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faleceu dom angelico

Faleceu o bispo emérito Dom Angélico Sândalo Bernardino, aos 92 anos. Conheci-o em visita à sua casa na Brasilândia, 15 anos atrás, meu amigo Marcos Kisil havia feito a necessária apresentação.

Fui em busca de explicação para uma crise ocorrida entre a Fundação Stickel e a Paróquia São José Operário, nossa parceira na época, na qual Dom Angelico atuou como intermediário.

A explicação nem ele foi capaz de me dar, mas acabei por entender o que aconteceu e saí de lá apaziguado, com a certeza de ter conquistado um amigo.

Nos falamos ainda algumas vezes ao longo dos anos, até hoje ecoam nos meus ouvidos suas palavras em tom grave e pausado, ditas após minha descrição do problema pelo telefone:

– Meu irmão, vou lhe ajudar!

Raras vezes tive a oportunidade de encontrar alguém tão solidamente disposto a ajudar em uma causa difícil, complexa, onde ao final ele mesmo jogou a toalha, mas de tal forma que tudo se encaixou. Não sou uma pessoa religiosa, mas com certeza me senti muito à vontade conversando com Dom Angelico, ele tinha esta capacidade de espalhar harmonia, entendimento, acolhimento, paz. Vai fazer falta.

Leia AQUI sobre a crise com a Paróquia São José Operário.

é isso, por fernando stickel [ 8:29 ]

faleceu mario vargas llosa

Faleceu o grande escritor Mario Vargas LLosa (1936-2025) Eu li recentemente seu livro “Tia Julia e o escrevinhador” e simplesmente adorei, foi meu primeiro contato com ele. R.I.P

é isso, por fernando stickel [ 8:19 ]

tabela da saúde

é isso, por fernando stickel [ 22:33 ]

marcio périgo

Fundação Stickel convida para a mostra “Somos Memórias”, exposição de gravuras de Márcio Périgo com texto crítico de Agnaldo Farias, no Espaço Fundação Stickel.

Abertura no próximo sábado, 12 de abril, das 11h às 16h. Venha conferir 66 gravuras em metal!

Rua Nova Cidade 195 – Vila Olímpia – São Paulo

“Nesta série de gravuras, cores vibrantes e carregadas de simbolismo revelam a terra e o carvão, evocando memórias ancestrais de povos originários e seus utensílios, histórias profundas e enraizadas. O que vemos na obra de Périgo vai além de imagens – são narrativas que ecoam em nós, pulsantes e viscerais, como a terra que sustenta a nossa memória coletiva.” – Fernando Stickel.

Márcio Périgo é gravador e desenhista. Iniciou seu trabalho em gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado, em 1972, como matéria curricular do curso de graduação em Comunicação Visual. Em 1977 obteve o título de Bacharel em Comunicação Visual, quando apresentou um painel voltado a um estudo gráfico da obra Grande Sertão-Veredas, de João Guimarães Rosa. Obteve o título de mestre na área de Poéticas Visuais, com a dissertação A Matéria da Sombra em 2001. Em 2009 obteve o título de doutor apresentando a tese Caos Aparente – Sinais gráficos.

é isso, por fernando stickel [ 17:07 ]

vacas podres

Meu amigo Vignoli desenterrou este meu comentário na seção dos leitores na revista ISTO É de 1977, dirigido ao jornalista Mino Carta.

O que acontecia no país, para que eu me referisse a um tempo de vacas podres?

Há 48 anos atrás, a ditadura impunha o Pacote de Abril e adiava abertura política. No dia 1º de abril de 1977, o Brasil acordou sem Congresso Nacional, o Presidente da República, general Ernesto Geisel, tirou da gaveta o Ato Institucional 5 (AI-5), que não era usado desde 1969, para colocar o Parlamento em recesso.

é isso, por fernando stickel [ 8:23 ]

colagem sem cola…

colagem
Colagem sem cola… último trabalho feito no meu estúdio…artes plásticas + fotografia.


Com algum Photoshop depois… e impresso!

é isso, por fernando stickel [ 23:34 ]

arte

Tenho feito poucos trabalhos acabados, este é uma ecoline sobre cópia fotográfica do ano passado.

é isso, por fernando stickel [ 16:45 ]

sonhei com um passeio maluco

Sonhei que Sandra e eu visitávamos um enorme centro de projetos ou de arte do Banco Itaú. Era um enorme galpão com milhares de profissionais sentados um do lado do outro com pequenas pranchetas sobre seus joelhos, desenhando não sei exatamente o que. Monitores uniformizados com guarda-pós brancos nos conduziam para lá e para cá, e utilizamos também pequenos carrinhos elétricos para nos movimentar naquele enorme espaço bem iluminado.

Em determinado momento um dos carrinhos onde Sandra e eu nos ajeitávamos na caçamba, saiu para a rua e aí estávamos na periferia de Brasília que mais parecia uma pequena cidade do nordeste. O carrinho andava lentamente pelas ruas de areia e percebemos que estávamos no meio de uma enorme peça de teatro, pessoas fantasiadas de formiga em frente a uma igreja e vários pequenos grupos de dança.

