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...desde janeiro de 2003

faleceu mário sacconi


Mário Sacconi e a Mercedes-Benz 280 SL, companheira de inúmeros rallyes de carros clássicos.

MEU AMIGO MÁRIO

Mário Vicente Sacconi era um esportista. Não por acaso foi na Sociedade Hípica Paulista que eu conheci o Mário, quando a Sandra minha mulher e eu nos associamos em 2007. A Sandra já conhecia a Vera Domschke, mulher do Mário desde os tempos de cursinho…
Certo dia eu estava na piscina e o Mário se aproximou de uma maneira ao mesmo tempo direta e suave, atitude que de cara me impressionou, e perguntou meu nome, o que eu fazia, e assim iniciamos uma gostosa conversa, que se tornaria uma sólida amizade.


Sandra, Vera e Mário na Lapa, PR.

Naquela época eu me dedicava bastante à natação, ele corria e nadava e nós, junto com a Sandra participávamos das competições “Biathlon” do clube, onde um corre e o outro nada.
No Biathlon de novembro 2012, a dupla Sandra e Mário participaram de um sorteio e ganharam o prêmio de uma estadia no Lapinha SPA no Paraná, com direito a acompanhante. No inverno de 2013 os dois casais embarcaram para uma deliciosa semana de caminhadas e muita saúde na Lapinha!

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Chegando ao Clube Internacional de Regatas em Santos.

Vocês sabem o que é exaustão física extrema?
Eu sei, depois de dois dias de regata não muito bem sucedida… O primeiro dia, em setembro 2011 no Clube Internacional de Regatas em Santos foi só de treinos, Mário, timoneiro e eu, proeiro, entramos na água no snipe “Pantera por volta das 15:30 e navegamos até as 16:00 quando um defeito em uma roldana travou todo o sistema de controle da vela mestra do snipe, uma coisa provoca outra e acabamos virando, bem no meio da rota dos navios que entram e saem do porto de Santos. Rompeu-se a trava que segura a bolina, e ficamos sem a dita cuja, que mergulhou rumo ao fundo do mar… Mesmo se conseguíssemos desvirar o barco, seria impossível navegar sem a bolina.
Por sorte haviam outros competidores por perto que vieram nos ajudar, a coisa funciona assim: Mario e eu pedurados em uma escota, fazemos peso para desvirar o barco, quando a vela chega à superfície da água, alguém dos outros barcos pega a ponta do mastro que aflorou e dá um empurrão para cima, para completar a operação. Essa operação se repete uma, duas, três, cinco vezes, você escorrega, bate no barco, vai ficando fraco e com frio, cada tentativa é mais difícil que a anterior… Finalmente com o barco desvirado, um dos voluntários que nos ajudava saiu do barco dele e entrou no nosso tão rápidamente que parecia ter “andado sobre as águas”, e nos ajudou a baixar as velas e preparar um cabo para reboque. Chegamos no Clube Internacional de Regatas simplesmente exaustos… aí pega o carro e, chegando em São Paulo fomos ao Yacht Club Santo Amaro para emprestar uma bolina, a coisa foi longe…
Acordar no dia seguinte cheios de dores, tentando chegar cedo ao clube para consertar os estragos. Saímos em cima da hora, chegamos na raia exatamente na hora… UFA!!!!! Eis que, a dois minutos da largada se rompe um cabo… Novamente um perereco e a correria da improvização, conseguimos largar com cerca de 4 minutos de atraso, no primeiro contravento, tudo bem, conseguimos deixar três competidores para trás, na segunda bóia, tudo OK, aí o cabo esgarçou, pifou. Não deu mais, tivemos de desistir. Chegando de volta em São Paulo passamos na Regatta, compramos os equipamentos necessários, e amanhã cedo de volta à luta!!!!!!!

