A day in the life – Fuga das Ilhas II
Acordei às 8:00h, tomei café, dei um tempo, preparei os equipamentos, besuntei grossas camadas de protetor solar, peguei o carro e fui para a Barra do Sahy, tentei entrar na “cidade” e desisti, muita bagunça, carros parados em tudo quanto é lugar, estacionamentos lotados, voltei e parei na beirada da estrada.
Através da praia lotada fui até a tenda da Fuga das Ilhas, lá escreveram o Nº 14 no meu braço direito. Dei uma circulada, examinei as bóias, pensei um pouco na estratégia a utilizar na prova.
As escunas voltaram da ilha após deixar a turma da segunda bateria, e os integrantes da terceira bateria começaram a nadar em direção a elas.
Chegamos na ilha e todo mundo se dirigiu à tenda em busca de água, quando cheguei JÁ NÃO HAVIA ÁGUA!!!!!!!! que merda de organização!!
Preocupado, pensei em alternativas, sei que a hidratação correta é uma necessidade absoluta em uma prova longa como essa. Olhei em volta, vários barcos estavam por ali perto da praia, pequenos e grandes, visualizei um “gommone” amarelo chamado Rapa Nui, me aproximei e pedi água ao casal, que muito simpáticamente me deu uma garrafa. Obrigado!!!
Tomei minha água discretamente e fui para debaixo de uma árvore esperar a largada. Examinei a situação e decidi sair bem longe do grupo principal, quando soou a sirene larguei praticamente sozinho e fui no meu ritmo, água mais para fria, mas gostosa, poucas ondas.
Até a metade do percurso foi tudo bem, aí me pegou a primeira cãibra na panturrilha direita, mexi pra cá, mexi pralá, a cãibra soltou, voltei a nadar o crawl, pouco depois outra cãibra, e assim foi indo, e cada vez inventava novos malabarismos para soltar as cãibras, que evoluiram paras as duas pernas e pegavam em todos os lugares.
Quando faltavam cerca de 300m a cãibra foi tão forte que chamei o barco resgate, mas ele estava longe e não me viu, então mais uma vez, com muita calma, fui administrando a melhor maneira de soltar, e fui avançando lentamente, em estilo “cachorrinho de pé” até a linha de chegada.
Completei os cerca de 1.900m. em 59′ 31″. No “curral” da saída ganhei uma medalha, tomei um isotônico, mas bananas já não haviam. Eta organização de merda!!
Tudo bem, sempre vale participar de um evento como esse, disseram que eram cerca de 3.000 participantes.
Encontrei alguns amigos, comentamos os respectivos desempenhos, fui para casa, tomei um banho, almocei e voltei pilotando a Mercedes via Mogi das Cruzes.
Cheguei em casa moído, com as panturrilhas destruidas, o que não me impediu de jantar uma bela pizza com a Sandra e os meus filhos Antonio e Arthur.
1 Comentário
fuga das ilhas 2013 — aqui tem coisa
dezembro 6th, 2013 at 14:48
[…] ano passado meu principal problema foram as cãibras. Este ano os treinos com o Prof. Ricardo foram constantes, perdi um pouco de peso, fiz massagens, […]
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