Escrevi um artigo chamado “Aprendendo com o Fracasso” sobre experiências mal sucedidas da Fundação Stickel.
O artigo foi publicado no portal do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – IDIS, veja aqui.
3º setor
17 de janeiro de 2013
aprendendo com o fracasso
é isso, por fernando stickel [ 18:43 ]
20 de dezembro de 2012
vera martins
Lançamento em 15/12/2012 do livro “Vera Martins: Pintura por Desconstrução” editado pela Fundação Stickel e Editora Terceiro Nome, na Galeria Jaqueline Martins, com exposição e performance onde Vera mostra como desconstroi a tela e tece os fios da sua obra.
é isso, por fernando stickel [ 18:11 ]
20 de dezembro de 2012
aproximações com a arte
Montagem da exposição “Aproximações com a Arte”
No sábado 15 Dezembro 2012 a Fundação Stickel inaugurou na Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha a exposição dos alunos de seu curso “Aproximações com a Arte”.
O curso contou com o apoio do Instituto Minidi Pedroso de Arte e Educação – IMPAES, foi fiscalizado pelo CENPEC, e teve como parceiros a Subprefeitura Freguesia-Brasilândia e a Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha.
Foram entregues certificados de conclusão a todos os alunos:
Ana Carolina Lima Fontes
Ana Cristina de Andrade
Aparecida de Cássia Andrade
Camila Oliveira de Souza
Carlos Alberto Borzeto
Cristiane de Lima Bellini
Hingrit Ellen dos Santos Souza
Jociene Barbosa da Silva
Jocyane Aleixo Vieira Lourenço Maila
Juliana de Oliveira Fenner
Maria Edna da Silva Oliveira
Maria Salete da Silva
Milena de Oliveira Fenner
Nilda Maria Maia Bello de Oliveira
Priscila Sânsia Silva Leite
Selma Antunes
Solange Teixeira de Lima
é isso, por fernando stickel [ 10:53 ]
19 de dezembro de 2012
olhar sobre a brasilândia
Nesta segunda-feira, 17 Dezembro 2012, encerrou-se o curso de fotografia “Um olhar sobre a Brasilândia IV”, promovido pela Fundação Stickel e ministrado pelo fotógrafo Arnaldo Pappalardo e seu assistente Lucas Cruz.
Tivemos o apoio da Subprefeitura Freguesia-Brasilândia e Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha.
Todos os alunos receberam certificados de conclusão do curso. em 2013 realizaremos exposição das fotos dos alunos.
Os alunos:
Ana Paula Oliveira de Moraes Lima
Arza Roze Steinmetz
Cibely Dehn Araujo Quirino
Cristiane de Lima Bellini Marin
Cristiano Marcelino de Andrade
Eduardo Vinicius Augustinho
Eliana de Carvalho Amorim
José Rodrigues de Oliveira Pereira
Juliana de Oliveira Fenner
Juliana Gonçalves Ferreira de Paula
Julio Cezar Oliveira Souza
Karina do Carmo Neto
Liliamar Lopes de Camargo
Luigi Menezes de Souza
Marcio de Jesus Ferreira
Mônica Darcy Luz
Nádia Regina Pinto Gonçalves de Lima
Rafael Henrique da Silva Barros
Ramildo Gonçalves de Lima
Ricardo Papai Marin
Rodrigo Silva de Oliveira
Solange Teixeira de Lima
Sonia Freitas
Ulda Mandu
é isso, por fernando stickel [ 17:16 ]
10 de dezembro de 2012
luisinho do pandeiro
Alguém comentou o descalabro na Casa de Cultura da Brasilândia, situação que acabou por justificar o término da parceria que a Fundação Stickel vinha lá mantendo em 27/11/2012.
Nosso parceiro na Brasilândia “Luisinho do Pandeiro” sempre apoiou as atividades da Fundação, divulgando nossas ações.
