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Arquivo: julho de 2025

faleceu plinio toledo piza

Faleceu ontem meu amigo Plinio de Toledo Piza Filho, aos 75 anos de idade.


Plinio e eu na Galeria MaPa em 9 maio 2022


No casamento do Plinio com a Virginia em 14/04/1978, Plinio, Perrone, Cassio e eu.


No meu casamento com Alice, Plinio de barba.

Lá nos anos 70 nós três éramos inseparáveis amigos e colegas da FAUUSP, Cassio Michalany, Plinio de Toledo Piza Filho e eu. No ano passado Cassio nos deixou, e agora o Plinio, tTristeza… Meus sentimentos à Virginia, filhos, amigos e parentes, sentiremos a falta do Plits, foi uma vida inteira….

O enterro foi no Cemitério da Consolação.


Grupo de trabalho da FAUUSP, no almoço de comemoração de 50 anos de formados e 3/6/2023, Edo Rocha, Plinio, Sergio Ficher, Iris Di Ciommo e eu.

é isso, por fernando stickel [ 7:56 ]

inhotim e clara arte

Sandra e eu visitamos novamente o Inhotim, mas desta vez ficamos no novo hotel dentro do parque.
O Clara Arte Resort é um hotel maravilhoso, bonito e bem feito, com pensão completa, sua culinária é deliciosa.

Os jardins maravilhosos são um prazer, simplesmente caminhar e curtir a riqueza da nossa flora já seria suficiente.


Nosso quarto, inserido na natureza, desfrutando de silêncio total, o maior luxo!

é isso, por fernando stickel [ 8:54 ]

chácaras na serra da mantiqueira

Chácaras Exclusivas de 20.000 m² à venda na Serra da Mantiqueira.
Refúgio perfeito na natureza, com vista deslumbrante, clima agradável e fácil acesso.

Localizadas em um dos pontos mais privilegiados da Serra da Mantiqueira, na fronteira dos municípios de Monteiro Lobato, Tremembé e Pindamonhangaba, as chácaras estão inseridas em área de mata atlântica preservada, a 1.500 metros de altitude média, com visuais incríveis para o Vale do Paraíba, Sul de Minas e Pedra do Baú.

Cada lote oferece:
– Nascentes e cachoeiras naturais
– Vegetação nativa e silêncio absoluto
– Acesso excelente (estrada parcialmente asfaltada)
– Energia elétrica e internet na porta
– Documentação em ordem – matrícula individual registrada no Cartório de Registro de Imóveis de Tremembé/SP
– Pronto para construção e posse imediata

Vizinho ao condomínio Alpes de São Gotardo em área rural, o local é ideal para quem deseja construir um chalé, uma residência de campo ou até seu home-office na montanha.
Veja AQUI a localização.

Distâncias estratégicas:
13 km (20 min) de Santo Antônio do Pinhal
19 km (30 min) do Pico Agudo (asa delta)
30 km (30 min) de Campos do Jordão
48 km (45 min) de Taubaté
86 km (1h30) de São José dos Campos
160 km (3h) de Ubatuba
170 km (2h30) de São Paulo

Acesso facilitado:
Waze: HOTEL HARMONIA
Google Maps: MIRANTE 45

Ideal para quem busca refúgio com acesso, segurança e valorização, um investimento seguro em bem-estar, lazer e natureza. Todos os lotes com matrícula individualizada no Registro de Imóveis de Tremembé SP, prontos para posse imediata.

