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coisas, coisas, coisas...
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jimmy hendrix no ibirapuera

graveto
Jimmy Hendrix brincando com seu ‘graveto” no Ibirapuera…

é isso, por fernando stickel [ 8:51 ]

cinemúsica

paisd
O dia dos pais me brindou com céu azul, sol e temperaturas amenas, em seguida recebemos os filhos, o neto e minha mãe, fui à cozinha e preparei “Camarão à Newbourg”. Dia perfeito!

cinemusica
… e à noite, Cinemúsica no MIS – Museu da Imagem e do Som!

O MIS, Instituição da Secretaria da Cultura apresenta CINEMÚSICA, um concerto multimídia (recital de piano + filme/cenário), resultado da colaboração da artista plástica Mariannita Luzzati e do pianista Marcelo Bratke, no domingo, 12 de agosto, às 19h. Concebido por Mariannita, a ideia é transportar o público a uma jornada auditiva e visual pelo universo musical de Heitor Villa-Lobos, fonte de inspiração de Villa-Lobos – Como em uma janela imaginária através da qual o público pudesse entrar em contato com o contemplativo em diálogo com a natureza brasileira.
 
Em 2011, o projeto foi levado a dez penitenciárias do Estado de São Paulo e um documentário (de Mariannita Luzzati) foi produzido por meio das imagens destes concertos pouco usuais, registrando momentos surpreendentes e relatando o impacto da música e da natureza levada aos presídios. Além da força da música e da capacidade de “transportamento” das cenas de natureza, o projeto levou os artistas envolvidos e os detentos a uma experiência sem precedentes a nível humanitário.
 
“Se os detentos serão reintegrados um dia à sociedade, este projeto procurou criar uma `janela imaginária` por meio da qual o  sensível e o contemplativo pudessem exercer uma ação transformadora a estas pessoas. Um momento de reflexão que ficará em suas memórias para sempre”, revela a autora do projeto, Mariannita Luzzati. “Foram momentos de grande emoção. Lágrimas e sorrisos. Esperança e reflexão. Para mim, como artista foi, este projeto mostrou que a música e a arte tem um impacto e uma função que ultrapassa o nível da estética e vai direto ao espírito humano”, completa Marcelo Bratke.
 
O documentário foi exibido pela primeira vez em Londres no Southbank Centre – Festival of the World/Royal Festival Hall e ainda em 2012 será exibido, seguido do próprio concerto, em Nova York, Roma e Basel. Também estão sendo agendadas exibições do projeto completo (filme + concerto) no Brasil.
 
MARCELO BRATKE
Pianista brasileiro radicado em Londres, Marcelo Bratke tem se apresentado frequentemente nas mais prestigiadas salas de concerto do mundo como o Carnegie Hall em Nova York, o Festival de Salzburg, o Queen Elizabeth Hall em Londres e o Suntory Hall em Tóquio, entre outros. Recentemente aclamado pelo jornal The New York Times por sua interpretação de Villa-Lobos no Carnegie Hall, Bratke está à frente do projeto Villa-Lobos Worldwide pelo qual foi premiado em Londres em 2011 com o 14th Brazilian International Press Award – United Kingdon.
 
MARIANNITA LUZZATI
Mariannita Luzzati representou o Brasil na 22ª Bienal Internacional de São Paulo e tem participado de mostras em importantes museus e instituições no Brasil e no exterior. Suas obras constam em coleções nacionais e internacionais que incluem o Museu Britânico de Londres, o Machida City Museum of Graphic Arts em Tóquio e a Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outros. Recentemente foi uma das artistas escolhidas para integrar a exposição “Mulheres, Artistas e Brasileiras”, realizada no Palácio do Planalto em Brasília em homenagem a Presidenta Dilma Rousseff.

é isso, por fernando stickel [ 10:46 ]

beuys + panamarenko

bunker
Uma instalação feita em colaboração pelos artistas plásticos Beuys (1921-1986) e Panamarenko (1940- ) poderia resultar em um bunker anti-nuclear em Moscou…

é isso, por fernando stickel [ 13:51 ]

rua das fiandeiras

lady
Voltei a andar pelas ruas da Vila Olímpia. Evidentemente voltei também a fotografar, esta foto tirei hoje cedo na R. das Fiandeiras.

é isso, por fernando stickel [ 11:58 ]

spam com meu e-mail

Estão usando o meu e-mail fernando@stickel.com.br para enviar SPAM.
Não sei como conseguem fazer isso, não é a primeira vez que acontece, só me resta pedir desculpas aos amigos que porventura os reccebam e abram.

é isso, por fernando stickel [ 7:54 ]

cassio michalany na arte em s.p.