Mais uma vez o ChatGPT me ajudou nas imagens…

é isso, por fernando stickel [ 8:52 ]

sonhei com rural willys

Sonhei que guiava uma Rural Willys “saia e blusa” vermelha e branco novinha em folha, em uma saída de escola ou aglomeração semelhante.
Ofereci uma carona aos meus pais, e minha mãe foi incapaz de entender ou aceitar a oferta.
Conversei com ela e expliquei que o problema não era imenso, era apenas aceitar ou não a carona.

(Este sonho foi em New York, em 22 novembro 1985, poucos dias antes da minha volta definitiva ao Brasil)

é isso, por fernando stickel [ 9:08 ]

do fundo do baú

Nsta foto, tomada pelo meu falecido amigo e colega arquiteto Leslie Joseph Murray Gattegno, na 10ª Bienal de São Paulo, em 1969, estou observando as pinturas do artista canadense Greg Curnoe (1936-1992)


Página do catálogo da Bienal.


Trabalho de Greg Curnoe.

é isso, por fernando stickel [ 17:40 ]

cassio michalany

Fosse vivo meu amigo Cassio Michalany completaria hoje, 16 março 2025, 75 anos de idade, infelizmente ele nos deixou precocemente no ano passado.

Um acidente doméstico o enviou para a UTI no Hospital Oswaldo Cruz, na mesma época em que eu me recuperava em uma cama de hospital no Einstein de cirurgia de descompressão lombar.

Entre o Einstein e o Oswaldo Cruz trocamos alguns telefonemas, eu tive a sorte de sair, já ele teve sua linda carreira tragicamente encerrada ali mesmo no hospital. Consegui ir ao velório me despedir do grande amigo, apoiado em uma bengala, capengando…

Saudades do Cássio, muitas saudades.

é isso, por fernando stickel [ 8:51 ]

mishiguene

As poucas experiências de menu degustação que tive na vida foram uma faca de dois legumes, excelente ou péssima.

Sandra e eu estivemos em Buenos Aires em janeiro e resolvemos mergulhar na versão de 6 pratos do Mishiguene, e nos maravilhamos com a excelente comida judia.

Serviço maravilhoso, timing perfeito e ambiente lindo, uma experiência gastronômica que realmente valeu a pena! 

¿Qué significa Mishiguene”?

Mishiguene significa, “loco”, dicho de un modo cariñoso por una madre o una abuela a su hijo-nieto, para describir un comportamiento pícaro u ocurrente.

La palabra Mishiguene proviene del idish, dialecto creado en la época del imperio otomano, cuando esclavos judíos fueron llevados desde la antigua Israel a la antigua Alemania.

Así? fue que, mezclando ambos idiomas, crearon este dialecto que se expandió por toda Europa y fue utilizado por el pueblo judío.

é isso, por fernando stickel [ 10:50 ]

merecido oscar


Foto Antonio Frajado

No meio do caos que nós brasileiros vivemos, sem perspectivas de melhora, a excelente notícia do Oscar de melhor filme internacional para “Ainda estou aqui” é um alívio e esperança de que ainda podemos sonhar em ser um país civilizado.

O filme conta uma história de civilização versus barbárie, de maneira clara e direta, usando recursos simples e atores magistrais, Fernanda Torres como Eunice Paiva e Selton Mello como Rubens Paiva estão impecáveis sob a direção de Walter Salles. Adorei o filme e torci até o último minuto por esse merecido prêmio! Parabéns a toda equipe!

é isso, por fernando stickel [ 9:01 ]

guarujá paraíso

Meus avós Erna Hedwig Stickel (1889-1973) e Arthur Stickel (1890-1967), em frente à sua casa na Praia do Guarujá, final dos anos 40. Eles tinham cerca de 60 anos de idade nesta foto.
Ao fundo, a ponta dos Astúrias, este foi o cenário da minha infância e adolescência, nos anos 50 e 60, simplesmente um paraíso!

No início dos anos 50 meus pais construíram a nossa, casa (à direita na foto), vizinha da casa dos meus avós. Ao fundo, em cima do morro, o famoso “Castelinho”.

Dentro da bóia meu primo Renato Cunha Bueno Marques.

é isso, por fernando stickel [ 18:05 ]

martha 98

Minha mãe Martha completa 98 anos de idade!!!


A turma toda no almoço de comemoração!

é isso, por fernando stickel [ 17:15 ]

assassinato impune

O grande culpado pelo revoltante assassinato do ciclista Vitor Medrado de 46 anos, executado hoje em Frente ao Parque do Povo no Itaim Bibi em SP é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi ele, juntamente com Zé Dirceu e comparsas do PT que instalaram a partir de 2003, de maneira planejada sistemática e permanente o desmonte das estruturas de Estado, visando a instalação da cultura da impunidade, e o rebaixamento dos padrões éticos e morais do país.

