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Posts tagueados ‘desenho de observação’

alunos de fernando stickel


Minha amiga e ex-aluna Lorna Lee Balestrery me enviou esta fotografia do grupo de 46 alunos do meu Curso de Desenho de Observação que expuseram seus trabalhos na Galeria Montesanti-Roesler (hoje Nara Roesler) em 24 e 25 Junho 1989. Eu estou sentado.
A foto foi tirada no meu estúdio da R. Ribeirão Claro 37, Vila Olímpia, onde se realizavam as aulas. Se bem me lembro o fotógrafo foi Hiroto Takada, a foto utilizada na divulgação e no convite.

lorna
Lorna (de vermelho) e amigos na exposição.

é isso, por fernando stickel [ 16:07 ]

ajudem lela severino

lela
Esta é a Lela, foi modelo vivo nas minhas aulas de desenho de observação por muitos e muitos anos. Bonita, forte, positiva, simpática, os alunos (e eu evidentemente) gostavam muito dela. Esta foto é de 2006, o último ano em que dei aulas.

Recebo agora uma notícia dando conta que ela foi operada, vejam a íntegra do e-mail que recebi da minha amiga Rosely Nakagawa:

“Queridos amigos
Nossa querida amiga e modelo Lela fez uma cirurgia de emergência e vai ficar afastada dos trabalhos até o inicio de 2014.
Para ela o seu corpo é além de tudo a matéria prima do trabalho.
Sabemos da fragilidade da situação dela como um todo e contamos com sua colaboração para que ela tenha uma recuperação tranquila e confortável.
Formamos uma cooperativa para depositar R$ 50,00 até janeiro de 2014 , pelo menos.
Quem puder colaborar com um valor maior será muito bem vindo. Quem puder ampliar esta rede também.
Os dados para depósito :
 
BRADESCO
Agencia 2818-5
Conta corrente 0000236-4
CPF: 001.338.478-37
Terezinha Severino
 
Contamos sua participação nesta ação.
Para mais informações sobre a saúde dela e mais detalhes, me liguem 999174877
Desde já obrigada e um grande abraço
 
Rosely Nakagawa e  Rubens Matuck”

Eu já colaborei, quem puder faça o mesmo, ela vai agradecer de coração.


Lela posando no meu estúdio da R. Ribeirão Claro na Vila Olímpia.

é isso, por fernando stickel [ 13:06 ]

dois auto-retratos e um desenho

moi
Auto-retrato

– Caderno de folhas brancas encadernado com espiral e capa dura de papel grosso em formato A5 21 x 15cm.
– Lápis
– 17 Maio 2004, à tarde.
– Estúdio do artista à R. Nova Cidade, Vila Olímpia – São Paulo

estudio à tarde
Estúdio à tarde

auto
Auto-retrato
Câmera Leica D Lux 6 Digital
Banheiro do artista
24 Julho 2013 à tarde

é isso, por fernando stickel [ 17:28 ]

da fiorella & stickel


Desenho de Dezembro 1989.
Lá no final dos anos 80 e começo dos 90 eu frequentava o delicioso restaurante de massas Da Fiorella, na Rua Bernardino de Campos no Brooklin Paulista.
A proprietária era minha amiga Mara Baldacci, e o restaurante era muito charmoso e decorado com centenas de desenhos, gravuras, vários deles de autoria dos amigos da casa.
A toalha da mesa era de papel, e invariavelmente eu desenhava alguma coisa.
A Mara acaba de me enviar imagens de alguns destes desenhos, que adorei rever!!
Obrigado Mara!!

fiorella-2
Desenho de 1993.

