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Arquivo: outubro de 2004

aniversário da fernanda


Hoje, 29 Outubro é o aniversário da minha querida primogênita Fernanda, 27 anos! Parabéns pra ela, muitas felicidades!!

é isso, por fernando stickel [ 11:21 ]

livro psicodélicas

No lançamento do livro PSICODÉLICAS, três velhos amigos se reencontram:
Da esq. para a dir., Carlos Perrone, o autor, Anisio Campos e eu.

é isso, por fernando stickel [ 19:38 ]

diga não às drogas

DIGA NÃO ÀS DROGAS!
Depoimento emocionado de Luiz Fernando Veríssimo sobre sua experiência com as drogas.
“Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de “experimenta, depois quando você quiser é só parar…” e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de “raiz”, da terra, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do Chitãozinho e Xororó e em
seguida um do Leandro e Leonardo. Achei legal, uma coisa bem brasileira;
Mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, começou a chamar todo mundo de “amigo” e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi: – Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano.
Era o princípio de tudo!
Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve… Banda Eva, Cheiro de Amor,
Netinho, etc. Com o tempo, meu amigo foi me oferecendo coisas piores: o Tchan, Companhia do Pagode e muito mais.
Após o uso contínuo, eu já não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer os quadris como eu nunca
havia mexido antes.
Então, meu amigo me deu o que eu queria, um CD do Harmonia do Samba. Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, razão do meu existir. Pensava só nessa parte do corpo, respirava por ela, vivia por ela!
Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais… Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência.
Fui ao show e ao encontro dos grupos Karametade e Só Pra Contrariar, e até comprei a Caras que tinha o Rodriguinho na capa. Quando dei por mim, já
estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro. Meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo.
Não deu outra: entrei para um grupo de pagode.
Enquanto vários outros viciados cantavam uma música que não dizia nada, eu e mais outros 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorríamos e fazíamos sinais combinados.
Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a Coletânea “As melhores do Molejo”. Foi terrível!! Eu já não pensava mais!!!
Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas miseráveis e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada.
Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, ao limiar da condição humana, quando comecei a escutar popozudas, bondes, >tigres, MC,
Serginho, Lacraias, motinhas e tapinhas. Comecei a ter delírio e a dizer coisas sem sentido.
Quando saía à noite para as festas, pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas que queriam me mostrar o caminho das pedras… Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: Ki-Kokolexo.
Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: Doses cavalares de MPB, Bossa-Nova, Rock Progressivo e Blues. Mas o médico falou que eu talvez tenha de recorrer ao Jazz, e até mesmo a
Mozart e Bach.
Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se
preocupam com a sua saúde, por isso tapam a visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir, vai acabar drogado, alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável, distante. Vai perder as referências e definhar mentalmente.
Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:
* Não ligue a TV no domingo à tarde;
* Não escute nada que venha de Goiânia;
* Não entre em carros com adesivos “Fui…..”;
* Se te oferecerem um CD, procure saber se o indivíduo foi ao programa da Hebe e ou ao Sabadão do Gugu;
* Mulheres gritando histericamente são outro indício;
* Não compre um CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
* Não vá a shows em que os suspeitos façam passos ensaiados;
* Não compre nenhum CD em que a capa tenha nuvens ao fundo;
* Não compre nenhum CD que tenha vendido mais de um milhão de cópias no Brasil, e
* Não escute nada em que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.
Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela!!!! Eu sei que você consegue!!! Diga não às drogas!!

é isso, por fernando stickel [ 18:58 ]

ledusha e chacal

Minha amiga Ledusha me envia esta delicia:

A objetividade da fotografia é uma falásia.
Erra quem acha que ela retrata o real.
O que há é que quando o fotógrafo diz:
Olha o passarinho !!
Uma ave de asas oblongas sai de dentro da câmera
com uma paleta de cores e um embornal de pinceizinhos.
Sobrevoa a cabeça do fotógrafo… sobrevoa a cabeça do fotógrafo
e de lá, pinta a cena.
Em suma, a fotografia é uma ópera de pássaros.
Chacal / 99

é isso, por fernando stickel [ 13:05 ]

vermelho muito devagar

“Cor-de-rosa é um vermelho muito devagar”

Este comentário de uma criança, e outros, estão no blog da Sheila Leirner

é isso, por fernando stickel [ 12:54 ]

paixão de cristo

Assisti em DVD a Paixão de Cristo do Mel Gibson. O filme poderia ser bom, não fosse o exagero de violência e sadismo. O figurino, cenário, fotografia são bons, a história é boa, as linguagens arcaicas, latim e aramaico achei super interessantes. O ator que faz Jesus é excelente. Tudo vai bem enquanto não se inicia a extrema violência. Que pena.