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O arquiteto João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) projetou alguns prédios significativos na minha vida:
– FAUUSP na Cidade Universitária. No dia do vestibular de arquitetura em 1969, inauguração da nova faculdade, o próprio Artigas circulava entre as mesas, zeloso de sua obra e reprimia quem ousava usar um estilete sobre a fórmica virgem das mesas.
– Sobrados na R. Sampaio Vidal. Já formado arquiteto, comprei e reformei uma casa, projeto de sua autoria.
– Casa Domschke. Em setembro 2022 conheci outra obra do Artigas, desta vez em triste circunstância, pois nesta enorme casa realizou-se o velório de sua proprietária, Lydia Domschke, mãe da Vera, sogra do Mario e neste mesmo dia ficamos sabendo do diagnóstico do Mario, um tumor do tamanho de uma laranja no pulmão e várias metástases.

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Mário e eu em Santos, prontos para competir!

Às sete da manhã em ponto, conforme combinado, Mario passou na minha casa e pegou a mim e ao meu filho Arthur, direção Ponta da Praia em Santos. Íamos participar do Circuito Netuno de Travessia em Águas Abertas – 2ª Etapa, abril 2010. Trânsito complicado em Santos, por um evento de pedestrianismo, ruas e avenida da praia fechados, chegamos ao stand da YPS, promoter do evento, às 8:15h, dentro do prazo.
Retiramos as toucas obrigatórias, verde para mim, vermelha para o Mario e tivemos nossos números de inscrição pintados no corpo. Às 9:00h houve “simpósio técnico”, com rápidas explicações para as provas, 9:20h, largada da minha prova. Cerca de 50m separavam a linha de início da prova do começo da arrebentação, distância que cobri em um trote leve, o que acabou por prejudicar meu fôlego no início das braçadas, planejada para ser em 4×1, mas acabei por começar direto no 2×1. Na primeira bóia, a 150m já havia controlado a respiração. Na virada da segunda bóia, a 600m, a coisa ficou feia, pois a correnteza me arrastava para longe do portal de chegada, e foi necessário aplicar mais de 100% da minha capacidade cardiopulmonar, com o esforço cheguei exausto, completando os 750m em 15’23”, em segundo lugar na minha categoria “P” 60+ nascidos entre 1947 e 1951.
O Mario largou às 9:35h e completou os 1500m em 34’14”, terceiro lugar na categoria “O” 55+ nascidos entre 1952 e 1956. No seu pódio haviam quatro Marios!!!!

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Poucas semanas atrás resolvi levar o Mario a passear de carro. Ele e a mulher Vera estavam morando temporariamente na casa da Luciana, irmã da Vera, pois a casa deles estava em reforma. Mario já estava sem trabalhar há algum tempo, fora de sua própria casa, imerso 100% na família, médicos, tratamentos, hospital etc… Achei que um passeio, retirando-o desta confusão faria bem a ele, consultei a Vera e ela me disse que o Mario gostou da ideia do passeio.
Cheguei na casa da Luciana em um sábado de manhã, 30 setembro 2023, estacionei a minha “baleia” Mercedes-Benz 560 SEL, toquei a campainha e a Luciana abriu a porta avisando:
– O Mario está saindo.
Ele apareceu na porta, caminhando muito devagar, muito fraco, e sem falar nada me deu um abraço emocionado.
Fomos até o carro, abri a porta do passageiro e ajudei-o a entrar no carro, dei a volta, sentei no banco do motorista e perguntei:
– Mario, você quer ir a algum lugar em especial, no YCSA?
– Quero ir na farmácia… e me deu instruções sucintas, usando mais gestos que palavras para chegar à farmácia mais próxima, quis descer do carro, ajudei-o, entramos na farmácia e ele comprou duas coisinhas.
Voltamos ao carro, e ele só com um gesto disse: Vamos!
Daí para frente, durante cerca de hora e meia dirigi em silêncio, apenas uma música suave no rádio, ele não abriu mais a boca, cheguei a pegar a Rodovia Castelo Branco, pensando em parar no bacalhau do km 54, mas o trânsito estava infernal e fugi por um desvio.
Voltamos à casa da Luciana e lá deixei o Mario. À tarde liguei e perguntei se ele havia comentado algo, e a Luciana disse que ele havia gostado do passeio.
No dia seguinte soubemos que ao se preparar para deitar, cerca de 23h, Mario disse para a Vera:
– Não vai dar, estou com muita dor.
E foram para o hospital.
Esse era o Mario, durão, aguentava dor sem reclamar, só abria o bico em último caso.
Esta foi a última vez que estive com o Mário, que o vi vivo, ele faleceu na sexta-feira 10 novembro 2023.

