Lá na roça, um menino e uma menina foram criados juntos, desde que eram bem miudin…
O tempo foi passano, passano, eles foi creceno, creceno.
Aí se casaro.
No dia do casório, sacumé, povo da roça não viaja na lua de mér, já vai direto pra casinha de pau a pique.
Chegano lá na casinha, o Luiz Ogêno, muito tímido, vira para Maria e fala:
– Ó Maria, nóis vai tirano a rôpa, mais ocê num mi óia, nem ieu ti óio, vamu ficar dis costa.
Maria responde:
– Tá bão Luiz Ogêno. Intaum eu num ti óio e ocê num mi óia, cumbinado.
Nisso Maria abre a malinha de papelão novinha que ganhou do pai, tira a camisola que ganhou da mãe.
Maria tira a roupa. Ao vestir a camisola notou que a mãe tinha lavado, colocô no sór pru módi quará e ficá bem branquinha.. Tava um capricho só a camisola.
Só que a véia pru mode branquiá a camisola, lavô dimais qui incurtô a dita prá mais di parmo e usou goma demais prá passar a camisola, deixando muito engomada.
Maria então diz:
– Meu Deusducéu, cuma é qui eu vô drumi com um trem duro e piquininim desse?
Aí o Luiz Ogêno fala:
– Ah Maria! Assim num vale! Ocê mi oiô, né?……….
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