é isso, por fernando stickel [ 10:35 ]

nem eu mesmo sabia


Meus queridos leitores, nem eu mesmo sabia que este triste episódio do Joaquim Marques iria me envolver de tal maneira. Crescemos juntos, férias em Campos do Jordão, brincadeiras no porão da casa da Joanninha, mãe dele, na Rua Maranhão, Higienópolis, e um pouco mais tarde, curtições fotográficas, incursões ao laboratório fotográfico, sob a mágica luz vermelha.
Ele fotografou o “making-off” do meu casamento com a Maria Alice Kalil em 1971, em seguida fez a foto de apresentação da “und”, meu primeiro estúdio de design.
Depois ficamos redondamente 30 anos afastados, cada um cuidando da sua vida, nos encontrando esporádicamente. O contato se reestabeleceu no Fotolog, onde nos iniciamos no ano passado. Troca de opiniões nas respectivas fotos, longas conversas ao telefone, muitas dicas dele, que mais uma vez mostrou ser um excelente Mestre da arte da fotografia.
A partir do diagnóstico do terrível câncer que acabou por vitimá-lo, fui visitá-lo em seu estúdio algumas vezes, levei meu pai também doente para visitá-lo, conheci um pouco melhor a intimidade daquela “figura”, e no período final de uma semana internado na UTI do Hospital Oswaldo Cruz não arredei o pé.
Em nenhum momento deste incrível sofrimento ele reclamou, mantendo seu bom humor característico até o final.
Exigiu que fosse fotografado na UTI. Enfim, me tocou profundamente.

é isso, por fernando stickel [ 9:48 ]

joaquim faleceu

No domingo, dia em que o Joaquim Marques faleceu, recebi dois estranhos recados telefônicos:
Por volta do meio-dia eu já sabia da morte do meu amigo e estava no banho me preparando para ir ao hospital, quando recebi no celular uma mensagem, constando apenas de longo trecho de uma sinfonia para fagote, muito bonita, não soube identificar o autor.
À noite, por volta das 19h estava comendo uma pizza com meus filhos e na minha secretária eletrônica de casa recebi um novo trecho de música clássica, mais curto. Em ambos os recados, nenhuma palavra. O recado do celular ainda escutei duas ou três vezes tentando entender quem estaria por trás, sobrou apenas uma melancólica curiosidade.

é isso, por fernando stickel [ 1:57 ]

verdadeiro mestre


Pouco a pouco o homem Joaquim Marques vai desaparecendo, e cresce a figura de um verdadeiro Mestre.
Homenagens ao Mestre aqui.

é isso, por fernando stickel [ 10:29 ]

texto do joaquim

Texto do fotógrafo Joaquim Marques, falecido dia 17/10/2004, para Ana Rocha, em 23 julho 2004:

olá!
na verdade trabalhei a vida inteira dentro de um estúdio,
o assunto que gosto e curto é alimentos.
mas também não é o que fazia mais.
eu tinha uma grande capacidade para fotografar e administrar fábricas de fotografia.
trabalhei muito tempo com o carrefour eu cheguei a produzir e gerar uma média de 300 imagens por semana.
isto quer dizer 16hs de trampo de segunda a segunda, dia 24 de dezembro, carnaval, ali não tem dia nem hora.
antes eu fazia avon que não era 300 mas umas 80 eram.
já fiz pão de açucar, eldorado.
este tipo de cliente vc.trabalha por contrato.
estas fotos em geral não tem nada de artísticas, mas não são muitos fotógrafos que sabem fazer fábricas.
a coisa funciona assim de manhã vc.fotografa sapatos femininos com modelos vivos, à tarde frutas, à noite bicicletas de madrugada cosméticos, no dia seguinte queijos de manhã
na hora do almoço o cliente te comunica que os bikines não são para fotografar na piscina mas na praia, e te comunica que a reunião para tratar do tablóide de natal vai ser no mesmo horário em que eu vou estar fotografando uma família feliz fazendo churrasco no jardim.
continuo outra hora,
beijo
joaquim