O artista plástico Cassio Michalany no portão de seu estúdio na R. Lourenço de Almeida, Vila Nova Conceição, início dos anos 80.
Abaixo o texto que escrevi sobre o artista, publicado na Revista Arte em São Paulo Nº 1, editada por Luis Paulo Baravelli em 1981.

C. M.
por Fernando Stickel

“Não me interessa a arte, me interessam os artistas.”
Marcel Duchamp

“A vida como toda obra de arte verdadeira é, apesar de tudo, sempre positiva.”
Barnett Newman

Bom dia!
O portão é verde.
O trinco é frouxo.
O homem é forte.
Trata-se do meu amigo Cassio Michalany. Toco a campainha. Às vezes ele encaixa bilhetes assim: “Volto daqui a 10 minutos” ou então “Estou no banho. Toque a campainha e espere um pouco”. Às vezes são as visitas que deixam recados, na maioria das vezes brancos, no portão verde capenga. Quando chove toco a campainha com extremo cuidado. Tenho medo de choque.
Cassio zela pela sua intimidade. De vez em quando ele tapa os buracos do portão com durepóxi e pinta de verde por cima. O portão é na rua. A casa é nos fundos.
O pátio cimentado tem tufos de capim e uma mancha de musgo no canto. Às vezes aparece um formigueiro. Cassio deixa as formigas em paz. Elas constroem esculturas no cimento. Às vezes a chuva leva tudo embora. Às vezes, quando necessário, vem um amigo que arranca os tufos de capim, deixando tudo limpo. Fica todo mundo suando e toma-se um banho no chuveiro pendurado na parede de reboco amarelado e solto.
Do pátio cimentado entra-se na cozinha através de um pequeno pórtico guarnecido de um prelo inútil e de um cano de água que vaza.
Quando a porta da cozinha está aberta, Cassio está em casa. Na cozinha, um fogão senil, uma Consul fiel, uma bicicleta e muitos garrafões de água mineral, tudo em cima dos ladrilhos hidráulicos. O piso é policromado de branco, preto e cinza. A bicicleta é branca, mas tem pneus cinza.
Cassio toma muita água, sempre. “É hidroterapia”, diz ele. De manhã, à tarde e à noite, várias vezes por noite. Depois fica suando no travesseiro.
Sendo necessário ver trabalhos antigos, convites de exposição ou não esquecer de pagar a conta da luz, Cassio pendura tudo nas paredes da cozinha. É o local obrigatório, sede do processo hidráulico.
Quando é de manhã bem cedo Cassio acorda sozinho e combate a vigília inútil na horizontal. Depois abre a janela, liga a FM, toma água, dá um tempo.
“Alimente-se bem, meu filho.” Com essas palavras ecoando há vários anos no seu ouvido, Cassio, o nadador, toma um café da manhã extremamente saudável. Esse é um dos seus segredos. E a água. E a postura.
Bom, está tudo pronto. É a hora do atleta. Cassio fecha a casa, toma a bicicleta e vai nadar fora d’água. São várias voltas. Seu caminho passa invariavelmente em frente a minha casa. Às vezes ele pára e conversamos. Às vezes na calçada, às vezes no sofá. Cassio toma água, meio a meio, “para não rachar o bloco…”. Às vezes tem um cafezinho.
Ele costuma dar de presente de aniversário para Tati, a minha filha, uma tela de 15 x 15 cm. Um ladrilho tecido e pintado a mão. Ela já tem quatro. Um de quando nasceu e mais três dos outros anos. Ela adora. Tio Cassio é meu compadre. Um dia Tati pediu: “Papai, vamos pendurar os quadros do tio Cassio?”. Ela determinou os locais e eu preguei. Tudo fora de nível.
Quando Cassio corre muito forte na bicicleta, ele solta uns berros danados. Diz que faz bem. Enquanto pedala, observa. Vai olhando as coisas, cheirando os cheiros. Observando.
Com a cabeça feita, guarda a bicicleta na cozinha, faz um cafezinho, lê o jornal, dá um tempo. Toma banho, faz a barba e põe uma roupa discreta. Às vezes é muito discreta
Aí é hora do almoço. Pega a Brasília verde, abre os portões verdes e sai devagar, para não forçar a embreagem. Cassio nunca corre, e os carros ficam mal-acostumados.
À tarde, com as baterias carregadas quase até a boca, Cassio volta para casa. Abrem-se os portões verdes da rua. Abre-se a porta da cozinha. Abrem-se pela primeira vez os portões também verdes do estúdio. Lá dentro está quente e silencioso. Enquanto o calor sai e os ruídos entram, Cassio põe uma roupa muito discreta, inteiramente policromada e rasgada em alguns pontos. É a roupa de trabalho.
Lentamente o momento vai se aproximando. As baterias estão explodindo. Acendem-se as luzes do estúdio.
É a hora do trabalho.
Cassio monta os cavaletes para trabalho horizontal. Os móveis e as coisas do estúdio olham tudo com extrema atenção. Lá fora, o céu adquire tons cinza-róseo ou azul-esverdeado, conforme o dia.
As telas virgens estão ávidas. Cassio prepara as tintas. Os potinhos de iogurte, sorvete e chantili vão se enchendo de cores. Ele vai mexendo, testando, adicionando, alterando, até chegar no ponto. É mais ou menos como fios de ovos das cores malucas e escuras. É o néctar.
Enquanto isso os pincéis descansam olhando para o teto, como se não fosse com eles. As trinchas, em compensação, ficam meio pensas, olhando de lado. Elas sabem que o assunto é com elas.
Cassio espalha o néctar sobre a tela com uma trincha larga. As cores tomam corpo. O momento é de tensão. As camadas se sucedem. O néctar pinga no chão de cimento ultrapolicromado por anos de processo pictórico. A coisa vai solta.
As telas permanecem na horizontal. Cassio manipula a obra com extremo cuidado. Com muito carinho, resiste à curiosidade de olhar o trabalho, na vertical, até que a tinta seque. Ela não vai escorrer, mas ele é cismado.
É a hora da realização.
Enquanto espera o momento da próxima camada, Cassio respira fundo, acende um cigarro, vai até a cozinha, tira uma bandeja de gelo da Consul, põe quase todas as pedras no isopor e algumas no copo preferido, uísque por cima. Liga o som, senta na cadeira azul de diretor e vai ouvindo jazz, jazz, jazz.
As baterias estão ótimas, o astral é total. Mais umas camadas. Mais testes, mais néctar. A coisa chega ao final. Do dia. O resultado é só na manhã seguinte, com a tinta bem seca.
Cansado, o artista troca de roupa, acende um cigarro e sai para jantar. As baterias descarregam-se suavemente.
A rotina das portas e portões se repete ainda uma vez. Cassio volta para casa e guarda a Brasília verde. Respira fundo, olha o céu escuro. Sente a satisfação formigando, do peito às extremidades. Mais um pouco e está deitado. Liga a FM, dá um tempo, apaga a luz.
Boa noite, C. M.

