Uma lufada de ar fresco:
Existe pensamento sério no Brasil? A partir dessa pergunta, Eduardo Giannetti da Fonseca divertiu o auditório anteontem, em palestra na Cultura do Villa-Lobos, traçando um quadro rigoroso sobre a vida acadêmica do País.
No Brasil, ironizou o economista, “cada geração está sempre começando tudo de novo” e os acadêmicos dedicam sua energia a “modismos intelectuais”. Na universidade, “a meta é dominar a tecnologia de reproduzir o aprendizado. Não se ousa saber o novo”.
E no entanto, destacou, o maior feito científico do século 19, a teoria da evolução de Darwin, “não tem uma única equação”. E o maior do século 20, a descoberta do DNA por Francis Crick e James Watson, “está explicado em uma página”.
A crítica? “Fica entre o tapinha nas costas e o patrulhamento. É preciso despersonalizar o embate das idéias.”
Deu um exemplo divertido: quando se pergunta “há racismo no Brasil?”, 90% dizem que sim. E na questão seguinte, “você se considera racista?”, 98% dizem que não. “Eis o paradoxo do Brasil: o brasileiro é o outro”, finalizou, em evento da revista Dicta e Contradicta.
3 comentários
Liz Martins
junho 7th, 2009 at 9:31
Oi Fernando,
O ‘inferno é o outro’, tal a crítica do filósofo. Mesmo assim, ainda existem aqueles que pensam diferente. E aí, dá para acreditar que, mesmo com toda essa ‘lambança’, ‘dias melhores virão’…
Continuo encantada com as fotos de sua infância. Desde pequeno era assim tão bonitinho?… 😉
Deixando a brincadeira de lado, suas reflexões, a respeito do mundo dos homens e coisas, são ótimas.
Bom domingo! Boa semana!
Abs.
Ruy
junho 9th, 2009 at 7:12
O problema do racismo no Brasil não está ligado apenas à cor da pele. Exitem fatores que são bem mais sérios, por exemplo, os estados digladiam-se com uma enxurrada discriminatória de supostos valores. Muitos profissionais competentes foram rejeitados devido ao local onde nasceram. Quanto a esdrúxula teoria da evolução, é, em princípio, uma das idéias mais idiota, inviável e burra.só os imbecis respeitam Darwin. É bom deixar claro que não sou primo de King Kong
banto palmarino
junho 11th, 2009 at 19:03
hei Ruy, o racismo só não vai ser sério para quem não sobre ele todo dia. E de fato, o racismo não é só pela cor, mas a cor é o que é mais perseguido aqui, assim como qualquer coisa ligado a cultura negra, desde a religião ou qualquer coisa sobre a identidade negra.
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