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Arquivo: fevereiro de 2015

troféus

troféus
Troféus

é isso, por fernando stickel [ 8:47 ]

auto retrato + etc…

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Auto-retrato no vidro da colagem com as fotos do catálogo Armani.

é isso, por fernando stickel [ 13:18 ]

erico está leve!

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Meu pai Erico Stickel (1920-2004), confortavelmente instalado em uma nuvem de esquina, deve estar se sentindo leve e vingado…

Sim, porque ontem no Tribunal de Justiça de São Paulo foi proferido, após mais de 20 anos, o voto que praticamente encerra processo injusto que ele e toda a família sofreu.

Depois eu conto mais, por ora basta este desagravo…

é isso, por fernando stickel [ 16:10 ]

o antagonista

antagonista
Virei um fã do blog O Antagonista, escrito por Diogo Mainardi e Mario Sabino.

Todos os dias, todas as horas, eles vão à jugular da podridão que nos rodeia. É um alívio ler, todos os dias, todas as horas, coisas que você ou acha, ou achava ou saberá como verdade.

É alentador ler algo pensado e analisado por brasileiros que amam o Brasil, como eu, e que odeiam com todas as forças os que se esforçam dioturnamente para destruir o Brasil, leia-se, principalmente, PeTralhas e associados.

Confesso que desde as primeiras aparições de Lula et caterva eu achava que aquilo era manipulação das massas ignaras. Mesmo com todas as “conquistas sociais”, o tempo passou, o resultado aí está, até as massas ignaras começam a perceber o quanto foram enganadas. Eu nunca acreditei no engodo PeTista, e os Antagonistas também não. Leiam!!

é isso, por fernando stickel [ 20:19 ]

descaso do poder público

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Descaso do poder público.

Pequeno exemplo na esfera estadual, mas o alerta serve para todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal. A sensação é que o poder público derrete em todos os níveis, São Paulo particularmente está totalmente abandonada.

Descaso, relaxamento, leis arcaicas, vagabundagem, tudo isso, e mais um pouco, leva à cena que vi no Itaim, no último fim-de-semana. Vários carros largados em frente ao 15º DP (Distrito Policial), na esquina das ruas Jesuino Arruda e Dr. Renato Paes de Barros, no coração de um dos bairros mais ricos de São Paulo.

Pelas fotos é fácil perceber que o carro está no mesmo lugar há vários meses, vidros quebrados, cheio de lixo. Por que?

O que justifica largar este e outros veículos em situação similar em frente à este DP, e em frente a quase todos os outros DP da cidade?

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é isso, por fernando stickel [ 15:58 ]

a volta à vela

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Mario Sacconi, timoneiro, e eu, proeiro, estávamos há cerca de três anos sem velejar, por inúmeras razões, inclusive dores e lesões.

Ontem voltamos ao snipe para uma regata na Represa de Guarapiranga. Dia lindo, a represa recuperou parte das perdas com as chuvas recentes, muitos barcos montados, regatas diversas. Meio enferrujados, eu até tinha esquecido a montagem do barco, qual cabo passa aonde, como faz o nó, etc…

Cerca de 13:30 nos dirigimos à Raia 1, para a largada, pouco vento, sol, várias categorias misturadas, Snipe, Lightning, Finn, etc…

Largamos bem, alguns erros devidos à montagem errada do barco foram corrigidos, o vento aumentou e começamos a ver a tempestade se formando no Sul, confesso que fiquei com medo dos raios…

No terceiro contravento a tempestade nos pegou de frente, chuva e vento fortíssimos, de 30 a 40 nós.
As velas batendo fazendo um barulhão, o barco se enchendo de água, ondas quebrando, tudo cinza, visibilidade quase zero fomos avançando rumo ao final da prova, pelo canto do olho vi vários barcos virados. Atravessamos a linha de chegada e baixamos a vela mestra, mantendo a buja para estabilidade. Logo depois o vento amainou, a chuva diminuiu, içamos a mestra e voltamos ao YCSA – Yacht Club Santo Amaro, molhados, moídos e felizes!

