinho carimbado. “Seu irmão nasceu”, ele me disse. Ali, naquele intante, o mundo parou. Tudo ganhou cor. Tons que eu nunca tinha visto. A minha vida ganhou sentido. Meu “eu” fazia sentido.

Não me recordo de tê-lo visto no hospital. Sei que fui, mas não lembro. Sei que fiquei grudada nele todo o tempo desde o momento que chegou em casa. Eu nunca ganhara nada tão especial. Um ser cor de rosa, de cabelos louros e olhos tremendamente azuis. Passei meses completamente fora do ar. Era tanta felicidade que mal conseguia pronunciar: “eu tenho um irmão!”.

Eu nasci solitária. Sempre me senti muito só. A solidão brotou comigo, pisoteando meu peito, me assolando a garganta. Implorava, diariamente, a minha mãe que me desse um irmão. Não aguentava ser única. A filha única. Ser uma me dóia na alma. Me sufocava. Eu chorava de tristeza. Mesmo cercada de primos, alguns bons amigos, eu queria um outro. Um outro “meio eu”. Eu queria dividir, somar, multiplicar e dividir. Não na tabuada da escola, mas nas contas da vida.

Ontem, sete de outubro, ele fez aniversário. Hoje em dia é homem feito. Sociólogo. Preocupado com o mundo e com os outros. Sempre foi assim. Ganhava um brinquedo e dava, imediatamente, a qualquer outro amigo que gostasse do mesmo. Minhas avós arrancavam os cabelos. Por ordem delas, tínhamos que ir, de casa em casa da rua, recolhendo os brinquedos “dados” por ele. Aos 14 anos, fez meu pai pagar os estudos de um amigo, já que o pai dele não tinha mais condições de arcar com os estudos dos filhos. O menino era ótimo aluno, não poderia ficar sem estudar. Papai acatou a idéia. Hoje, é rapaz formado em Economia pela UFRJ.

A casa era lotada de amigos. Ele sempre foi de falar. Eu sempre fui do silêncio. Ele é da rua. Eu sou de casa. Ele é dos esportes. Eu sou das letras. Ele é diplomata. Sabe remediar. Eu sou do combate. Sei guerrear. Ele é ansioso. Eu sou serena. Ele é verde. Eu sou azul. Ele é paixão. Eu sou amor. Ele fala sobre o social. Eu penso no humano. Ele é de Libra. Eu sou de Áries. Dizem os entendidos que um é o complemento do outro.

Os olhos dele ainda são azuis. O cabelo escureceu. Dividimos coisas que só nós sabemos. Muitas vezes, ter irmão não era como eu imaginava. Brigamos, discordamos, nos afastamos. Fizemos as pazes. Há anos, nos entregamos. Paramos para ver que o que construímos é tão raro e tão bonito que tudo e qualquer coisa é pequeno. Fica menor.

São anos de alegria. Somente por ele existir. Meu desespero é olhar para o lado e não vê-lo. Caço com desespero. Trago ele sempre junto. Me desdobro para acolhê-lo. Para dar-lhe o que a vida tira. Para ouvi-lo e abraçá-lo. Sou feliz por tê-lo.”

é isso, por fernando stickel [ 17:49 ]

Como a Bienal me deixou melancólico, resolvi subir a rampa e visitar o MAC-USP no 3º andar do prédio da Bienal.
A melancolia não passou, mas pelo menos eram algumas exposições de ARTE, com destaque para as fotos do mexicano Pedro Meyer, emolduradas e expostas na parede, como deve ser.

é isso, por fernando stickel [ 17:07 ]