Desta vez, infelizmente, a notícia que ele traz tem o sabor de “fim-de-feira”…
é isso, por fernando stickel [ 9:02 ]
6 de dezembro de 2012
vera martins: pintura por desconstrução
Livro Vera Martins: Pintura por Desconstrução
A Fundação Stickel, a Editora Terceiro Nome e a Galeria Jaqueline Martins convidam para o lançamento do livro “Vera Martins: Pintura por Desconstrução”, na Galeria Jaqueline Martins (Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 74, São Paulo-SP), no próximo dia 15 de dezembro (sábado), a partir das 12 horas.
O evento também marcará o início de uma exposição de Vera Martins no local e contará com uma performance da artista.
Editado pela Fundação Stickel e pela Terceiro Nome, o livro é belo registro da obra desta artista plástica que propõe a desconstrução do suporte da pintura. Desfiando a tela, Vera a transforma em fios e eles, por sua vez, tornam-se chicote e pincel, impondo suas marcas, formas e nós que geram linhas em uma ação enérgica, corporal e vital.
A artista vem de uma família de fiandeiras portuguesas que faziam à mão todas as etapas do trabalho: o plantio do linho, a sedagem, a fiação e o tear dos lençóis. Em seu percurso de 25 anos nas artes plásticas, Vera também se tornou uma fiandeira, tecendo a vida, a morte e a sexualidade em pinturas, objetos e instalações.
O livro começou com o Projeto Contrapartida da Fundação Stickel, por meio do qual a artista criou uma parceria para publicar seu trabalho e, em troca, desenvolveu um curso sob o mesmo tema, para jovens da Brasilândia, a partir das suas experiências com alunos na Alemanha. ”O livro é o projeto editorial mais ambicioso da Fundação Stickel até agora. Iniciou-se como um registro do Projeto Contrapartida e foi evoluindo, incorporou vários textos, fotos, recebeu a colaboração de várias pessoas e sofreu inúmeras revisões do design gráfico”, relata Fernando Stickel, presidente da fundação.
Performance – Por volta das 16 horas, a artista realizará na galeria uma demonstração de sua técnica de chicotear para produzir suas obras.
A exposição das obras de Vera Martins ficará aberta na galeria ate 22 de dezembro.
Serviço:
Livro Vera Martins: Pintura por Desconstrução
Organização: Fernando Stickel
Textos: Agnaldo Farias e Carlos Perrone
Fotos: Rômulo Fialdini
108 págs
ISBN: 978-85-7816- 100-2
Preço: R$ 40,00
Lançamento, exposição e performance da artista
Local: Galeria Jaqueline Martins (Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 74, São Paulo-SP)
Data: 15/12 (sábado)
Horário: 12 horas
é isso, por fernando stickel [ 8:35 ]
5 de dezembro de 2012
forum filantropia
Participei do I Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, promovido pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), em parceria com o Global Philantropy Forum (GPF), no último dia 30/11.
Muito bem organizado, com boas palestras, entre elas a do cientista Miguel Nicolelis, genial!
é isso, por fernando stickel [ 14:06 ]
29 de novembro de 2012
kisil & marcovitch
O Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), em parceira com o Global Philanthropy Forum (GPF), realizará amanhã, 30/11 o I Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais.
O Fórum terá como tema “O Papel da Filantropia no Desenvolvimento do Brasil” e reunirá especialistas e líderes internacionais e nacionais que buscam soluções inovadoras para enfrentar desafios sociais e de desenvolvimento.
No coquetel de lançamento do Forum, hoje na Editora Abril, tive o prazer de rever dois gigantes do Terceiro Setor, Marcos Kisil e Jacques Marcovitch, ambos meus mestres, o Prof. Jacques me deu aula no MBA da FIA, e o Marcos vem me aconselhando desde que o conheci durante a preparação do meu TCC em 2009.
é isso, por fernando stickel [ 22:47 ]
29 de novembro de 2012
arte transforma
Fundação Stickel – Arte Transforma
Missão
Promover a inclusão social, cultural e econômica de pessoas e comunidades, por meio das artes visuais.
