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Arquivo: novembro de 2025

prêmio aquisição desenho


Com esta colagem sobre papel intitulada VET, de 27 x 187 cm. ganhei em 1985 o Prêmio Aquisição Desenho, no III Salão Paulista de Arte Contemporânea, realizado no Pavilhão da Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera.


Convite do Salão.


Ficha técnica dos três trabalhos enviados.


Os prêmios aquisição.

é isso, por fernando stickel [ 11:39 ]

fernando stickel na geração 80


Nesta esquina de uma das alamedas de acesso ao Parque Lage no Rio de Janeiro iniciava-se a minha Instalação AZ, com a qual participei da exposição “Como Vai Você Geração 80?” no Parque Lage em 1984.


A localização do Parque Lage na Rua Jardim Botânico é única, enfiada na floresta, tem o Cristo Redentor logo ali em cima, é maravilhoso!

Título: AZ
Técnica: Instalação composta de faixa de morim pintada ao longo de alameda de acesso do Parque Lage, no Rio de Janeiro, suporte de um texto poético composto pelo entrelaçamento de duas sequências de palavras de A a Z.
Dimensões: 0.80 x 150m
Data: 1984
Exposição: “Como vai você, Geração 80?”

Recebi em junho 2003 o seguinte e-mail:
Prezado Fernando,
Meu nome é Caroline Buttelli, sou estudante do 9º semestre de Design na Universidade Luterana do Brasil ULBRA, em Canoas, RS.
Estou cursando uma disciplina de História da Arte Brasileira, na qual estou desenvolvendo um trabalho em grupo sobre a Geração 80 de Pintores. Gostaríamos de fazer uma entrevista por e-mail a respeito dessa manifestação artística, para incluirmos em nossa pesquisa. O objetivo dela é saber qual a visão dos próprios pintores acerca da Geração 80.

E esta foi minha resposta:
Caroline,
Participei da exposição coletiva “Como vai você, Geração 80”, no Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ em 1984, quase que por acaso. Soube por amigos que os convites para participar estavam sendo feitos, mexi meus pauzinhos e fui convidado nos últimos instantes pelo curador Marcus Lontra.
Naquela época eu namorava a Helena, uma carioca, e passava bastante tempo no Rio de Janeiro. Fui ao Parque Lage e decidi que o meu trabalho seria feito ao longo de uma das alamedas de acesso do parque, a céu aberto. Apresentei meu projeto, uma instalação chamada “AZ”, que foi aprovado. Consegui o patrocínio de oito pessoas amigas, que financiaram o meu trabalho. Cada um dos patrocinadores recebeu, ao final do evento, uma colagem com fotos do trabalho realizado. Não participei de nenhum “grupo” chamado “Geração 80”, portanto este meu depoimento é individual. Tentando responder objetivamente às tuas perguntas:
1) Qual a relação entre a sua arte produzida nos anos 80 e o momento de abertura política pelo qual o Brasil estava atravessando? Existiu alguma relação?
– Os artistas são as antenas da raça, disse Ezra Pound. Então, para um artista antenado, tudo é política. No meu caso esta atitude não transparesce necessáriamente na minha obra, que não carrega slogans nem bandeiras, o que não quer dizer que eu não tenha carregado bandeiras, como a das “diretas já”, “fora collor” ou “stop the war”.
2) Alguns críticos de arte dizem que os anos 80 geraram as piores obras do século XX. Qual a sua opinião a respeito?
– Bullshit. Alguém se lembra de algum nome destes tais críticos? Alguns dos participantes da Geração 80, no entanto, tem hoje projeção mundial. Como em todas as exposições coletivas com grande número de artistas, olhando-se para os participantes quase 20 anos depois, nota-se uma grande maioria que sumiu, e alguns poucos que ganharam notoriedade. É sempre assim. 100 anos depois serão lembrados apenas aqueles de grande projeção. Já os críticos…
3) Com a liberdade artística pregada pela Geração 80, como você e os demais artistas escolhiam seus temas, já que tudo era permitido?
– Tudo sempre foi permitido. Vide Marcel Duchamp e sua obra “Fountain” de 1917. Liberdade artística sempre existiu, mesmo nos países e regimes mais totalitários a arte teima em florescer.
4) Os anos 80 marcaram a volta da pintura, que estava em baixa nos anos 70. Quais eram os ideais artístico da Geração 80?
– Eu sempre desenhei, pintei, fiz colagens, fotografei, escrevi, etc…, sem conexão direta com os anos 70, 80 ou 90. Meu ritmo de trabalho é muito irregular, e independe dos modismos e suas épocas.
5) Muitos artistas dizem que os anos 80 foram prósperos em termos financeiros, existindo uma grande procura pelas obras de arte. Qual a sua impressão a respeito disto?
– Por ter um ritmo de trabalho muito irregular, minha relação com o mercado nunca foi boa. Nunca fui um artista que “vende bem” (infelizmente…)
6) Como o conceito de Transvanguarda se aplicou à Geração 80 de Pintores?
– Não sei.
7) Quais os artistas internacionais que serviam de inspiração para ti e para a Geração 80, se é que existiram?
– Para mim foram e continuam sendo Matisse, Duchamp, Beuys. Para a Geração 80 não sei.
8) Quais as suas impressões gerais a respeito da exposição “Como vai você, geração 80?”, realizada no Parque Laje em 1984?
– A exposição foi um evento altamente energético, mágico, excitante, apinhado de gente, realmente marcante. Meu trabalho foi vandalizado e três dias após a inauguração já não existia mais.
9) Se pudesse selecionar uma obra sua que fosse a melhor representante dos conceitos da Geração 80, qual seria?
– A obra que lá foi exposta:
Título: AZ
Técnica: Instalação composta de faixa de morim pintada ao longo de alameda de acesso do Parque Lage, suporte de um texto poético composto pelo entrelaçamento de duas sequências de palavras de A a Z.
Dimensões: 0.80 x 150m
Data: 1984
10) Na sua opinião, qual a diferença básica entre a arte produzida hoje e a arte dos anos 80?
– A utilização maciça de novos meios técnicos digitais, fotografia, vídeo, computação, etc…