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Preparados para a largada do Rallye 1.000 Milhas Históricas Brasileiras.

Mario navegador e eu piloto articipamos nos dias 2,3,4 e 5 de junho 2011 do Rallye 1.000 Milhas Históricas Brasileiras destinado a carros clássicos, realizado pela primeira vez no Brasil pelo MG Club do Brasil, com regras da FIA e supervisão da “Fédération Internationale des Véhicules Anciens” – FIVA.
Percorremos cerca de 1.700 km entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, as cidades de pernoite foram Angra dos Reis, Tiradentes e Campos do Jordão. A máquina que nos levou nesta competição incrível foi o Porsche 911 Carrera 1975, motor 2,7 litros, 210hp, que passou com louvor em seu primeiro grande teste após período de três anos de restauro de motor, câmbio, suspensão, freios, etc…
Logo de manhã, na largada da segunda perna saindo do Portobello Resort, fui perguntando ao Mario qual o próximo objetivo, uma lombada, um ponto de ônibus, uma padaria, etc… ele dizia lombada e ela não estava lá, ele dizia padaria, mas ela já havia passado, e assim fomos indo e eu comentava com ele que alguma coisa estava errada…
Até que ele falou: Túnel! Não havia túnel… Aí eu tive certeza que havíamos errado o roteiro, e iniciei a toda velocidade (e muita emoção) a recuperação do erro, que nos custou apenas 60 km…
À noite, a organização do rallye projetou em uma tela o percurso de todos os carros registrado por GPS, vários pontos seguiam juntos após a largada e logo um ponto desgarrou-se do bloco principal (éramos nós…), o ponto distanciou-se bastante do grupo, e depois voltou rapidamente a se juntar, demos muitas risadas e fomos dormir felizes com a aventura.
Completamos a prova em 22º lugar na geral (51 inscritos) e 14º lugar na categoria (24 inscritos).
O carro se comportou perfeitamente e descobrimos que existem inúmeras belezas naturais que não conhecemos, simplesmente por falta de andar por este mundão afora.
Além dos prazeres da competição, e dos deliciosos “rachas” em trechos de deslocamento, conhecemos várias pessoas interessantes, escutamos muitos “causos”, e conversei muito com o Mario, ele mesmo um fantástico contador de causos. Mario, e eu fomos nos ajustando durante o percurso, ao ponto de zerarmos todos os PC no último trecho.

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Mario era um excelente contador de causos. Contava histórias da sua infância e adolescência na casa dos pais na Vila Nova Conceição, as brincadeiras e aventuras com os amigos da rua, passando por sua vida profissional, a MGS Eletronica, pelas aventuras na vela, viagens, etc… etc… Um dos causos ficou bem gravado na minha memória, pois passou-se na Praia do Tombo no Guarujá, local que eu conhecia bem, pois tínhamos casa ali perto, e sobre o qual meu pai sempre me alertou:
– Não entre no mar na Praia do Tombo, é muito perigoso, as ondas são muito fortes e tem correnteza!
Pois foi justamente nesta praia que o Mario foi surfar, foi embrulhado por uma onda e sofreu um corte profundo no ombro, ferido, teve que aguentar um bom tempo para conseguir sair do mar sangrando e procurar ajuda…

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Passeio a Campos do Jordão, Francisco, Mario e eu nas BMW.