é isso, por fernando stickel [ 9:42 ]

joaquim faleceu


Tirei esta foto dois meses antes do falecimento, Joaquim tinha sido diagnosticado com cancer de pulmão, mas estava bem. Em dois meses a doença o levou…

Joaquim da Cunha Bueno Marques
13/6/1950 – 17/10/1954
Depois de uma semana na UTI, o Joaquim faleceu ontem vítima de um terrível câncer do pulmão.
As homenagens proliferam no Fotolog, comunidade que ele ajudou a criar com suas fotos maravilhosas.

é isso, por fernando stickel [ 12:31 ]

visita à UTI


Na visita de ontem à noite ao Joaquim na UTI, minha irmã Sylvia trouxe esta foto e mostrou para ele.
Da esq. para a direita, em cima, ajoelhada a Joanninha, a mãe do Joaquim, Martha, minha mãe, grávida do meu irmão Roberto com minha irmã Ana Maria e eu de pé.
Na frente, Joaquim Marques e Sylvia, ambos com a mesma idade, 4 anos. A foto é de Agosto 1954 em Campos do Jordão.

é isso, por fernando stickel [ 11:40 ]

zapatero

Frase do presidente Zapatero ao tomar conhecimento da aprovação de uma ousada lei para a união civil de homossexuais na Espanha:

“Casar? Mas essa gente ainda não sofreu o suficiente?”

é isso, por fernando stickel [ 10:47 ]

joaquim marques

Este é o fotógrafo Joaquim Marques, em visita que fiz ao estúdio dele em 12 Agosto 2004.
Ele é meu primo, amigo, e está com câncer do pulmão, hospedado na UTI do Hospital Oswaldo Cruz. Pensem nele positivamente. Alguns chamam isso de oração, outros de reza, o nome não importa, o importante é fazer, para que ele se recupere logo.

Joaquim Marques
1950 São Paulo

1968 Criado no bairro de Higienópolis, ganhou a primeira câmera fotográfica de sua mãe, uma Pentax 35mm e começou a fotografar inspirado nos fotógrafos Maureen Bisilliat, Sarah Moon e Otto Stupakoff.

1970 / 2004 Escola de fotografia Enfoco com o mestre Cláudio Kubrusly, São Paulo
Zone Sistem Zé de Bone
Escola de Arte Carlos Fajardo

1971 Iniciou sua carreira profissional como free-lancer no grupo O Estado de São Paulo e Grupo Abril.

1973 Inaugurou seu primeiro estúdio no bairro do Bexiga, atendendo várias contas na área da publicidade como: Metal Leve, Massey-Ferguson, Grupo Santista, Pirelli, Nossa Caixa, Sabesp, Ford, Acrilex, Bordon, Brinquedos Estrela entre outras.

1996 Inaugurou seu segundo estúdio, agora no bairro Alto da Lapa, atendendo novas contas entre elas Carrefour, Shell, Linhas Corrente, Sadia, Perdigão, Pênalti, Balanças Toledo, Laboratório Roche, Tintas Coral, Niasi Cosméticos, Davene, Bauducco, Cica, Etti, Novartis.

2004 Há 33 anos atuando como profissional, do branco e preto ao digital, convivendo desde cedo com diretores de arte, artistas plásticos, freqüentando exposições, atelier e casa dos artistas e amigos como: Geraldo de Barros, Carlos Fajardo, Fernando Stickel, Boi e Dudi Maia Rosa.

Matizes do Tempo

Há um ano, o fotógrafo Joaquim Marques desenvolve a pesquisa Matizes do Tempo. O trabalho, que reúne cerca de 1000 imagens, registra o passar do tempo nas folhas de uma bananeira. Joaquim percebe e capta o movimento do estático, ou seja, o que seria para um observador comum mais um pé de banana, para o fotógrafo, é o objeto de estudo sobre a inconstância do tempo do olhar.