é isso, por fernando stickel [ 10:01 ]

faleceu jean pierre

Jean Pierre Bernardet foi meu aluno de desenho. Além disso virou amigo, Sandra minha mulher e eu ficamos amigos do casal Jean Pierre e (também…) Sandra.
Muito interessado em tudo, fez questão de desenvolver uma técnica para registrar suas viagens em pequenos cadernos, depois encanou que queria fazer caricaturas, tanto insistiu que obteve sucesso!
Li com pesar no jornal a notícia de seu falecimento.
Que faça uma linda viagem, que com certeza registrará em um de seus cadernos, que ajudei a criar…

é isso, por fernando stickel [ 18:35 ]

o meu bulgari

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Agora que começam as férias de Julho me lembrei de um episódio curioso, ocorrido por volta de 2004, quando eu ainda dava aulas de desenho de observação no meu estúdio da Vila Olímpia.
Fui contratado por uma família para dar aulas durante as férias para várias meninas, idades de 11 a 16, em um grupo fechado.
Expliquei que 11 anos era fora do meu público, que pela minha experiência a idade mínima para este tipo de aula seria de 13 anos, mas como era um grupo de irmãs e primas deveria dar certo.
Muito bem. Iniciei as aulas, tudo correu bem, até o dia em que passei lição de casa e pedi para que observassem em casa, ou no caminho de casa algo que lhes chamasse a atenção e depois me relatassem.
Foi difícil fazer com que elas entendessem “algo que lhes chamasse a atenção”, enfim, passada a lição de casa veio na próxima aula o resultado. Uma observou uma árvore, a outra uma peça de arte, assim por diante, até que veio a resposta:
– O meu Bulgari!
Esta menina trazia no pulso um relógio Bulgari, eu pedi para ela tirá-lo, peguei-o, pedi para que ela o examinasse em detalhe e perguntei:
– O que você reparou de especial no seu relógio?
– É um Bulgari!!!
– Sim, mas ele é especial porque? Tem uma cor, um desenho, formato, o tipo de números, qual a particularidade que lhe chamou a atenção?
– Uai, é um Bulgari!
Tentei, mas foi impossível explicar que o simples fato de algo ter uma assinatura de grife não torna este objeto necessáriamente especial. Minha aluna encerrou o curso de férias sabendo desenhar, mas não conseguiu se despir do preconceito.

é isso, por fernando stickel [ 9:26 ]

cook no estúdio

renata
Março 2006, aula de desenho de observação no meu estúdio na R. Nova Cidade, Vila Olímpia.
A minha aluna Renata Cook trabalha em seu auto-retrato em grande formato, foram as últimas sessões antes que eu encerrasse delicioso período de 20 anos de aulas de desenho, por conta das exigências do meu trabalho na Fundação Stickel.
Já lá se vão quatro anos… É tudo muito rápido!

é isso, por fernando stickel [ 8:30 ]

tcc à banca

banca
Gente, eu preciso contar para vocês a minha conquista.

Já fiz e experimentei várias coisas vida afora, importantes ou significativas na minha ótica, é lógico, o que não quer em absoluto dizer que o foram na ótica da vocês leitores e mesmo, ampliando o foco, na ótica do país, do planeta e do universo.
Ainda assim creio sinceramente ter derramado algumas gotinhas no lado positivo das coisas.
Honrei pai e mãe, escrevi dois livros, casei quatro vezes, sempre por amor e sempre acreditando que seria para sempre, tive três filhos maravilhosos, plantei inúmeras árvores, trabalhei, dei aulas de desenho durante quase vinte anos, me dediquei às artes durante algumas décadas e ao Terceiro Setor nos últimos seis anos, fui fiel aos meus amigos, farreei muito, galinhei mais ainda e creio ter magoado pouco (consideradas as proporções…).
Subi ao cume do Volcan Toco, sobrevivi a um acidente com veleiro no Canal de São Sebastião, me lancei de para-quedas, sofri duas cirurgias de hérnia-do-disco, viajei para um monte de lugares e continuo sobrevivendo com certa dignidade…

Mas hoje conquistei algo diferente, ao apresentar meu TCC da 5ª Turma do MBA FIA-CEATS em Gestão e Empreendedorismo Social à banca composta pelos professores Evandro Biancarelli e João Teixeira, na Sala da Congregação da FEA-USP.
Quase 20 meses de trabalho chegaram ao fim, é a chave de um longo, rico e trabalhoso processo.
Meu trabalho “As Fundações Familiares no Brasil, a Motivação dos Instituidores no Momento da Instituição, sua Evolução” foi considerado inédito pela banca, será publicado no site da FIA-CEATS, e adicionará uma gotinha ao conhecimento do Terceiro Setor no Brasil.