Visão
Fazer das artes visuais um instrumento de inclusão sócio cultural na sociedade brasileira.
ARTE TRANSFORMA – Impactar para transformar
A Fundação Stickel acredita que o contato do ser humano com a arte é uma poderosa centelha, iniciadora do processo de ampliação de seu universo e conhecimentos.
É o impacto inicial que transmuta olhares, valores e leituras do mundo; é o impulso criativo do desejar mais e ir mais longe.
Percebendo-se como protagonista da própria vida, o ser humano passa a compreender o enorme potencial de transformação pessoal e modificação de realidades.
Por isso promovemos e incentivamos o contato com a arte, por meio de exposições, educativo, cursos, oficinas, edição e lançamento de livros, projeções e pesquisas sobre movimentos artísticos nacionais.
Estimulamos a vivência artística em uma das áreas de maior vulnerabilidade social da capital paulista – Brasilândia/Cachoeirinha – assim como desenvolvemos projetos de cunho empreendedor capazes, não apenas de propiciar geração de renda, mas também de elevar a autoestima do indivíduo e da comunidade.
é isso, por fernando stickel [ 14:13 ]
28 de novembro de 2012
Como que a fornecer subsídios para comprovar a tese desenvolvida no post abaixo, recebo hoje do Secretário Executivo de Comunicação da Prefeitura de São Paulo as Coletâneas Anuais dos Boletins Informativos AQUI das Subprefeituras, em seis volumes finamente encadernados, abrangendo os anos de 2006 a 2011.
Analisando os verbetes da Subprefeitura Freguesia-Brasilândia, encontro apenas uma menção ao trabalho que a Fundação Stickel vem desenvolvendo na região desde 2007, no volume referente ao ano de 2010.
Ocorre que, apenas no período de 2010 a 2012, a Fundação promoveu na Casa de Cultura da Brasilândia:
-Exposição de fotos Juan Esteves “Presença”
-Curso de fotografia com Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz “Um Olhar sobre a Brasilândia I”
-Exposição de fotos Fernando Stickel “Vila Olímpia”
-Curso de documentário e cinema com Julia Campos “DNA da Brasilândia”
-Curso de fotografia para deficientes visuais com Teco Barbero “24 Horas de Olhar Universal”
-Mutirão de voluntários para revitalização da Praça Benedita Cavalheiro “Dia de fazer a diferença”
-Lançamento oficial do movimento “Transition Brasilândia”
-Exposição de fotos Valdir Cruz “Águas e Árvores”
-Exposição de fotos “Um Olhar sobre a Brasilândia I”
-Exposição de pinturas Carla Fatio “Entre Entes e Sementes”
-Curso de arte e atividades para crianças “Arte nas férias”
-Exibição de filmes às sextas-feiras para crianças e adultos “Cinema na Brasilândia”
-Curso de xilogravura com Laidye Negger
-Exposição de pinturas Plinio Toledo Piza “Terras e Céus: paisagens modulares”
-Curso para educadores da rede pública em parceria com IMPAES e CENPEC “Aproximações com a Arte”
-Curso de fotografia com Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz “Um Olhar sobre a Brasilândia II”
-Curso de curtas-metragens “Associação Cultural Kinoforum”
-Curso de vídeo “Instituto Criar”
-Exposição de fotos “Um Olhar sobre a Brasilândia II”
Uma pequena discrepancia, não é mesmo?
Prova inequívoca de que a Subprefeitura Freguesia-Brasilândia encontra-se totalmente desconectada de sua parceira, a Fundação Stickel, e vice-versa.
é isso, por fernando stickel [ 17:17 ]
27 de novembro de 2012
fundação encerra parceria
Aprendendo com o fracasso
A Fundação Stickel acaba de encerrar em 27/11/2012 parceria com a Casa de Cultura da Brasilândia, equipamento da Prefeitura de São Paulo sob a gerência da Subprefeitura Freguesia-Brasilândia.