Certo dia, início de 2010, Mario me falou assim: Quer ser meu proeiro?
Eu respondi: Se você é louco de me convidar, eu sou louco de aceitar!
Eu explico. Mario foi desde sempre um velejador, inicialmente na classe Finn, uma das mais difíceis, e depois na classe Snipe, na qual eu fui proeiro na minha adolescência no YCSA. Como já havíamos conversado sobre esse assunto ele sabia que eu tinha intimidade com a vela.
Ele me explicou que o Snipe World Master Championship 2010, organizado pela Snipe Class International Racing Association – SCIRA, Campeonato Masters Mundial de Snipe, aconteceria em setembro no Rio de Janeiro, e que teríamos cerca de cinco meses para os necessários treinamentos.
Eu topei na hora, e começamos a participar de regatas, na represa de Guarapiranga, sede do Yacht Club Santo Amaro – YCSA. Comprei roupas técnicas, velejamos em temperaturas congelantes, viramos o barco em vento forte, fizemos muitos ajustes e reformas no barco, enfim, muita experiência acumulada em pouco tempo. Naquela época tanto ele quanto eu tinhamos potentes motos BMW, e ir e voltar ao YCSA era fácil e rápido.
Em julho veio o Campeonato Leste Brasileiro em Cabo Frio, minha primeira regata fora de São Paulo. Viajamos na quinta-feira ao meio-dia, rebocando o snipe na perua Peugeot do Mario. Em condições normais, sem congestionamentos são cerca de sete horas na estrada. Foram duas regatas na sexta-feira e duas no sábado, as duas do domingo não fizemos para poder preparar o barco para a viagem de volta e chegar cedo.
Ao final da regata na sexta-feira o Iate do Clube do Rio de Janeiro – Sede Cabo Frio ofereceu um churrasco, devorado por nós, e logo na sequência fomos à pousada Porto Fino, exaustos. Enquanto eu tomava banho, Mario já havia se preparado, mergulhou na cama e dormiu imediatamente, quando eu ia entrar na cama fui assaltado pelo ronco do Mario… Ele dormia profundamente e roncava na potência máxima! Pensei com os meus botões: Assim não vai dar! Fui à recepção e pedi outro quarto, onde pude finalmente desabar na cama! Nossa posição nas quatro regatas foi de 20º lugar, para um total de 26 participantes, resultado excelente, considerando que no grupo havia competidores com inúmeros troféus internacionais, como Bruno Bethlem e Ivan Valente, além de vários outros “feras”. Além disso nossas idades somavam 117 anos e o peso 170kg, muitas das tripulações concorrentes eram bem mais jovens e mais leves. O resultado, além de um brutal aumento na minha experiência e no treino da tripulação, foram dores generalizadas, exaustão total ao final das regatas, noites de doze horas de sono, e os meus dedos parecem salsichas “overstuffed”, duros, doídos, parecia que com qualquer coisa eles iriam estourar!

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Mário preparando o barco.

Finalmente chegou o dia 18 setembro 2010, hora da viagem ao Rio de Janeiro para o tão esperado Campeonato Masters de Snipe, Mario e eu estávamos bastante bem treinados, o barco regulado, tudo em ordem.
Mais uma vez o processo de preparar a carreta e desmontar o barco e colocá-lo na carreta, aproveitei e fui atrás de um pneu novo, preparativos para uma viagem tranquila.
Chegamos ao Rio de Janeiro ao final da tarde e fomos direto ao Iate Clube do Rio de Janeiro em Botafogo para descarregar o snipe. O local é lindo demais, com o Pão de Açúcar logo ali. Na sequência fizemos o check-in no Novotel no Leme, desta vez em quartos separados!
Na manhã seguinte, a cerimônia de abertura do campeonato contou com banda de música da Marinha e discurso de autoridades!

Durante os meses de treinamento Mario me ensinou tudo, comentava sobre os competidores concorrentes e suas estratégias, me apresentou dezenas de amantes da vela, esclareceu as regras de largada e de competição, detalhes técnicos do barco. Tentei ser um bom aluno, fui melhorando no processo de montagem e desmontagem do barco, e na velejada em si, nas responsabilidades do proeiro, e, de fato, pouco a pouco nos tornamos um time. Algumas habilidades acessórias foram desenvolvidas, como guiar pelo Rio rebocando a carreta, procurando um borracheiro…


Mário e eu no Iate Clube do Rio de Janeiro.

As competições na baía da Guanabara, à sombra do Pão de Açúcar, eram lindíssimas, e muito difíceis. Poucos velejadores conhecem o complicado regime de marés e correntezas do local, então apenas os competidores locais e os mais experientes se davam bem.
A convivência no Iate Clube era muito divertida, com muita gente nova, tomar um chopp ao final da tarde naquele ambiente foi uma experiência única! Nas poucas horas livres conseguimos ainda caminhar bastante pelo Leme, visitar o Forte de Copacabana, fizemos uma trilha ao redor do Pão de Açúcar, visitamos o Museu Niemeyer em Niterói e uma exposição de Wesley Duke Lee na Pinakotheke em Botafogo.
A competição foi vencida pela dupla Paulo Santos e Rodrigo Inacio, cariocas e profundos conhecedores da Baía da Guanabara, nós ficamos em 35º lugar, dentro de um universo de 54 competidores, incluindo japoneses, noruegueses, italianos, norte-americanos e canadenses.