Preciso agradecer por ter tido a oportunidade de chegar ao final do MBA:
– À minha orientadora, Profª. Drª. Graziella Comini, que atuou em muitos momentos como um poderoso trator ao me arrastar para fora do lamaçal das minhas dúvidas e incompetências. (preguiça eu não tive…)
– À Sandra, minha mulher, pelo permanente incentivo e paciência.
– À Agnes Ezabella e João Lobato, Superintendentes da Fundação Stickel que seguraram a barra em muitos momentos da minha ausência,
– À Miriam, minha super secretária, sem a qual eu não chego à esquina.
– Aos meus colegas de turma, cuja companhia por si só foi motivo suficiente para permanecer na trilha.
– À Profª. Drª. Rosa Maria Fischer, professores, funcionários, colaboradores e palestrantes da FIA-CEATS, que me abriram a cabeça, e permitiram que uma grande parte de tudo o que eu aprendi pudesse ficar definitivamente incorporado ao meu ser.
– Aos instituidores, dirigentes, conselheiros e funcionários das oito fundações estudadas, que me permitiram coletar os dados do meu trabalho.

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Na banca, os professores Evandro Biancarelli e João Teixeira e a minha orientadora Profª. Drª. Graziella Comini.

é isso, por fernando stickel [ 18:16 ]

homem na lua

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Hoje faz quarenta anos que o homem pousou na lua!!!!

Bem no centro da foto dá para ver a sombra projetada pelos restos da Apollo 11 na Lua.

Em 1969 Frederico Nasser dava aulas de desenho de observação em seu estúdio no Itaim, eu era seu aluno e lembro-me perfeitamente da visita que ele organizou ao estúdio do Wesley Duke Lee em Santo Amaro em um domingo de manhã, para que nós, alunos, conhecêssemos o artista.

O Wesley, com sua cultura e charme inigualáveis, falou sobre muitas coisas, mas sobretudo sobre tecnologia e da chegada do homem à Lua. Nós, fascinados, bebíamos as palavras do Wesley, visita inesquecível!

é isso, por fernando stickel [ 15:55 ]

recomeço

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Sobre a mesa do estúdio, o recomeço.

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O estúdio da R. Nova Cidade a pleno vapor em 2003, no meu curso de desenho de observação, as mesas encomendei ao marceneiro para a realização da 1ª Oficina de Design de Automóvel, em 1988. Continuam firmes e fortes prestando bons serviços.

é isso, por fernando stickel [ 10:09 ]

crise com meu pai

Em uma década tudo pode mudar. (em vinte minutos também…)

Por volta de 1980-81, tive claramente uma visão e um desejo:

Quero ser artista plástico profissional.

Logo em seguida, colocando o desejo em prática, mudei toda a minha vida. Separei da Iris, com quem estava casado, mudei de casa e saí da sociedade que tinha com Lelé Chamma na und, tudo no mesmo ano.

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O período que se seguiu até 1989 foi brilhante, exigente, cheio de desafios e novidades, fiz quatro exposições individuais, participei de uma dezena de coletivas, ganhei prêmios e morei em New York.
Na volta da viagem a NYC montei curso de desenho de observação no meu estúdio na Vila Olímpia, que acabou por ser extremamente bem sucedido, em 1989 cheguei a ter 60 alunos, meu sustento não oferecia maiores problemas.
Em Março 1990 o baque do Plano Collor fez com que eu recomeçasse as aulas com apenas dois alunos, o ano foi terrível, as artes em geral sofreram mais que a média, e o início de 1991 não trazia boas perspectivas.