Em Maio deste ano finalizamos parceria com a Paróquia São José Operário da igreja católica, localizada na Região Episcopal Brasilândia, somando dois encerramentos de parceria em 2012, o que gera a necessidade de reflexão. É preciso entender o que levou as parcerias ao fracasso, para que fatos como estes não se repitam no futuro.
Tenho certeza que todos os projetos que foram desenvolvidos, em ambos os locais, foram de boa qualidade e atenderam à comunidade local. Por qual razão então o fracasso? Que forças se mobilizaram para inviabilizar a presença da Fundação? A quem interessa a nossa ausência?
Paróquia São José Operário
A Fundação chegou à Paróquia no final de 2008 através de reuniões da comunidade local com nossos APS (Agente de Proteção Social) que trabalhavam no Programa Ação Família, desenvolvido pela Fundação em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social. As reuniões se realizavam no salão paroquial, com a concordância não muito entusiástica do padre responsável.
A Fundação se retirou do Programa Ação Família, porém os contatos com a comunidade permaneceram, o trabalho evoluiu e frutificou com a criação de dois grupos de geração de renda em Maio 2010, e a assinatura de um contrato de parceria com a Paróquia para que os Grupos se desenvolvessem lá, firmado pelo Pe. Hilton em Agosto do mesmo ano, contrato esse que se verificaria totalmente nulo, uma vez que o padre não poderia assiná-lo sem a concordância da Cúria.
Uma crise se instalou ao final de 2010 por divergências em relação à reforma que a Fundação executava no imóvel da Paróquia, o Pe. Hilton desapareceu da Paróquia no início de 2011, vários padres se sucederam e nenhum deles se interessou em dialogar com a Fundação. A curiosa hierarquia da igreja dá autonomia quase total ao padre da paróquia, o Bispo pouca influência tem nas decisões tomadas na comunidade, que acabou por rejeitar a presença da Fundação, processo que culminou com o encerramento de atividades na Paróquia e a saída da Fundação em Maio 2012.
Percebo hoje com clareza que a Fundação pecou em vários aspectos: Por não obter o apoio da comunidade local aos seus projetos; Por falta de clareza quanto à estrutura hierárquica da Igreja Católica; Por não ter procurado o superior hierárquico do Pe. Hilton, o Bispo da Brasilândia, na assinatura do contrato de parceria.
Casa de Cultura da Brasilândia
Em relação à Casa de Cultura o processo foi similar, pois o convite para que a Fundação operasse lá os seus projetos não partiu de uma liderança local legítima, nem mesmo de um profissional graduado da hierarquia municipal, em consequência a Fundação acabou por aceitar uma posição de parceria informal, sem a garantia de contrato, realizando cursos e exposições com pouco interesse da comunidade local, o que poderia ter sido garantido pelo apoio das lideranças da comunidade e/ou por suas atividades estarem inseridas na execução de políticas públicas.
Crises se sucederam na Casa de Cultura pela total falta de apoio da Prefeitura, que não arcou com sua parcela de responsabilidade. A Casa de Cultura nunca abriu aos fins de semana, só para citar uma falha grave, e culminou com atitude francamente agressiva contrária às atividades da Fundação por parte dos funcionários públicos alocados na Casa de Cultura, o que acabou por gerar níveis de desconforto de tal ordem que a Fundação se viu obrigada a encerrar suas atividades.
O aprendizado
Uma pista imediata para entender as razões da nossa falha, em ambos os casos, reside na total ausência de interlocução, durante o período total das parcerias, com no mínimo uma liderança forte, representativa da comunidade atendida, bem como da instituição parceira. A ausência desta interlocução em alto nível acabou por minar a legitimidade do trabalho da Fundação.
É bem verdade que estes fracassos acabaram por gerar enorme experiência, que passa a fazer parte do acervo de conhecimento e sabedorias que a Fundação vem acumulando no trabalho com a população carente, que é complexo e exige habilidades políticas no mesmo nível das habilidades técnicas.?Apenas a prática, a reflexão, o aprimoramento técnico e político, e ao final a insistência em nossa missão será capaz de nos ensinar o caminho correto para este trabalho.
