A HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO STICKEL – Parte 13
Em 2012, a Fundação Stickel encerrou parcerias com a Casa de Cultura da Brasilândia, sob gerência da Subprefeitura Freguesia-Brasilândia e a Paróquia São José Operário, ambas na Região Episcopal Brasilândia.
Os encerramentos, que ocorreram sem a vontade da Fundação, geraram a necessidade de uma reflexão, uma vez que todos os projetos desenvolvidos, em ambos os locais, foram de boa qualidade e atenderam à comunidade local. Assim, torna-se inevitável perguntar por que essas parcerias não deram certo. Quais as razões deste aparente fracasso? Onde erramos?
Mutirão do “Dia de Fazer a Diferença” na Casa de Cultura da Brasilãndia 21/11/2010
Última exposição na Casa de Cultura da Brasilãndia, fotografias dos alunos de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz 7/7/2012
Último curso realizado na na Casa de Cultura da Brasilãndia: “Aproximações com a Arte”com Adriana Ezabella 25/2/2012
Após revisar documentos e eventos, concluímos que:
1. Falta de Documentação Formal: Não estabelecemos um documento claro de parceria envolvendo autoridades da Subprefeitura e da Igreja Católica. Isso resultou em falta de responsáveis formais para resolver questões emergentes.
2. Diálogo Insuficiente com Lideranças Locais: Não conseguimos envolver lideranças comunitárias que pudessem integrar os projetos aos interesses locais. A ausência dessas lideranças levou à rejeição da presença da Fundação.
3. Parceria Informal na Casa de Cultura: A parceria informal e sem contrato formal foi aceita sem envolvimento de uma liderança legítima ou profissional qualificado. Isso gerou crises e resistência dos funcionários locais, forçando o encerramento das atividades da Fundação.
A principal falha foi a ausência de interlocução com lideranças representativas da comunidade e instituições parceiras, minando a legitimidade do trabalho da Fundação. Este fracasso, no entanto, foi uma oportunidade para revisar práticas de articulação comunitária e valorizar instrumentos formais de parceria.
Este aparente fracasso foi, na verdade, uma excelente oportunidade para a Fundação rever suas práticas de articulação com as comunidades onde atua, bem como de valorizar a importância de instrumentos formais de parcerias que deixam claro as responsabilidades de cada parceiro e as instâncias de solução de eventuais conflitos, o que consideramos natural em um projeto que busca inovar e criar condições para o desenvolvimento sustentável de nossas iniciativas comunitárias.
Como resultado desse aprendizado, estabelecemos uma nova parceria no final de 2012 com a Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha, um equipamento do Governo do Estado de São Paulo. Com alinhamento entre as missões das instituições e um contrato legal assinado, essa parceria tem potencial para ser sólida e duradoura. (Este texto, com redação um pouco diferente, foi publicado no site do IDIS em janeiro 2013)
Fachada da Paróquia São José Operário 11/8/2011
Grupo de geração de renda “Brasilianas” na Paróquia São José Operário 18/4/2012
Reunião no salão paroquial da Paróquia São José Operário 22/12/2010
Deixe seu comentário