Lote 1: João-de-Barro
Matrícula: 13.896
Área: 20.200 m²
Preço: R$ 500.000

Lote 2: Pica-pau
Matrícula: 13.897
Área: 20.360 m²
Preço: R$ 460.000

Lote 3: Tico-tico
Matrícula: 13.898
Área: 20.100 m²
Preço: R$ 480.000

Lote 4: Sabiá
Matrícula: 13.899
Área: 20.080 m²
Preço: R$ 380.000

Lote 5: Saracura
Matrícula: 13.900
Área: 20.200 m²
Preço: R$ 380.000

Lote 6: Rolinha
Matrícula: 13.901
Área: 25.430 m²
Preço: R$ 420.000

Lote 7: Tuim
Matrícula: 13.902
Área: 24.526 m²
Preço: R$ 420.000

Qualidade de vida com potencial de valorização
A região é uma das 12 estâncias climáticas do Estado de São Paulo, com natureza exuberante, rica em trilhas, cachoeiras, riachos e mata nativa. Perfeita para quem pratica trekking, mountain-bike, rapel, arvorismo ou voo livre.
Viva cercado por ar puro, silêncio e liberdade, com toda a estrutura para seu bem-estar.

Entre em contato para mais informações e agende sua visita! Engº Celso Tadeu de Carvalho, celular e Whatsapp +55 (11) 99728-8288 ou pelo e-mail carygi.celso@gmail.com

é isso, por fernando stickel [ 12:21 ]

josé carlos BOI cezar ferreira

True Colors: An Interview with Fernando Stickel on José Carlos “Boi” Cezar Ferreira

Entrevista por escrito que dei a pedido da minha amiga Cynthia Garcia, para Newcity Brazil.

A seguir, a entrevista por escrito em português:

1.Fernando, o que lhe atrai na pintura do José Carlos (Boi)? Vc possui telas dele? Qtas? Compradas lá atrás?
Cynthia, em primeiro lugar quero reforçar algo que é importante para a preservação da memória do Boi. Toda e qualquer referência ao seu nome deverá ser grafada sempre José Carlos BOI Cezar Ferreira, é a melhor maneira de indexá-lo na internet. A Enciclopédia Itaú Cultural usa este verbete, por minha sugestão.
O Boi foi sempre um autêntico, o artista dos artistas, um verdadeiro mestre. Relacionamentos pessoais, questões de saúde, negócios mundanos, família, nada era capaz de obliterar sua essência de artista. Entre seus amigos corria a brincadeira de que ele nunca aprendeu a desenhar, o que nos anos 70, em tempos de Escola Brasil: poderia até se configurar como uma heresia…, mas ele não dava a menor bola a estes comentários, simplesmente seguia em frente fazendo sua arte, pintando telas poderosas e resolvendo da maneira dele todas as questões do desenho. E é justamente a maneira dele resolver e dominar estas questões que torna seu trabalho único, com o uso de cores fortes e padrões geométricos em inspirações corriqueiras, familiares, domésticas, urbanas, da natureza, das florestas e cachoeiras, vez por outra geométricas.
Tenho hoje na minha coleção, quatro telas e dois desenhos, todos comprados muitos anos atrás. Alguns estão comigo há meio século…

2.Quando você o conheceu? Como foi sua amizade com ele? Vc o conheceu do meio da arte paulistana ou de alguma escola que vcs teriam cursado? Vcs expuseram juntos? Como era seu meio social? Vinha de família burguesa ou de um meio mais simples?
Conheci o Boi em plena efervescência dos anos 70 e o surgimento da Escola Brasil: Imediatamente ficamos amigos, participando da vida familiar um do outro, casamento, nascimento de filhos, namoros, separações etc… Tudo isso junto e misturado com Dudi Maia Rosa, Fajardo, Frederico Nasser, José Resende, Cassio Michalany, Baravelli, Augusto Livio Malzoni e muitos outros.
O cenário paulistano da arte ocupava o pano de fundo permanente na nossa amizade, era uma época em que todo mundo ia aos vernissages, as pessoas se encontravam nas exposições e nas festas, surgiu também em 1979 a Cooperativa dos Artistas Plásticos de São Paulo, e com ela mais exposições e encontros no ateliê de amigos. Nunca expusemos juntos, talvez tenhamos participado de algum salão de arte juntos, não me lembro.
Conheci o pai dele Carlito, supersimpático, morava em Higienópolis, família classe média, acompanhei as incursões do Boi no mercado imobiliário e a criação de seu restaurante Truta Rosa. Visitei-o com meus filhos Fernanda e Antonio em Mauá, onde ele morou.