é isso, por fernando stickel [ 23:39 ]

desenho com jac aronis


Curso Livre de Desenho com Jacqueline Aronis – Eu recomendo!

06 de agosto de 2012 – segunda-feira das 19h às 21h e 08 de agosto de 2012 – quarta-feira das 19h30 às 21h30

Desenho Modelo Vivo Xilogravura Palestra Visita Guiada Álbum de Artista e muito mais.

Inscrições abertas: 3663-5216 ou estudiojacquelinearonis@gmail.com

“Não é necessário experiência anterior, toda experiência anterior será bem-vinda.”

ESTÚDIO JACQUELINE ARONIS
R. Avaré 281 – Higienópolis – SP
Tel: 3663 5216
www.jacquelinearonis.com.br
estudiojacquelinearonis@gmail.com

é isso, por fernando stickel [ 15:11 ]

o ruido permanece

gamb
A Saga do Exaustor Capítulo X

A única informação “relevante” que pude obter hoje, conversando com os operários que prestam serviços para a Sociedade Hípica Paulista, é que este exaustor é provisório, funcionará enquanto arrumam o exaustor “de cima”, instalado atrás da chaminé.
Adicionaram dutos, várias curvas, etc… e o ruido, evidentemente, permanece…

é isso, por fernando stickel [ 18:29 ]

com esporas…

é isso, por fernando stickel [ 23:14 ]

máquina do teleférico

serrat
Máquina do teleférico do Monte Serrat, em Santos.

é isso, por fernando stickel [ 19:34 ]

biombo no exaustor


A Saga do Exaustor Capítulo IX

Parece piada… Agora improvisaram um biombo. O ruido, evidentemente permanece… A Sociedade Hípica Paulista continua a conviver com a incompetência, já são no mínimo quatro meses desta novela, veja a história completa aqui.

é isso, por fernando stickel [ 13:24 ]

bem-te-vi

bem2
Apesar de ter tido sua casa derrubada pela imbecilidade humana, o Bem-te-vi continua me alegrando, no meio da selva de pedra.