é isso, por fernando stickel [ 11:56 ]

profissão difícil

escola brasil pintura
Fazendo pose de bacana.

Em 1970 frequentei a Escola Brasil: onde Baravelli, Fajardo, Nasser e Resende, discípulos de Wesley Duke Lee, propunham ensino não acadêmico da arte.

Os alunos eram encorajados a desenvolverem seus próprios projetos, e eu resolvi pintar uma tela de grandes dimensões. Aí estou na foto com 21 ou 22 anos de idade e a pintura que não saiu deste estágio, e se perdeu no tempo.

Não é mole ser artista, pintor, fotógrafo, etc… Lembro bem da sensação de olhar para a pintura inacabada e pensar: E agora?…

Nestas horas é bom perder a arrogancia, abaixar a crista e entender o quanto de trabalho e estudo envolve a conquista desta profissão.

é isso, por fernando stickel [ 18:06 ]

wesley duke lee

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Cenário da gravação.

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Na foto acima de Eduardo Lunardelli, do dia 31/1/205, estou sentado no sofá que foi de Wesley Duke Lee, ao lado de Carlos Fajardo e sou entrevistado por Olivier Perroy (de pé) sobre as minhas recordações do grande sábio, bruxo e artista Wesley.

A entrevista se deu em um ambiente onde foi recriada a casa/estúdio do Wesley na Av. João Dias em Santo Amaro, SP ocupada até a sua morte em 2010. Lá se encontram seus livros, objetos, móveis, pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, “memorabilia”, instrumentos de trabalho, tintas, pincéis, lápis, maquetes, documentos, etc… etc… etc…

Patricia Lee, sobrinha do artista, sua herdeira e Ricardo Camargo, marchand, tiveram a louvável iniciativa de preservar a história do homem e sua obra, recriando o ambiente onde ele viveu e trabalhou.

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Em 1969 quando fui convidado por Frederico Nasser a conhecer o artista em seu estúdio, o cenário era este.

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Wesley Duke Lee (1931-2010)

Veja aqui mais fotos do evento.

é isso, por fernando stickel [ 17:10 ]

um mês de dieta

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Hoje completo um mês de dieta. Iniciei com 94,4kg, eliminei 3,3kg e cheguei a 91,1kg.
Dieta extremamente simples, cortei 100% do álcool e dos doces e me alimento 5 vezes ao dia, com moderação.
Adicione-se a isso exercícios físicos, é óbvio, se não a coisa não vai…

Saí da dieta apenas dois dias neste período, um casamento e um jantar, que cobraram a conta no dia seguinte, mas cujo efeito foi rápidamente debelado pela volta à dieta radical.

Me sinto bem, as roupas voltaram a entrar, tudo funciona bem, é perfeitamente possível viver assim. Quando dá uma vontade de alguma coisa, é de um drink, uma taça de vinho. No meu caso em relação ao doce (chocolate, sorvete, torta, pavê…) é definitivamente melhor não provar nada, um pouco de doce é o caminho inevitável para muito doce… a única exceção é a bolachinha que vem junto com o café, fico só com ela e pronto!

Minha meta é chegar aos 88kg, algo que vou conseguir com a ajuda da minha mulher Sandra, pois afinal das contas foi ela que me incentivou a iniciar esta necessária descendente…

é isso, por fernando stickel [ 18:25 ]

vera martins conclui pintura

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O resultado ficou melhor que a encomenda!

A artista plástica Vera Martins, parceira da Fundação Stickel, foi convidada pelo arquiteto Marcelo Aflalo e Pierre Ruprecht, diretor do SP Leituras, para “chicotear” as paredes do café da Biblioteca Parque Villa-Lobos, utilisando técnica pictórica desenvolvida por ela.

O trabalho se iniciou em Dezembro de 2014, e ontem visitei a obra pronta, maravilhosa!

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Vera acabou pintando também esta gigantesca tela!!

