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...desde janeiro de 2003

mineirim morreno

Mineirim no leito de morte, decidiu ter uma conversa definitiva  com a sua companheira de toda a vida sobre a fidelidade da mesma:
 – Muié, pode falá sem medo… já vô morrê mess e prifiro sabê tudim direitim… ocê arguma veiz traiu eu?
 – Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha….
 – Pode falá muié….
 – Quero não…
 – Fala muié, disimbucha…
 – Mió dexá pra lá, Zé.
 – Vai, conta….
 -Queto Zé, morre em paz… depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo:
 -Tá bão Zé, vou contá, mais num mi responsabilizo…
 – Pode contá.
 – Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.
 – Intão conta sô! Trêis veiz nessa vida toda até qui num foi muito!
 -A primera foi quando cê foi demitido daqueli imprego qui ce brigou cum chefe.
 – Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis sô..
 – Pois é Zé…eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano pra ele e ele ti contratô di vorta.
 – Ah, muié, cê foi muito boa cumigo…essa traição num dá nem pra leva a mar, foi pela necessidade da nossa famía…tá perdoada. E a segunda?
 – Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda?
 – Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.
 – Pois é Zé…eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano pra ele ti sortá.
 – Ê muié, isso nem conta também não, a carza foi justa…imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima?
 – Lembra quando cê si candidatô pra vereadô?
 – Lembro muié…quase me elegeru.
 – Pois é… eu qui consegui aqueles 1.752 voto… 

é isso, por fernando stickel [ 16:03 ]

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