Mário e eu na Guarapiranga.

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No Carnaval de 2016, os Hackepeters, grupo de Whatsapp formado por 4 casais de amigos da Sociedade Hipica Paulista, decidiam ir a um baile a fantasia em um restaurante no centro da cidade, na R. Nestor Pestana. Foi hilário! O Mario de Popeye e a Vera de arlequim; Sandra de anos 70 e Fernando; Mané de Chapolim Colorado e Laura e Alexandre de pirata e Celina.

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Almoço no Manacá, com Bassy, Alberto e meu filho Arthur.

Mario e eu estávamos treinando bastante natação, já havíamos feito o teste de natação no mar na prova em Santos, e resolvemos participar de uma prova maior, a Fuga das Ilhas na Barra do Sahy, litoral norte. A organização do evento insistia em dizer que a distância era de 1.500m, quando na realidade é de cerca de 1.900-2.000m.
No domingo 8/12/2013 Mario, Jean, outro amigo da Hípica e eu procuramos o espaço do Edu Modenez, parceiro do nosso professor Ricardo, e lá, guarnecidos de cadeiras, água, isotônico e sombra aguardamos o início da prova nos hidratando, para combater as cãibras. Foram cerca de duas horas de espera até a largada. Na escuna que leva os competidores à ilha fiz bastante alongamento das panturrilhas, e me senti preparado para a prova.
Dada a largada me esquivei de parceiros mais afoitos, ninguém quer tomar uma braçada ou pernada, peguei o meu ritmo e mirei na referência no continente. Mario e Jean sumiram, cada um na sua… Durante o percurso senti uma ou outra “fisgada” na panturrilha, início de cãibra, dei uma soltada na perna e me livrei da maldita, e assim foi até o final. O mar estava bastante mexido, acho que fiquei retido por um bom tempo em alguma correnteza contrária perto da largada, e na chegada, andando com água abaixo da cintura as cãibras quiseram se manifestar novamente, combati-as com calma, andando devagar e levei cinco minutos até passar pelo portal. Completei a prova em 55’06”, 9º colocado na categoria e 2086 na geral. O Mario completou a prova com pelo menos 10 minutos a menos.
Almoçamos como reis no Manacá, em Camburi, e a sensação de vitória e objetivo cumprido: Completar a prova sem cãibras!!!

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No topo do Monte Serrat, eu, Sandra, Vera e Mário.

Em Julho 2012 Mário sugeriu que visitássemos Santos, sugestão aceita imediatamente, e lá fomos nós para o litoral na tarde da sexta-feira 20 julho, Dia Internacional da Amizade.
Primeira parada no Monte Serrat, com linda visão 360 graus de toda a cidade, com acesso pelo bondinho. Em seguida pegamos uma catraia na Bacia do Mercado, em Santos, destino Vicente de Caravalho (antiga Itapema), no Guarujá, uma linda e curta viagem, ida e volta, pelo meio do porto de Santos.
Na sequência uma caminhada pelo Valongo, Bolsa do Café, museu Pelé em construção, até em um casamento tropeçamos!

é isso, por fernando stickel [ 23:55 ]

4 comentários

Gerson J. Guelfi

janeiro 22nd, 2024 at 19:56

Bonita história Fernando, li com muito gosto.
Morei e trabalhei com o meu amigo e irmão da vida Mário no final da década de 70.
Fiquei sabendo de sua morte hoje, levo memórias de muito carinho.

fernando stickel

janeiro 23rd, 2024 at 23:25

Obrigado Gerson, Mario era um amigo muito querido…

Márcio Kawahara

janeiro 25th, 2024 at 18:19

Belas histórias!
Meus sentimentos…

fernando stickel

janeiro 27th, 2024 at 18:26

Obrigado Marcio!

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