é isso, por fernando stickel [ 18:37 ]

juréia


Inês Sadalla me convidou em 1988 para participar de uma exposição coletiva em sua galeria, com o tema da Reserva Ecológica da Juréia.
O grupo de artistas selecionados fez uma excursão à Reserva, dormimos lá, acompanhados do biólogo, fotógrafo e ambientalista João Paulo Capobianco, na época Presidente da Associação em Defesa da Juréia, foi uma experiência maravilhosa!

Situada no litoral sul de São Paulo, entre Peruíbe e Iguape, a reserva tem 82.000 hectares


AQUI ESTÁ
AQUI FICARÁ
Trabalho fotográfico que fiz na Reserva Ecológica da Juréia em 1987.

Meus colegas de exposição: Aldemir Martins, Alex Cerveny, Alex Flemming, Alice Brill, Amélia Toledo, Angela Leite, Beatriz Leite, Brenda Novak, Darci Lopes, Edith Derdik, E. Granero, Fernando Stickel, Francisco Faria, Genilson Soares, Gilberto Salvador, Gilda Mattar, Glauco Pinto de Moraes, Gregório Gruber, Guta Oliveira Santos, Guto Lacaz, Heinz Budweg, Jeanete Musatti, Maria Victória Granero, Mário Ishikawa, Norma Grinberg, Odair Magalhães, Ricardo Levy, Rubens Matuck, Sylvía Motta, Thais Gasparinetti, Tomoshige Kusuno, Ubirajara Ribeiro, Zé Pedro

A exposição se realizou em junho 1988 na R. Estados Unidos 367.

é isso, por fernando stickel [ 15:54 ]

obras destruídas

O doloroso capítulo dos trabalhos descartados, destruídos.
Ideias boas que ficaram pelo caminho, circunstancias de espaço, armazenamento, caos organizacional, falta de condições de exposição, falta de clareza mental, tudo isso contribui para a destruição de obras.
Por sorte fotografei vários destes trabalhos destruídos, assim agora, muitos anos depois, podemos falar deles…


Visitei a retrospectiva de Joseph Beuys no Centre Pompidou em Paris em 1994 e fiquei louco. Fui duas vezes ao museu, absorvi, respirei o cheiro do feltro e do óleo de oliva, mergulhei nas vitrines, fiquei louco, passei horas fascinado lá dentro, o impacto foi muito grande.


De volta ao meu estúdio entendi que um monte de objetos que eu colecionava estavam ali esperando para serem utilizados em uma nova série de trabalhos.
Encomendei uma dúzia de caixas de folha de flandres, receptáculo destes objetos. Por alguma razão o projeto não avançou, sobrou o registro fotográfico. Tudo foi para o lixo.