No período de 40 minutos, três vezes ao dia, a lente atenta do fotógrafo captou o desenho do vento e da luz no seu objeto estático. Como resultado, podemos perceber a tecnologia do tempo e a sistematização do olhar – experiência trazida da publicidade.

As imagens registradas por uma câmera digital em macro fotografia nos transportam para as probabilidades do acaso sobre seu objeto e existência. Pode-se dizer que estas fotos pretendem sim ser o registro da presença da inércia na medição do tempo, uma desconstrução gravada através de luz e que nos fornece abstração dos espectros físicos: os seus fractais.

O registro do jogo de luz e sombra é preciso. As fotos mostram as transparências e o aspecto metalizado das folhas expostas ao sol. E assim, isoladas de seu contexto, as imagens são paisagens a serem desbravadas, um infinito dinâmico de possibilidades. Na verdade, o artista não está à procura do congelamento da imagem, muito pelo contrário, sua busca é pelo movimento, pelo impulso vital.
Vera Café

A proposta da exposição:

Este trabalho está dividido em duas fases. A primeira, como foi descrita acima, reúne1000 imagens, das quais apenas três fotos foram selecionadas para a exposição. Nesta pré-edição, Joaquim Marques elabora a defasagem visual do tempo. Para captar estes instantes efêmeros, utilizou tecnologia digital, mas sua metodologia e raciocínio foram artesanais.

Tamanho:
66 x 100 cm – Emolduradas em passepartout e assinadas no canto inferior direito pelo artista e P/A no canto inferior esquerdo

Obs.: serão imagens digitais de alta resolução gráfica

(Parte destas imagens já estão sendo apresentadas no www.fotolog.net/joannamaria)

A segunda fase do projeto está em andamento e trará imagens do crescimento vegetal, das plantações, das colheitas, do transporte até o beneficiamento da banana. Neste momento, completa-se o ciclo da natureza viva do seu objeto e a sua generosidade tropical alimentícia.

Além da exposição, tem-se o objetivo de reunir as imagens da primeira e segunda fase desta pesquisa em um livro de arte, para fazer assim, o registro efêmero do lirismo metalingüística implicado no ciclo de vida e morte do objeto e seu campo de observação.
Joaquim Marques

é isso, por fernando stickel [ 19:27 ]

marcellinha

Passei o feriado com o meu filho Arthur e sua prima Marcella, de 10 anos. Para minha enorme surpresa e prazer, percebi que a Marcellinha, muito quieta e discreta, abria uma misteriosa caixinha cheia de pequenas divisões e ficava manipulando umas coisinhas miúdas.
Quando finalmente vi o resultado destas mini-manipulações quase caí pra trás, os meus óculos são fracos para ver tantos detalhes, e quase que a lente macro da minha câmera não os consegue captar.
Mesas postas com os pratos, frutas, personagens diversos, até pipoca e brigadeiro ela fez, tudo com no máximo 2 ou 3 milímetros!!!

é isso, por fernando stickel [ 11:12 ]

vou pra praia, té já!


Vou pra praia, té já!

é isso, por fernando stickel [ 12:28 ]

profissão da sua mãe?

Chiquinho, qual é a profissão da sua mãe?
– A minha mãe? – A minha mãe é substituta.
– Desculpa, não entendi, Chiquinho!
– Substituta! – repete Chiquinho.
Essa profissão não existe, explique por favor.
– Bem, ela fica numa esquina, aí vêm uns senhores que lhe dão dinheiro, ela entra com eles para um quarto do Hotel e os senhores saem apertando o cinto da calça…
Mas Chiquinho, a sua mãe não é “Substituta”, é “Prostituta”!
– Não, não! Prostituta é a minha tia que está doente. A minha mãe só está cuidando do ponto dela…

é isso, por fernando stickel [ 8:17 ]

f. stickel, versão 5.6…

Fernando Stickel, versão 5.6…

é isso, por fernando stickel [ 11:04 ]