3.Na época, diziam que sofria de problemas psicológicos, que caia em períodos de depressão. O que sabe? Como era isso?
Consta que tudo começou quando o Boi foi morar em Los Angeles nos anos 60, lá ele teve uma bad trip de ácido lisérgico e as sequelas desta primeira crise voltavam a se manifestar de tempos em tempos, ao longo dos anos, com crises psicológicas, mas quem pode falar melhor sobre isso é a Leila Ferraz, com quem o Boi foi casado. Ao final da vida estas crises se tornaram mais frequentes e agudas, ele acabou internado, os amigos se reuniram no grupo de WhatsApp “Amigos do Boi” e organizaram um leilão de obras de arte para criar um fundo para ajudar a custear as despesas de saúde dele. O leilão ocorreu em junho 2017 no Auroras, em dezembro 2018 o Boi faleceu aos 74 anos de idade.

4.Pq acha que ele nunca viu uma verdadeira apreciação de sua arte? Ele ficava triste por isso? Seria pq era mto tímido no approach aos galeristas? Ou sua pintura simplesmente já não estava no gosto corrente?
O Boi foi sempre apreciado, desde o primeiro dia, pelos seus pares, seus amigos artistas e meia dúzia de colecionadores próximos, ele teve exposições importantes, mas acho que ele não tinha o necessário traquejo, todo mundo sabe que o relacionamento com galerias, críticos, curadores é dificílimo e ele não era uma figura disposta a fazer esse jogo, acho que também não sabia.
Reputo seu trabalho como importantíssimo e pouco divulgado, com certeza merece uma retrospectiva e um livro. A Fundação Stickel está com projeto de lei de incentivo para tanto.

5.O que levou sua fundação a publicar em 2010 o ótimo livro sobre sua pintura? Uma curiosidade, de onde vem o apelido Boi?
Foi justamente a ausência de um documento sobre sua tão importante obra, que nos motivou a fazer o livro. Na sequência da exposição dele que fizemos em 2006, surgiu o livro José Carlos BOI Cezar Ferreira, um Boi Abstrato, com texto de seu amigo Gabi Borba, editado pela editora J.J.Carol.
Não sei de onde vem o apelido Boi. Será que alguém sabe?

6.Como vê a exposição na MAPA? Dê uma panorâmica.
O Marcelo Palotta tem a incrível habilidade de condensar em torno de si arte da melhor qualidade, de artistas que não desfrutam dos holofotes da crítica e/ou da mídia, como é o caso do Boi. Circunstâncias aleatórias colocaram-no em contato com vários colecionadores, inclusive eu, surgiu daí a exposição, com texto crítico do Agnaldo Farias, amigo comum. Eu fiz um esforço de reunir trabalhos espalhados com meus filhos, ex-mulheres, e conseguimos reunir um belo conjunto de trabalhos. É na verdade, uma minirretrospectiva.

7.Algo mais
O Boi tem uma habilidade que não fica evidente em uma exposição de pinturas, que é sua enorme criatividade com as palavras, o Boi era também um poeta, um linguista e etimólogo, apreciava anagramas e os criava. Sua inteligência e humor sempre me fascinaram.
Seus cadernos de anotações são deslumbrantes, testemunho de uma mente privilegiada, misturando palavras e recortes visuais, desenhos e pensamentos brilhantes. Um viés do destino determinou o fim precoce de tanta criatividade e brilho, Boi nos deixou prematuramente… Tenho muita saudade dele.

Neste link você poderá encontrar mais sobre José Carlos BOI Cezar Ferreira.

é isso, por fernando stickel [ 17:08 ]