É bem verdade ainda que tanto de um lado, quanto de outro, é preciso o amadurecimento das instituições, seja das tomadoras de serviços (governo, igreja) quanto das prestadoras de serviços, (fundações, associações, ONGS em geral) para que as parcerias possam fluir sem sobressaltos e cumprir com sua função social, cultural, de benemerência e outras.
Existe, apesar de tudo, um indicador do acerto de nosso trabalho, que são os depoimentos positivos do nosso público, tanto de alunos dos diversos cursos, quanto dos parceiros que vem participando de nossas atividades e evolução.
é isso, por fernando stickel [ 18:24 ]
31 de outubro de 2012
livro vera martins
Fazer um livro é uma das coisas mais gostosas que conheço.
Já fiz vários, tanto de minha autoria quanto para terceiros. Com maior ou menor grau de participação, a excitação e o prazer de ver a coisa pronta é sempre igual.
O livro sobre o trabalho da artista plástica Vera Martins “Pintura por Desconstrução” é o projeto editorial mais ambicioso da Fundação Stickel até agora, iniciou-se como um simples registro do “Projeto Contrapartida”, foi evoluindo, incorporou vários textos, fotos, recebeu a colaboração de várias pessoas, sofreu inúmeras revisões do design gráfico, e ao final de longo processo de maturação acertamos parceria com a editora Terceiro Nome, o que acabou por fornecer ao livro um “acabamento editorial” que só uma editora ativa no mercado sabe proporcionar.
Com 108 páginas, bilíngue (português-inglês) foi impresso a 4 cores em 1500 exemplares.
Coordenação geral: Fernando Stickel / Fundação Stickel
Textos: Agnaldo Farias, Carlos Perrone, Jochen Dietrich, Vera Martins
Concepção e projeto gráfico: Iris Di Ciommo
Revisão: Cecilia Ramos
Versão para inglês: Patrick David Hall
Fotos das obras: Rômulo Fialdini
Fotos na alemanha: Jochen Dietrich
Editora Terceiro Nome: Mary Lou Paris
Escrevi a introdução do livro:
Alquimia Contemporânea
Ao conhecer Vera Martins você percebe que ela não se revela por inteiro, mas se constrói aos poucos. É necessário um tempo para se chegar à inteireza da artista.
Para melhor compreender a artista e sua obra, a Fundação Stickel colaborou com o Projeto Contrapartida de Vera, e agora oferece, nesta publicação, as ferramentas necessárias para se entender sua trajetória.
Vera trabalhou em várias frentes. Sua trajetória é interessantíssima e recentemente incluiu uma forma de “atletismo artístico”, o pleno uso do vigor físico na fatura artística… Vera, porém, não descuida de aspectos espirituais e místicos – pois, ao final das contas, onde está a alma da obra de arte? Essa talvez seja a pergunta principal que se coloca em seu trabalho.
Alquimistas (ainda os há hoje… ) e artistas plásticos trabalham de maneira similar, trancados em seus estúdios e laboratórios, destilando bem guardadas sabedorias, muitas vezes mantendo seu trabalho propositalmente escondido do mundo.
O curioso na Vera é que o resultado de seu trabalho caminha no sentido oposto ao dos alquimistas tradicionais, que agregavam em seu cadinho substâncias exóticas e preciosas, para delas depurar conhecimento, sabedoria e poder.
Vera, na solidão do estúdio, tomou um caminho avesso para obter a pedra filosofal.
Seu objetivo? Chegar ao elemento primordial da pintura, isolar e capturar sua alma, sua essência, despindo-se no processo de todas as substâncias, excessos e acessórios, físicos e mentais. Um caminho difícil e tortuoso, que se revela claro e luminoso ao final .
Quanto mais Vera Martins desconstrói sua obra, mais ela própria se constrói.
Fernando Stickel
Outubro de 2011
é isso, por fernando stickel [ 15:09 ]
20 de outubro de 2012
bruno bischofberger
Em Maio 2007 fui à Suíça.