Sempre gostei muito de colagens no papel, bidimensionais, depois comecei a pesquisar colagens espaciais, juntando objetos diversos. Uma das caixas de flandres ficou vazia na parede, adicionei um espelho guarnecido de suspensórios e um fragmento de tela. A trapizonga ficou ali por um tempo mas não se consolidou como um trabalho terminado, foi tudo para o lixo.


Tentei juntar vários fragmentos de tela com pirâmides pintadas, também sem sucesso, foi tudo para o lixo.


O trabalho “Sim querida, queimei tudo” foi mais elaborado, pelo tamanho, diversidade e quantidade de objetos coletados, rádios, caixas de charuto, calculadora, vários litros de vinagre feito por mim mesmo, um relógio, liquidificador, ventilador, etc… tudo devidamente acomodado em estantes de aço. O elemento aglutinador era uma tela vermelha com o título do trabalho pintado em branco. Gostava muito desta “assemblage”. Não sobreviveu, foi tudo para o lixo.


O caso desta pintura de grandes dimensões foi diferente, pois o trabalho foi concluido e exposto na exposição que fiz na Espaço Virgilio em 2001, como não foi vendido retornou ao estúdio, ocupando espaço imenso. Tanto atravancou que foi para o lixo.


Esta pintura acrílica sobre madeira de 2m. também foi finalizada e participou da exposição no Espaço Virgílio em 2001. Após a exposição voltou para o meu estúdio, eu não estava satisfeito com ela, seu conceito me parecia confuso não era um trabalho pacífico, tranquilo. Me incomodava, foi para o lixo.

é isso, por fernando stickel [ 6:59 ]

arte em pinheiros

No início dos anos 1980 recém separado da Iris, fui morar no Ed. Ipauçu, na R. Pinheiros 1076, ao lado do posto de gasolina da Av. Pedroso de Morais.

O apartamento no terceiro andar, de cerca 120 m2, tinha dois quartos com terraço e uma boa sala também com terraço. O prédio era antigo, dos anos 50, amplo e muito gostoso, um quarto para mim e outro para os meus filhos Fernanda, na época com 5 anos e o Antonio com 3. Uma vaga de garagem para o meu VW Passat branco. No prédio não havia porteiro eletrônico, então quando chegava alguém eu jogava lá de cima a chave embrulhada em uma esponja. Morei neste apartamento até o final de 1983.


Eu e meus filhos Fernanda e Antonio no terraço dos quartos.

Adaptei a sala para ser um amplo estúdio, e lá preparei minha primeira exposição individual de desenhos, na extinta Paulo Figueiredo Galeria de Arte, na Rua Dr. Mello Alves 717 casa 1.
Com os trabalhos da exposição quase prontos, e ainda sem moldura, pedi ao meu amigo fotógrafo Arnaldo Pappalardo para fotografá-los.


No dia das fotos, meu amigo Cassio Michalany (1949-2024) veio participar da sessão.

O convite da exposição “Fernando Stickel Desenhos”. A vernissage foi no dia 5 abril 1983 às 21:00h. O trabalho reproduzido no convite Título: Audit; Técnica mista; Dimensões 26 x 182cm.

ARTE
Só para os “happy few”
Dois estilos eficazes, pessoais, exclusivos
MANFREDO DE SOUZA NETO E FERNANDO STICKEL • Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo

Dentre todas as áreas, a de artes plásticas é seguramente a que tem um público mais especializado – e essa tese pode ser provada pela presente exposição. Sem dúvida, a crítica, os colecionadores e os habitués do circuito terão grandes prazeres, e muito o que falar, diante dos trabalhos destes dois jovens artistas. Mas é muito difícil explicá-los para o leigo. Que diabos, afinal, querem dizer os compridos desenhos de Fernando Stickel, quase uma tira de papel com formas geométricas simples, aparentemente sem grandes emoções e nenhum virtuosismo? E qual a “mensagem” das pinturas de Manfredo de Souzaneto, que são na verdade montagens de telas de formatos distintos, cada uma recoberta uniformemente com uma cor, e muitas vezes com a moldura e o próprio chassi tornando-se parte do quadro?
Decididamente este texto não terá a pretensão de responder com clareza a tais perguntas. Mesmo porque a noção de “mensagem”, na obra de arte contemporânea, é bem mais complexa do que a de transmissão de um recado que está “fora” da obra. Isto é: a mensagem de um quadro é o próprio quadro – e acabou-se. Não interessa tanto se ele mostra um determinado assunto (no caso da arte figurativa) ou se ele extravasa determinadas emoções (como em certo tipo de abstração). O que de fato conta é a forma por cujo intermédio esse conteúdo está expresso. Em estética moderna, aliás, pode-se até afirmar que a distinção entre forma e conteúdo é uma falácia. Na verdadeira obra de arte, um é o outro, interagindo. Esse tipo de elucubração teórica é inevitável, para legitimar e qualificar o trabalho de Fernando e de Manfredo. Da mesma geração (34/35 anos), ambos com formação de arquiteto, e evidentemente atualizados em matéria de contemporaneidade, fazem uma arte consciente de sua função no universo. Tanto Manfredo quanto Fernando começam por questionar certos limites até a nível técnico. O primeiro é apresentado aqui como pintor e o segundo como desenhista. Mas na verdade Manfredo faz objetos que invadem ambiciosamente o espaço, exploram o lado reverso da pintura (através dos chassis aparentes), não usam a cor como seu maior recurso expressivo e não chegam a ser escultóricos. E os desenhos de Fernando só são desenhos porque utilizam o lápis – entre outras técnicas. Em apenas um ou outro caso, o elemento especificamente gráfico impera.
É claro que o objetivo dos dois artistas não é apenas essa discussão formal. No caso de Manfredo – que tem maior currículo e está visivelmente mais maduro -, sua atual fase é o legítimo ponto de chegada para outras etapas onde o elemento “extrapictórico” era maior. Mineiro, ele chegou a
desenhar, numa linguagem semi-abstrata, as montanhas de Minas. Viveu depois na França uma fase quase experimentalista e retorna agora a um suporte clássico – a tela -, mantendo-se ainda fiel às origens (suas tintas são todas feitas com terras, por ele mesmo preparadas). Fernando faz aqui sua primeira individual, com honestidade e garra. O que mais impressiona, em ambos, é a sensação imediata de acerto, Isto é: deram um tiro com boa pontaria.
Construíram uma linguagem bem articulada e eficaz.
Cabe a pergunta se vale a pena criar essa linguagem, que seguramente se destina a minorias. Com rara coragem, Manfredo argumenta: “Não creio que a arte possa mudar o mundo. Ela pode, quando muito, colaborar para mudar a cabeça de indivíduos”. Dependendo do ponto de vista, esta posição será tachada de alienada ou realista. Mas mesmo tal distinção é menos importante do que o fato de que a opção de Manfredo e Fernando não exclui (pelo contrário: incorpora) a beleza. Por isso, até quando não “entendida”, sua obra prova-se capaz de despertar sempre a mesma exclamação. “Que bonito!” E este é, seguramente, um critério decisivo de valor. Em vez de discursos, temos a instauração de objetos que enriquecem a sensibilidade do indivíduo. Não será também isso um ato social?
Olivio Tavares de Araújo
ISTOÉ 13/4/1983

é isso, por fernando stickel [ 18:24 ]

jadite galleries

Participei de uma única exposição em New York, com trabalhos produzidos lá, durante a minha estadia em 1984/1985. Não me lembro como fiquei conhecendo o Roland Sainz, proprietário, da Jadite Galleries, inaugurada em 1985, mas ele me convidou a participar da exposição coletiva “SPACE AND COLOR” em fevereiro 1986.

Entre outros trabalhos que estiveram na exposição na Jadite Galleries estava este desenho/colagem, intitulado Helter Skelter de 32 x 76 cm. de 1985. Ele voltou para São Paulo após a exposição e participou da minha individual “NYC 1985” na Galeria Suzanna Sassoun, na sequência foi para Belo Horizonte, onde participou de outra individual na Sala Corpo, galeria do Grupo Corpo, foi então para Porto Alegre em uma exposição na Galeria Arte & Fato, voltou para São Paulo e finalmente foi presenteada aos meus amigos Arnaldo Pappalardo e Miriam Andraus, no casamento deles.
A dedicatória diz assim: Arnaldo, Miriam, no velho e novo mundo, de noite e de dia, no frio e calor, Boa Viagem! (assinatura) 23 abril 88.

Os artistas plásticos bem ou mal organizados utilizam sistemas de registro e controle de seus trabalhos. Eu me incluo na fatia dos bem organizados, e inventei em 1983 um caderno grande e um carimbo, equipamento simples com o qual fui registrando cronologicamente o nascimento dos meus trabalhos. Evidentemente existem hoje sistemas digitais sofisticados para cumprir a mesma tarefa, mas eu continuo satisfeito com o analógico, que me serve bem há 42 anos…

Escrevi a página de registro do Helter Skelter em New York quando lá morei e trabalhei. A anotação mostra o nascimento do trabalho em 1985 e sua história subsequente.