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é isso, por fernando stickel [ 16:50 ]

balde maior

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Foto André Penner (AP)

Sobre o colapso hídrico, leia o artigo de Eliane Brum:

“Vamos precisar de um balde maior”

Muito interessante também o Boletim da Falta D’água, criado em Outubro 2014 pela psicóloga paulistana Camila Pavanelli de Lorenzi.

é isso, por fernando stickel [ 19:30 ]

colapso hídrico

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Eu trouxe hoje um companheiro para tomar banho comigo.

Chama-se BALDE.

Ele vai fazer uma enorme diferença na quantidade de água potável que eu gasto todos os santos dias.

Ele fica ali no canto do box, quando abro a água quente para tomar banho ele recebe toda aquele fluxo que normalmente vai para o ralo enquanto o chuveiro vai se temperando para a temperatura ideal.

Durante o banho ele fica ali quietinho, do meu lado, e vai recebendo água.

O resultado é que a cada banho de chuveiro obtem-se cerca de um balde cheio, suficiente para pelo menos duas a três descargas da privada. Simples assim.

Ninguém se engane, os tempos de água abundante e barata acabaram para sempre, cabe a cada um fazer a sua parte, e mesmo assim não será fácil conviver com o colapso hídrico. Leia o texto a seguir, mais claro impossível:

Crise Hídrica? Que crise? Não existe nenhuma crise hídrica!
Blog do DENER GIOVANINI – Estadão
31 Janeiro 2015 | 14:40
Ao contrário do que governos, imprensa e até organizações ambientalistas afirmam, não existe nenhuma crise hídrica no Brasil. Classificar o que está acontecendo com os recursos hídricos nos maiores Estados do país como “crise” é reduzir e limitar a real compreensão dos fatos.
Crises são acontecimentos abruptos e momentâneos. Um momento difícil na existência, quando enfrentamos – na maioria das vezes – situações quase sempre alheias a nossa vontade.
Podemos ter uma “crise renal” quando o nosso corpo sofre um ataque bacteriano ou quando as nossas funções nefrológicas falham subitamente. Podemos ter uma “crise no casamento” quando os conjugues descobrem segredos ocultos ou quando se desentendem por alguma razão. Podemos ter uma “crise ministerial” quando algum ministro fala pelos cotovelos ou quando o seu chefe imediato o desautoriza em público. Podemos ter uma “crise financeira” quando perdemos o emprego ou quando enfrentamos uma doença na família. Podemos ter uma “crise política” quando os representantes do povo são pegos com a boca na botija ou quando o governo, não tendo mais como explicar desmandos, resolve censurar os críticos. Crises, como dito, são manifestações que nos pegam de surpresa, no pulo.
Outra característica de uma crise é a sua temporalidade. Crises sempre acabam. Para o mal ou para o bem, em algum momento cessam. Crise que não cessa não é crise. Crise contínua não é crise, é doença crônica. Na relação conjugal, ou acaba a crise ou acaba o casamento.
Nenhuma dessas características acima se aplica ao quadro de escassez de água em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais ou Espírito Santo. A água não acabou do nada, de repente. E muito menos será uma situação passageira. O quadro que se instalou nesses Estados, particularmente em São Paulo, é irreversível. Pelo menos para o paulistano que nasceu na data de hoje. Ele, por mais longeva vida que tenha, não viverá como viveram seus antepassados.
A falta de água não é uma “crise”, porque ela não é fruto de um acontecimento imprevisível. Não se trata de um capricho de São Pedro que, de uma hora para outra, resolveu castigar a Região Sudeste. Há mais de 10 anos os governos tinham informações técnicas confiáveis que as torneiras iriam secar a médio prazo.
A falta de água não é uma “crise” por que ela não será passageira. Os fatores que levaram ao esvaziamento das represas não cessarão subitamente. Recuperar as Matas Ciliares que protegem os rios do assoreamento, reflorestar grandes áreas para manter a perenidade das nascentes, cessar o desmatamento da Mata Atlântica e da Amazônia, substituir uma prática agrícola predatória e, principalmente, adotar um novo modelo de desenvolvimento, não são medidas fáceis de serem adotadas e muito menos elas se encontram presentes na agenda dos atuais governantes. Quem acreditar nisso estará sendo, no mínimo, ingênuo. No caso dos políticos que tentam se justificar – chamando de crise o que permanente será – é pura leviandade mesmo.
Por maiores que sejam os dilúvios que possam cair sobre as regiões que hoje enfrentam a escassez de água, a situação não irá mudar. E não mudará por que não existem sinais de que mudaremos as nossas práticas cotidianas. Os reservatórios até poderão encher, mas as razões que os levaram a secar continuarão e eles novamente voltarão a ser o que são hoje: terra seca. O nosso “balde natural” furou. E o rombo é muito maior do que a boca da torneira que o enche.
O que acontece hoje em São Paulo e que se espelha em outras regiões do país, também não é um fenômeno natural. Aliás, eventos da natureza são absolutamente previsíveis. Até terremotos e tsunamis são cada vez mais antecipados pela ciência. Erupções Vulcânicas são identificadas meses antes de ocorrerem. Não existem “crises sísmicas” ou “crises vulcânicas”. Assim como não existem “crises hídricas”.
Em se tratando de natureza, tudo é extremamente previsível, direto e muito simples: apesar de ser existencialmente complexo em sua essência, o ciclo da vida no planeta reage imperiosamente contra quem tenta interrompê-lo. A natureza nunca privilegiou os fracos ou os “desajustados”. Para continuar existindo, o ciclo da vida se renova constantemente a fim de eliminar as ameaças.
Se não é uma crise, o que são então aquelas imagens de represas e açudes vazios? Simples a resposta: um colapso. Um “Colapso Hídrico”!
Um colapso significa falência, esfacelamento e esgotamento.
O colapso, ao contrário de uma crise, não é passageiro.
O colapso, ao contrário de uma crise, é perfeitamente previsível.
O “Colapso Hídrico” se instalou por que esgotamos o atual modelo de desenvolvimento, que privilegia a distribuição de lucros em detrimento dos investimentos em pesquisa e conservação ambiental.
O “Colapso Hídrico” está acontecendo por que esfacelamos todas as oportunidades de adotarmos políticas públicas que priorizassem a modernização dos nossos recursos tecnológicos, para que diminuísse a pressão sobre os recursos naturais.
O “Colapso Hídrico” continuará por que o nosso sistema político está totalmente falido e não é mais capaz de planejar a médio e longo prazo.
O Brasil está começando a vivenciar o seu primeiro colapso ambiental. Outros virão. E as consequências são imprevisíveis. Um país que reduz 95% da Mata Atlântica, que incentiva a emissão de gases poluentes, através de políticas fiscais que estimulam o uso do transporte individual, que ignora a sistemática redução dos Biomas, que mantém uma produção agrícola ultrapassada, que produz leis como o Código Florestal e, principalmente, que elege políticos que não tem nenhum compromisso, a não ser com a perpetuação do poder para sustentar suas máquinas partidárias, está fadado a colapsar.
A primeira e – a mais importante – medida que devemos adotar agora é assumir a realidade como ela é. Devemos ser francos e admitir que o que estamos vivendo não é uma crise e sim um colapso. O fim de um ciclo econômico que falhou.
Não compreender – e aceitar – a diferença entre uma crise e um colapso é o mesmo que tratar gripe e câncer com chazinho caseiro. A gripe até pode passar, o câncer não. Ele sempre evolui. E para pior.
As Polianas de plantão – principalmente aquelas que têm um grau maior de responsabilidade sobre o que está acontecendo – vão taxar esse texto de extremamente pessimista. Vão continuar espalhando sua visão romântica sobre o mundo, enquanto as gotas nas torneiras continuarão sumindo.
Mas a verdade é que o sonho acabou. Ou mudamos ou sumimos. Simples assim.

é isso, por fernando stickel [ 12:14 ]