aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

Formatex

De Setembro de 2007 até hoje mantive aqui no blog um post que tratava do assunto Formatex, minha vizinha durante décadas na Vila Olímpia.
Pouco a pouco meu post se transformou em espécie de “Espaço Aberto” para os ex-funcionários colocarem suas opiniões a respeito da falência da empresa e até hoje foram postados 82 comentários, das mais variadas naturezas.
Acho que fiz meu papel de mediador, no sentido de selecionar os comentários mais agressivos e até de baixo calão e deletá-los, mas não é minha função neste blog manter e mesmo estimular este debate, que com certeza já teve lances, digamos assim, radicais.

Já não sou mais vizinho da Formatex, ela não se encontra mais lá na R. das Fiandeiras, o post foi deletado, e a vida continua.
Aos prezados leitores que ainda tentam transformar o meu blog em forum de suas perplexidades frente à falência da empresa, tenho uma sugestão: Façam seu próprio blog! Abram seu espaço de discussão!
Aqui não mais, por favor.

é isso, por fernando stickel [ 16:49 ]

Na sala de TV, o velhinho levanta e a mulher pergunta:
– Aonde você vai?
– À cozinha – responde ele.
– Você não quer me trazer uma bola de sorvete? – pede ela.?- Lógico! – responde o marido, solícito.
– Você não acha que seria bom escrever isso no caderno?
– Ah, vamos! – ironiza o velhinho – pode deixar que eu vou me lembrar disso!
Então ela acrescenta:?- Então me coloca calda de morango por cima. Mas escreve para não ter perigo de esquecer.
– Eu lembro disso. Já sei que você quer uma bola de sorvete com calda de morango.?- Ah! Aproveita e coloca um pouco de chantili em cima!
Mas lembra do que o médico nos disse… Escreve isso no caderno.
Irritado, o velhinho exclama:
– Ah, que saco! Eu já disse que vou me lembrar!
Em seguida vai para a cozinha.
Depois de uns vinte minutos, ele volta com um prato com uma omelete. ?A mulher olha para o prato e diz:
– Eu não disse que você iria esquecer? Cadê a torrada!?!

é isso, por fernando stickel [ 17:15 ]

O Fotógrafo
Manoel de Barros

Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada a minha aldeia estava morta.
Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre
as casas.
Eu estava saindo de uma festa.
Eram quase quatro da manhã.
Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na
pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim eu enxerguei a Nuvem de calça.
Representou para mim que ela andava na aldeia de
braços dados com Maiakovski – seu criador.
Fotografei a Nuvem de calça e o poeta.
Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa
mais justa para cobrir sua noiva.
A foto saiu legal.

é isso, por fernando stickel [ 16:16 ]


Os anfitriões do almoço da Turma FAUUSP 1973, Marcos e Marlene Acayaba e Cassio Michalany.
O Marcos formou-se alguns anos na nossa frente, trabalhei no escritório dele e fizemos em conjunto o projeto de uma casa na Ilhabela na Praia do Arrozal, para o meu primo Luiz Diederichsen Villares.

Geral do almoço e da linda casa do casal Acayaba, projeto do Marcos Acayaba em 1973.

é isso, por fernando stickel [ 10:20 ]


Trinta e cinco anos separam estas fotos. A colorida foi tomada ontem no almoço de comemoração dos 35 anos de formatura dos arquitetos da turma FAUUSP 1973, na casa da nossa colega Marlene Acayaba, casada com Marcos Acayaba.
Conseguimos reunir 64 colegas, o que foi fantástico, tudo correu maravilhosamente bem, em alto astral, enfim um saldo positivíssimo.
O grupo de trabalho da FAU voltou a se reunir, infelizmente sem um dos seus membros, o Leslie, precocemente falecido. Da esq. para a direita, Edo Rocha, Plinio de Toledo Piza, Sergio Ficher, Iris Di Ciommo, eu.
Os rapazes apresentam (na média…) menos e mais branco cabelo e mais barriga, a Iris continua linda como sempre.

é isso, por fernando stickel [ 10:10 ]


Necessidade, melancolia, progressão.
Tudo muda, tudo passa.

é isso, por fernando stickel [ 14:39 ]


Meus colegas me enviam as fotos da nossa turma FAUUSP 1973.
Iris, Cibele, Annalisa e Nancy.

é isso, por fernando stickel [ 13:03 ]

Emprestei este post inteirinho do meu amigo Aly:


Foto de Aldrabano de Caraballo: Rapariga de Glúteos Protuberantes, São Paulo, 2007

O EUFEMISMO

O emprego do eufemismo caracteriza certas camadas sociais. A um homem da plebe que comete um furto, as gazetas não hesitam em exprobar ao ladrão, ao gatuno, o roubo que praticou ; mas se um homem de alta sociedade cometeu o mesmo, o mesmo crime, então os redatores adoçam servilmente a frase e escrevem: desvio de fundos, fraude, alcance, etc.

O povo observou perfeitamente esta injustiça e fez sobre ela um provérbio admirável: “Quem rouba um pão, é ladrão; quem rouba um milhão, é barão”.

