Mario Sacconi, timoneiro, e eu, proeiro, estávamos há cerca de três anos sem velejar, por inúmeras razões, inclusive dores e lesões.
Ontem voltamos ao snipe para uma regata na Represa de Guarapiranga. Dia lindo, a represa recuperou parte das perdas com as chuvas recentes, muitos barcos montados, regatas diversas. Meio enferrujados, eu até tinha esquecido a montagem do barco, qual cabo passa aonde, como faz o nó, etc…
Cerca de 13:30 nos dirigimos à Raia 1, para a largada, pouco vento, sol, várias categorias misturadas, Snipe, Lightning, Finn, etc…
Largamos bem, alguns erros devidos à montagem errada do barco foram corrigidos, o vento aumentou e começamos a ver a tempestade se formando no Sul, confesso que fiquei com medo dos raios…
No terceiro contravento a tempestade nos pegou de frente, chuva e vento fortíssimos, de 30 a 40 nós.
As velas batendo fazendo um barulhão, o barco se enchendo de água, ondas quebrando, tudo cinza, visibilidade quase zero fomos avançando rumo ao final da prova, pelo canto do olho vi vários barcos virados. Atravessamos a linha de chegada e baixamos a vela mestra, mantendo a buja para estabilidade. Logo depois o vento amainou, a chuva diminuiu, içamos a mestra e voltamos ao YCSA – Yacht Club Santo Amaro, molhados, moídos e felizes!
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