Foi quando minhas irmãs vieram conversar comigo dizendo que minha mãe estava muito preocupada, pois o meu pai Erico estava manifestando a ela preocupações com os negócios, coisa que ele, homem da velha guarda, nunca havia feito antes. De fato, o Plano Collor havia virado de cabeça para baixo coisas “imutáveis”, acabou quebrando equilíbrios de décadas, e foi isto que tirou o sono do meu pai.

Novamente casado eu precisava de um salário, e meu pai de ajuda, acertamos um pro-labore para que eu trabalhasse na organização dos negócios da família, básicamente a solução de encrencas com imóveis, desde inquilinos inadimplentes, multas diversas, muros caídos, calçadas destruidas a imóveis deteriorados e desocupados, brigas com a Prefeitura por conta de IPTU, etc…

pilha
A relação de trabalho com meu pai não foi fácil, mesmo porque a minha entrada foi mais por pressão da família do que por decisão dele, engoli muitos sapos, batemos boca, mas uma das piores crises veio quando eu, tomado de furor organizatório, aproveitei um período em que meu pai estava fora do escritório, viajando, e fiz um levantamento de todas as suas pendências, anotações que ele tinha o hábito de fazer em cadernos em branco, fichários, folhas soltas, etc… e a pilha destes papéis dava quase um metro de altura!

é isso, por fernando stickel [ 11:58 ]

aqui tem coisa, o livro

na-gamela
Desenho no meu livro “aqui tem coisa”, de 1999.
Incrível! Acabo de me dar conta que já são dez anos desde o seu lançamento!

é isso, por fernando stickel [ 9:59 ]

schuco

schuco
Do tempo das minhas aulas de desenho de observação guardo objetos diversos, que serviam de modelo para os alunos desenharem.
Alguns, como este caminhão Schuco, estão comigo no estúdio desde sempre…

é isso, por fernando stickel [ 19:23 ]

steinberg


Na minha saudosa aula de desenho de observação, as referências aos mestres estavam sempre presentes, neste caso Saul Steinberg.
Este aluno dedicava-se a criar caricaturas, com muito sucesso!

é isso, por fernando stickel [ 12:49 ]

estúdio ou depósito


Em Fevereiro 2003, esta era a cena no meu estúdio, em plena aula de desenho de observação com modelo.
Hoje meu estúdio se transformou em um depósito…

é isso, por fernando stickel [ 15:07 ]

artes


Em 2003 não existia ainda nem sombra da minha vida dedicada ao Terceiro Setor, à Fundação Stickel e ao MBA na FIA-CEATS.
Minhas tardes eram dedicadas às artes e aulas de desenho de observação.
A vida de um artista plástico é muito diferente, não vou dizer que é mais fácil ou mais difícil, mas diferente com certeza.
Datam de 2002/2003 os meus últimos trabalhos significativos, colagens e assemblages.

é isso, por fernando stickel [ 15:00 ]

erico no hospital

erico2.jpg
Essa coisa de desenhar o próprio pai morrendo é complicada. Por um lado tem o seu impulso artístico irrefreável, a história mostra tantos e tantos artistas retratando os momentos finais de seus queridos, por outro lado existe um pudor natural, uma espécie de respeito, um freio.
Este desenho foi muito rápido, pequeno, cinco dias antes do meu pai falecer. Ele já estava no hospital, completamente dopado.
Dez dias antes fiz este desenho, foi mais tranquilo, me detive mais tempo.

é isso, por fernando stickel [ 12:12 ]

modelo

tel.jpg
Nos bons tempos em que eu dava aulas de desenho de observação uma das minhas brincadeiras preferidas era inventar modelos não convencionais.
Este é de Outubro 2005.

é isso, por fernando stickel [ 10:25 ]