Um homem do povo não se embriaga; isso é próprio da gente fina; o plebeu embebeda-se, e, empregando termos da gíria popular, toma a carraspana, o pifão, o pileque, fica grosso, colhe a trompa (gíria galega), etc. Se num salão aristocrático se ouvissem estes nomes, as senhoras corariam de indignação; se numa viela de Alfama, em Lisboa, alguém pronunciasse o vocábulo embriagar, era apupado e escarnecido – caso verdadeiramente o entendessem.

O conselheiro Acácio, a famosa caricatura de Eça de Queirós, conhecia bem o valor do eufemismo e empregava-o constantemente. Diz dele o escritor:
“Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e empregava restituir”.

Até os ladrões entre si usam o eufemismo, como aquele ratoneiro duma novela de Castelao, que suavizou o termo roubar em apanhar:
“Certa noite de caminho propuxo Barrote que fossem apanhar uas galinhas”.
– Os dous de sempre, 1ª edição, p. 60.

Pode portanto dizer-se que há na linguagem uma dissimulação, uma espécie de hipocrisia – o reflexo de todas as atenuações, transigências e desigualdades que a vida social, como está constituída, nos impõe.

M. Rodrigues Lapa in Estilística da Língua Portuguesa.
São Paulo: Martins Fontes, 1982. (excerto)

“Quando a alma fala, já não fala a alma.” Friedrich Schiller,
por aly.

é isso, por fernando stickel [ 10:39 ]

O meu leitor Waldir Sousa deixou este comentário sobre o Dicionário Minerês – Português:

“Moro em Alfenas, Minas Gerais. Nasci em Paraisópolis, MG. Sou engenheiro, formado em Itajubá, também em MG. E diplomáticamente quero falar uma coisa para vocês:
Num saio de Minas dijeininhum. Mió coisa que tem é Minas Gerais. E numdimito que alguém fale mar de Minas Gerais.
Acho que ôceis tem inveja dinóis. Seis queriam falá quinéim nóis. Tô convidanno ôceis pávimki. Fico isperanno ôceis. Um dedim de prosa cum minerim é bão taméim, seis vão vê. Minas Gerais fica pertim, pertim. Quinéim um tirim dispingarda.?Póvimki. Vô recebê ocêis dendicasa. E proseanno nóis tóma um lidipinga e nem vê o tempo passá.
Agora vô inno que játôtrazado e meu celular inda tá carreganno. Óprocevê.?Tchau.”

é isso, por fernando stickel [ 8:13 ]

Meu amigo Cassio Michalany e colega arquiteto da FAUUSP, em foto de 1972 ou 73.
No próximo sábado vamos reunir 64 colegas em um almoço comemorativo dos 35 anos da formatura da turma de 1973.

é isso, por fernando stickel [ 16:17 ]


Aniversário duplo, Maria minha nora hoje e Antonio, meu filho, ontem.

é isso, por fernando stickel [ 16:03 ]


Richard Gere está com 59…

Um dia é a dor na lombar, no outro a dor na coxa direita, já faz pelo menos seis meses que a lateral do pé esquerdo formiga, houve também a fase da dor no ombro e no cotovelo, e centenas de sessões de fisioterapia, assim vamos indo, pós-sessenta.

Ontem fiz valer minha condição de “idoso” na delegacia, onde fui fazer um B.O. de extravio de documento.
No banco fiquei com vergonha, mas a fila era pequena.
Com (quase) tudo se acostuma.

é isso, por fernando stickel [ 10:39 ]


MAURÍCIO IANÊS na 28º Bienal de São Paulo

Leia aqui a entrevista do artista após sua performance na “bienal do vazio”.

é isso, por fernando stickel [ 9:49 ]

Q:What do you call an intelligent, good looking, sensitive man? 
A: A rumor 

é isso, por fernando stickel [ 17:59 ]


Na Vila Olímpia.

é isso, por fernando stickel [ 17:56 ]


Turma FAUUSP 1973 em uma feijoada na casa da Cristina em 1973, foto do Jorge Hirata.
De pé, da esq. para a direita: Vieira, Rose, Pitanga, Cambeu, Fingerman, Cibele, Sidney. Sentados: Iris, Cristina, Lelé, Elô.

é isso, por fernando stickel [ 17:43 ]


Ana Cristina Cintra Camargo, Beati Giorgi e Elisa Bracher (Licó) no ateliê de xilogravura do Instituto Acaia.
A Ana e a Licó tocam o trabalho fantástico que o Instituto faz na comunidade carente da Vila Leopoldina, atendendo jovens de 6 a 18 anos, proporcionando aulas de marcenaria, música, artes, vídeo, etc…

A Beati é filha de Flavio Di Giorgi, que foi meu professor no Colégio Santa Cruz, uma figura inesquecível. Ela está preparando um livro sobre o pai, que deverá abordar algo chamado “Oficina de Sentimentos”

é isso, por fernando stickel [ 11:06 ]


Este é o banheiro da minha infância e adolescência, fica na desativada casa da família na Rua dos Franceses, Bela Vista (ou Bixiga).

é isso, por fernando stickel [ 10:12 ]