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O guardanapo antes e depois de receber água.

Ainda bem que recebi esta dica antes de embarcar para Veneza, vai que a novidade já chegou lá… Copiei integralmente do site Onne:

Um chevrezinho no caminho
por Cesar Giobbi

Vejam só a situação pela qual passei em Paris. Prestem atenção para não fazer feio quando a novidade chegar por aqui.

A gente nunca deve dizer que algo que acontece com os outros não vai jamais acontecer conosco. Porque a vida tem o maior e mais sádico prazer em nos desmentir. E, mais dia menos dia, algo de parecido acontece. E a gente tem de dar a mão à palmatoria.

Lembram da historia da lavanda? Aquele bowl com água morna e uma florzinha boiando, servida em alguns restaurantes finos e em jantares de cerimônia, apresentada depois de pratos que obriguem o uso das maos? Os mais jovens jamais saberão do que falo, pois o objeto caiu em total desuso. Não o vejo mais nem em listas de presentes de casamento de noivas de famílias tradicionais. Pois contava-se, um tempo atrás, que um novo rico desavisado, ao deparar com uma lavanda, acabou tomando a agua achando que era uma sopinha. A cena foi repetida com sucesso numa novela, tendo Marília Pêra como protagonista.
 
Bem, meus caros leitores, a cena, por muito pouco, não acontece comigo, no café do Gaston Lenôtre, estes dias, em Paris. Me sentei distraído e sem óculos. A garçonete trouxe o couvert : umas torradas compridas e escuras, uma tigelinha com uma pastinha verde, que eu achei que era wassabi, e um pratinho quadrado preto, muito bem desenhado, com um pequeno cilindro branco no meio, que eu achei  que era um miniqueijo de cabra, numa porção individual que considerei chique.  ??Ainda bem que resolvi perguntar à moça o que ela me apresentava. Enquanto me explicava que a pasta verde era guacamole, pegou um vidro idêntico aos de servir óleo de oliva e começou a derramar um líquido sobre o que eu supus ser queijo de cabra. Perguntei se era chévre, no meu francês do qual me orgulho muito e que sempre me rende elogios na França, e ela respondeu, muito baixo, uma frase que não compreendi. Por duas vezes pedi que repetisse o que dizia. Não conseguia entender, pois esperava ouvir outra coisa. Enquanto se dava aquele mal entendido, o pequeno cilíndro branco começou a crescer diante dos meus incrédulos olhos. E ai, consegui entender o que ela, falando baixo para não me constranger diante das mesas próximas, tentava me dizer: “C’est une serviette pour les mains monsieur!”. Sim, era um guardanapinho molhado para as mãos! E, de fato, na mesa ao lado uma família inteira passava o paninho nas mãos com ar de quem tinha nascido fazendo aquilo. Já pensaram se, numa ansiedade provocada pela fome, eu tivesse colocado o “chevrezinho” na boca? Que vexame, seu caipira!

??O pior de tudo, é que eu nunca tinha visto este novo milagre da mesa acontecer, mas já sabia que existia, porque minha amiga Lucilia Diniz tinha me mandado um saco destes cilindrinhos de presente. Eu agradeci, mas esqueci de experimentar a novidade. Sim, porque a única coisa que posso dizer em minha defesa é que a coisa e realmente nova. E não me constranjo de contá-la. Uma porque chega uma hora na vida em que muito pouca coisa consegue nos constranger, e outra para que ninguém de vocês passe por este vexame. Estão avisados, portanto: existe um cilindrinho branco, que de longe e sem ôculos parece um chevrezinho, mas que, na verdade, é um guardanapinho que cresce com a água. Isso vai acabar chegando aos nossos restaurantes. Quando chegar, façam bonito.? 

é isso, por fernando stickel [ 15:10 ]

4 comentários

jose ribeiro

junho 9th, 2009 at 16:22

Com referencia à lavanda, meu avô qdo Secretario da Fazenda do Adhemar de Barros foi a um jantar oferecido pelo governador à imprensa.Num determinado momento foi colocado a lavanda junto de cada convidado. Um jornalista desavisado pegou e bebeu. O Adhemar olhando muito serio para seus secretarios pegou e bebeu tambem. Todos fizeram o mesmo. Indagado a respeito da sua atitude o governador disse: Voce acha que eu sou louco de constranger um jornalista na frente de todos ??
Imagine o que o Gabrielli da Petrobras faria ?

abraços

vi

junho 9th, 2009 at 19:52

😉 … !

googala

junho 10th, 2009 at 15:47

Só não pode ter goteira na fábrica…
ahahaha

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junho 18th, 2009 at 22:51

[…] antes de embarcar para Veneza, vai que a novidade já chegou lá… Copiei. fique por dentro clique aqui. Fonte: […]

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