Desta maneira agências reguladoras, fundos de pensão, estatais foram sistematicamente aparelhadas com os companheiros, na sequência o judiciário, legislativo, polícia, ninguém escapou. Com o passar do tempo outros partidos perceberam as enormes vantagens de dominar a estrutura punitiva do Estado, e, todos mancomunados, assaltam diligentemente o Estado brasileiro, permitindo ainda que ninguém, rigorosamente ninguém bem conectado na política e bem fornido no bolso irá em cana no Brasil.

O desmonte da Operação Lava Jato, e a ampla geral e completa anistia a todos os bandidos foi realizada à luz do dia, invocando a República e a Democracia, ora vejam só… Chegamos a ter que engolir Sergio Cabral, condenado a mais de 400 anos de prisão por corrupção, deitando falação de dentro da piscina.

Fruto destes absurdos, bandidos começaram a ser considerados “vítimas da sociedade” e assassinos, traficantes, ladrões operam livremente, proporcionando jornadas de terror aos cidadãos de bem.

Os motoqueiros assassinos do Vitor, se forem pegos, em poucos dias estarão novamente nas ruas, de volta ao ofício de matar inocentes. Enquanto isso “painho” Lula só pensa naquilo, na eterna reeleição, na eterna impunidade.

Estas minhas impressões coletei lendo os jornais e acompanhando com interesse nossa aventura brasileira, li muito, fui assinante de inúmeras revistas e jornais, inclusive do PASQUIM nos anos 70. O que sei com certeza é que o país não decola, a insegurança jurídica, o crime e a corrupção impunes formam um caldo de cultura que impede o crescimento. É uma tragédia sem solução à vista.

é isso, por fernando stickel [ 7:03 ]

sonhei com 300 SL


Imagem criada com auxílio do CHATGPT

Sonhei que uma Mercedes-Benz 300 SL “Asa de Gaivota” azul metálica, linda e impecável avançava lentamente por uma estrada de terra.

Eu observava a cena da beira da estrada, em um bar ou supermercado.

A Mercedes passou na minha frente e começou a subir uma ladeira íngreme cheia de pedras, subitamente escutei uma freada brusca, e vi, no alto da ladeira, parado no meio da estrada, um homem ameaçando a Mercedes com uma grande pedra que segurava ameaçadoramente acima da cabeça.

Logo a pedra foi arremessada, atingindo o carro na capota e no pára-brisa, quebrando o vidro.

Seguiu-se uma cena dantesca de luta, da qual me afastei para não participar nem testemunhar a violência, que me fez muito mal. O agressor enfiou uma barra de ferro no olho e no nariz do motorista da Mercedes, em um final horrível e sanguinolento. Acordei.

é isso, por fernando stickel [ 14:04 ]

escalada pedra do baú

Meu pai Erico me levou para escalar a Pedra do Baú em 24 janeiro 1956, aos 7 anos de idade, lembro-me perfeitamente da casinha que existia lá em cima, a 1950m. de altitude. Todos que chegavam lá tocavam o sino!

A pedra foi escalada pela primeira vez em 12 de agosto de 1940, por Antonio Cortez, um cidadão simples e humilde nascido em São Bento do Sapucaí, e seu irmão. Financiado pelo meu tio Luis Dumont Villares, Cortez construiu os degraus para a escalada, colocando grampos metálicos, construindo também o refúgio no topo da pedra.

A casinha era completa, inspirada em refúgios alpinos. Na frente havia uma pequena sala com lareira, estante com utensílios de cozinha e uma mesa de madeira onde ficava um livro onde os visitantes deixavam suas impressões e atrás, separado por uma parede, um dormitório com 6 triliches de lona, onde 18 pessoas podiam dormir. O telhado era inteiro de cobre, se configurando em um enorme para-raio, e havia inclusive captação de água da chuva. A inauguração oficial do “Refugio Antonio Cortez”se deu em 12 janeiro 1947.

Após a escalada dormimos no refúgio, acendemos uma fogueira do lado de fora para sinalizar nossa chegada para a família que estava em Campos do Jordão. A noite foi fria e emocionante, sair para mijar no vento gelado exigia altas doses de técnica, que eu evidentemente naquela idade não tinha…

Na manhã seguinte descemos pela Face Norte e seguimos vale abaixo até o Acampamento Paiol Grande, idealizado em 1946 por Luis Dumont Villares, meu pai Erico Stickel, Job Lane, Alfredo Velloso e Otavio Lotufo.

Ganhei um certificado de escalada, que foi assinado pelos meus primos Maria e Paulo Villares (com a observação “que escalou o Matterhorn”), e pelo meu pai, Erico Stickel. Eu tinha 7 anos e três meses de idade!

As fotos históricas emprestei do BLOG</strong> da família Cortez.

é isso, por fernando stickel [ 9:06 ]