Juntamente com o livro de registro criei também uma etiqueta de identificação adesiva, inspirado na etiquetas de Luis Paulo Baravelli e Wesley Duke Lee. Todos os trabalhos que saíam do meu estúdio deveriam teoricamente estar registrados no livro e portar a etiqueta. Houve falhas…

é isso, por fernando stickel [ 18:34 ]

maçã do elefante


A árvore da Maçã-do-elefante no Parque do Ibirapuera.


A fruta tem cerca de 12 cm. de diâmetro, casca dura.

A maçã-do-elefante (Dillenia indica) é uma planta promissora, com boa base experimental para efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, antidiabéticos, antimicrobianos e cicatrizantes — mas ainda não é “fitoterápico pronto e regulamentado”.
Estudos mostram que diferentes partes da planta (fruto, casca, folha) contêm:
-Flavonoides (ex.: naringenina),
-Triterpenos (especialmente ácido betulínico),
-Fenólicos e taninos,
Que explicam boa parte das atividades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas observadas em laboratório.

Sabedoria popular indica o preparo de um extrato alcoólico ou um gel, aplicando-o na área dolorida. Eu estou usando na minha mão, e parece aliviar os sintomas.


Após cortar, deixar de molho no álcool por uma semana, e finalmente filtrar este é o resultado.

é isso, por fernando stickel [ 10:27 ]

desenho jovem

Participei da exposição coletiva Desenho Jovem em julho 1980 no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MACUSP, comandado naquela época pelo Prof. Dr. Wolfgang Pfeiffer, com três desenhos. Entre outros participaram também desta mostra Jaqueline Aronis, Ciro Cozzolino, José Leonilson, Sergio Niculitcheff, Sergio Romagnolo e Luiz Hermano..


Nankin e aquarela, 22 x 30 cm. 1973


Nankin e aquarela, 22 x 30 cm. 1977


Nankin e aquarela, 22 x 30 cm. 1973

é isso, por fernando stickel [ 8:14 ]

5ª jovem arte contemporânea

Participei da V Exposição Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP) no Ibirapuera entre 25 de agosto e 26 de setembro de 1971.

A Jovem Arte era uma uma exposição coletiva anual, parte de uma série de iniciativas do MAC-USP sob a gestão de Walter Zanini, para fomentar a produção artística jovem no Brasil. A série “Jovem Arte Contemporânea” surgiu após as edições iniciais focadas em desenho e gravura (Jovem Desenho Nacional e Jovem Gravura Nacional) e se tornou mais abrangente a partir de 1967.

A novidade desta edição foi a exposição de poemas, departamento no qual fui aceito juntamente com, entre outros Olney Krüse, enquanto vários amigos como Antonio Henrique Amaral, José Carlos BOI Cezar Ferreira, Augusto Livio Malzoni, Aieto Manetti Neto, Cassio Michalany, Plinio de Toledo Piza Filho, Dudi Maia Rosa, Gilda Vogt, Mario Cravo Neto, Norberto (lelé) Chamma, Vitor Ribeiro, Claudio Tozzi participaram na área das artes plásticas, os premiados foram Aieto Manetti Neto, Victor Ribeiro, Dudi Maia Rosa, e Gilda Vogt. Artigo na página 7 do jornal O Estado de São Paulo do dia25/8/1971 aborda extensamente a exposição.

Os poemas que apresentei foram:

James Coburn no Guarujá

El Camión
perfuro chão
Eurailpass
desde ontem
em Dresden
Desdêmona
desmaiou

Cabo Frio

É tarde e eu já estou exausto de não fazer nada.
Felizes são aqueles que não fazem nada em paz.
E aqueles que não se cansam de não fazer nada.
E aqueles que dormem bem sem estarem cansados de não
fazer nada além de mergulhar nas águas frias do
Cabo Frio de Janeiro apesar do Janeiro encalorado
e as águas são d’Álcalis como se fossem veículo
de peixes e mergulhadores encalorados por não
além de nada trabalhar na madrugada encalorada
pela água dos canos plásticos em exposição ao sol
ardente oriundo do calor da madrugada que o banho
em canos quentes não deu cabo.

Posteriormente estes dois poemas foram incluídos no meu livro de desenhos e poesias “aqui tem coisa”</em> lançado em 1999.

é isso, por fernando stickel [ 17:26 ]