Na cidade de Basel o compromisso foi a inauguração da exposição de Magy Imoberdorf na Fundação Brasilea, e conversas sobre projetos conjuntos com Onorio Mansutti, diretor da Fundação.
Em Zurique uma reunião na UBS Optimus Foundation, para avaliar possibilidades de apoio ao trabalho da Fundação Stickel.
Aproveitei para visitar a famosa galeria Bruno Bischofberger
Inauguração da exposição de Magy na Fundação Brasilea, da esq. para a direita, Magy, eu e Erica Banwart.
é isso, por fernando stickel [ 12:24 ]
20 de outubro de 2012
magy imoberdorf
Recuperando boas memórias do dia 4 fevereiro 2006:
O dia começou bem com este excelente artigo sobre a exposição de hoje, no Estadão:
Magy Imoberdorf cria obras com madeira e desenhos. A artista gráfica suíça exibe no Espaço Fundação Stickel da Fundação Stickel suas esculturas de parede em que valoriza o trabalho manual.
Camila Molina
A suíça Magy Imoberdorf recolhe madeiras e outros objetos nas caçambas das ruas de São Paulo ou de Nova York – e como ela diz, é incrível como se jogam no lixo materiais interessantes e que podem ser reaproveitados. Amigos também, ao saber de seu gosto, lhe fornecem pedaços de madeira que se transformam, depois, em esculturas de parede ao receber os desenhos da designer gráfica. “No Brasil há um certo medo do trabalho manual, ele é até desvalorizado. Na Suíça, onde nasci, sempre fizemos trabalhos manuais, desde a escola”, diz Magy, que exibe, a partir de hoje, na Fundação Stickel, uma série de 18 de suas novas criações.
Sobre pedaços de madeira encontrados a artista cola desenhos que representam retratos das pessoas à sua volta, animais e as flores de seu jardim. Em seu processo criativo, há um gosto por usar as mãos – Magy lixa o material, corta, trata com a encáustica, misturando verniz e cera de abelha. Algumas vezes, também, ela usa a madeira no estado em que foi achada – pode o material ter sofrido queimaduras ou cortes irregulares, pode um estrado se transformar no que seria a representação de um banco. Magy usa os defeitos e qualidades do material a seu favor e até cores ela vai descobrindo nos diferentes tipos de madeira que utiliza, um processo simples de apropriação de objetos reciclados – ela também incorpora chapas de metal e plástico.
Como diz a artista, que chegou ao Brasil em 1969, nessa série o desenho vem primeiro – desenhar é prática recorrente em sua vida, desde também a época de escola. “Como aqui há um problema grave de umidade e os desenhos mofam, comecei a procurar desenhar em materiais não perecíveis como pedras e discos e agora uso madeira”, conta Magy. Nessa série, que vem desenvolvendo há cinco anos, Magy primeiro realiza os desenhos em papel Kraft e depois os aplica à madeira, algumas vezes usando cera quente.
Suas esculturas de parede, ou relevos, são de grande porte – há obras que chegam a ter dois metros de altura. São cenas simples representadas: uma senhora tricotando ao lado de dois cachorros; um casal e um menino; uma fruteira sobre uma bandeja; folhagens. Mas vale dizer que alguns de seus últimos trabalhos caminham para a abstração. “Sempre trabalhei o figurativo, mas gosto de um tipo de figurativo contemporâneo, revisitado, misturado com a abstração”, diz. Nas obras deste tipo, Magy sobrepõe madeiras com diferentes recortes e cores e, dessa maneira, os relevos vão ficando cada vez mais espessos. Ela também faz questão de deixar aparente os parafusos indicando que função e estética estão juntos.
Durante o período de sua exposição, a partir do dia 6, Magy Imoberdorf vai participar de encontros promovidos pela Fundação Stickel com crianças e catadores de lixo para mostrar como o uso de materiais reciclados pode se transformar num agradável processo de criação de objetos.
(SERVIÇO)
Magy Imoberdof. Espaço Fundação Stickel. R. Ribeirão Claro, 37, V. Olímpia, 3849-8906. 14h/20h (fecha dom.). Grátis. Até 24/2. Abertura hoje, às 16h
Cenas da abertura da exposição de Magy no Espaço Fundação Stickel.
é isso, por fernando stickel [ 12:00 ]
17 de setembro de 2012
um olhar sobre a brasilândia
No último sábado, 15 Setembro 2012 a Fundação Stickel e Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha inauguraram a exposição
“Um Olhar sobre a Brasilândia”
Fotos dos alunos do curso de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz, promovido pela Fundação Stickel durante 2011.
A exposição ficará em cartaz de 15 Setembro a 15 Outubro 2012
FÁBRICA DE CULTURA DA VILA NOVA CACHOEIRINHA
Rua Franklin do Amaral 1281, esquina com a R. Conselheiro Moreira de Barros 02479-001 São Paulo SP
Horário de visitação: terça a sexta, das 9h às 17h; sábado das 12:30 às 17:00
Contato: 11 3922-7664 com Glaucia glaucia@fundacaostickel.org.br
Patrocinio: Fundação Stickel
Apoio: T Tanaka; Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha; Museu da Imagem e do Som – MIS
Esta exposição marca o início de parceria da Fundação Stickel com a Fábrica de Cultura, equipamento da Secretaria de Estado da Cultura e a Poiesis, Organização Social de Cultura (OS) responsável por sua gestão.
Esta exposição teve um catálogo, editado pela Fundação Stickel, com textos do Arnaldo Pappalardo e meu próprio.
é isso, por fernando stickel [ 11:49 ]
11 de setembro de 2012
um olhar sobre a brasilândia
Fundação Stickel e Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha
convidam para a abertura da exposição
Um Olhar sobre a Brasilândia
Fotos dos alunos do curso de Arnaldo Pappalardo e Lucas Cruz
Abertura: sábado, 15 Setembro 2012 das 12:30h às 16:00h
FÁBRICA DE CULTURA DA VILA NOVA CACHOEIRINHA
Rua Franklin do Amaral, 1281 Esquina coma R. Conselheiro Moreira de Barros
02479-001 São Paulo SP
Exposição de 15 Setembro a 15 Outubro 2012
Horário de visitação: terça a sexta, das 9h às 17h; sábado das 12:30 às 17:00
Contato: 11 3922-7664 com Glaucia glaucia@fundacaostickel.org.br
Patrocinio: Fundação Stickel
Apoio: T Tanaka; Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha; Museu da Imagem e do Som – MIS
é isso, por fernando stickel [ 16:00 ]
6 de setembro de 2012
tensão calma
A Fundação Stickel, dentro de seu Projeto Contrapartida, co-editou em 2008 o livro de fotografias de Arnaldo Pappalardo “Tensão Calma” em parceria com a Editora Cosac Naify e a Neogama. O livro foi lançado durante exposição de mesmo nome realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Neste trabalho, Pappalardo apresenta três séries de fotos da metrópole de São Paulo. Nas primeiras fotografias, o leitor se perde em imagens abstratas, que são, na realidade, closes extremos de fragmentos do asfalto que cobre as ruas paulistanas. A segunda série de fotos explora a cidade vertical, com prédios no centro da cidade, em imagens noturnas e silenciosas, sem a presença frenética dos transeuntes. O terceiro segmento apresenta as pessoas desta cidade, em retratos crus, sem artifícios, que completam o trabalho lírico e inventivo de Arnaldo Pappalardo.
O fotógrafo faz ao longo do livro uma alternância de imagens bem horizontais com outras verticais, jogo que é aproveitado pelo projeto gráfico da diretora de arte da editora, Elaine Ramos. A edição é enriquecida por um ensaio do pesquisador e curador da exposição de suas fotos na Pinacoteca do Estado, Rubens Fernandes Junior, e por uma cronologia ilustrada de sua trajetória.