é isso, por fernando stickel [ 17:42 ]

campos do jordão


Campos do Jordão

Meu avô Ernesto Diederichsen (1878-1949), industrial e empresário e minha avó Maria Elisa Arens Diederichsen (Lili) chegaram à cidade serrana de Campos do Jordão SP em 1936. Encantados com o cenário alpino, adquiriram grandes áreas de terra na região.
Construiram em área de cerca de 100 alqueires denominada “Fazenda Toriba” a “Casa Grande” destinada ao veraneio da família, inaugurada em 1941. Na sequência, associados ao genro Luiz Dumont Villares construíram o Hotel Toriba, inaugurado em 1943.

Até o comecinho dos anos 70 as famílias Stickel, Diederichsen e Villares passavam as férias de Julho na Casa Grande. A casa era imensa, tinha três alas, duas no térreo (Stickel e Diederichsen), e uma no piso superior (Villares). O quarto da Vovó Lili (1883-1973), a dona da casa, ficava em um “corner” da ala Stickel. Havia ainda a casa da portaria, no andar superior da casa do caseiro, o que significava no total cerca de 16 quartos e perto de 50 pessoas na casa na alta temporada de Julho, pois vários quartos eram guarnecidos de dois beliches. Logo na entrada, sobre o gramado, ficava um lindo chorão, ao seu lado o telhadinho do sino, seu toque chamava para as refeições.
No total, a Fazenda Toriba englobava duas portarias (Toriba e Umuarama), dois chalés, a Casa Grande, duas ou três casas de colonos, a garagem do trator, a casa do Fritz, o administrador, a cocheira ao lado do lago e a horta, cuidada pelo “Joãozinho da Horta”, que também era um artista “naif”, pintava sobre madeira. Inúmeras construções auxiliares se espalhavam pela área, caixas d’água, estufas, barragens, captação de águas e casa de bombas, etc…
Os dois chalés eram ocupados, um pela família Lenz Cesar, e o outro alugado à família Van Langendonck. A portaria de Umuarama era tradicionalmente alugada para a família Oliveira.

As crianças se auto-definiam em grupos pelas idades como “pequenos, 8-9″, “médios, 10-11″ e “grandes, 13-14″, nesta escala um ou dois anos de diferença faziam a separação dos grupos. O grupo dos pequenos adorava fazer cabana dentro de casa, prendiam colchas e lençóis trazidos pelas mães com pregadores no espaldar das cadeiras, e se instalavam confortavelmente sobre almofadas.
Eu, meu amigo Klaus, meu primo Bernardo e a os irmãos mais velhos da família Oliveira, Mauricio, Marcelo e Marcos eram os “grandes”, e esta turminha não se cansava de aprontar, tendo certa feita se dedicado a quebrar TODOS os vidros da cocheira! Quando os pais souberam da façanha aplicaram uma das maiores broncas de que tenho memória, e vários castigos…

A rotina diária incluia sair a cavalo logo cedo, passeios os mais diversos, até a hora do almoço, depois do almoço trabalhar nas “estradinhas”, construção coletiva de estradas, grutas, pontes, escavadas em um barranco perto da Casa Grande, depois “zonear” no Hotel Toriba, onde os netos de Dona Lili, minha avó, podiam fazer tudo, inclusive assaltar a confeitaria…
Á noite, banho, pijama, “robe-de-chambre” e chinelos de lã com sola lisa de couro, que nos incentivava a derrapar no piso de cerâmica vermelha, em seguida jantar e jogos perto da lareira. Os mais safados costumavam assaltar a despensa, recheada de latas de biscoito e leite condensado. O acesso sempre trancado era driblado por uma passagem secreta através da lavanderia…

Vez por outra visitávamos o Ibaté, casa do meu tio Luiz Dumont Villares, e o programa era sempre nadar na piscina gelada e o escorregador de alumínio!
A Casa Grande tinha um único telefone, alojado em uma cabine anexa ao lavabo, as ligações muito difíceis eram através da telefonista. Do lado de fora, o pavilhão do ping-pong, construido em “logs”. Na entrada, do lado direito do portão principal ficava uma área coberta que abrigava uma dúzia de cavalos.

Durante as férias de Julho os pais chegavam de São Paulo às sextas-feiras, para grande alegria de todos, carregados de revistas, guloseimas, etc… Nas manhãs de sábado e domingo meu tio Ernesto montava as caixas de som nas janelas da sala, direcionadas para o páteo externo, e tocava música clássica, Dave Brubeck e outras preciosidades. Ficava todo mundo por ali curtindo o som, lendo, tomando um sol ou simplesmente ouvindo o vento nas árvores.

orestes
Vez por outra a Casa Grande recebia a visita de Frei Orestes Girardi, baixinho, magérrimo e corcunda, o Frei era uma importante liderança local, sempre batalhando pelos pobres. Talvez tenha sido o meu primeiro contato com o Terceiro Setor…

O cavalo Winnetou da Vovó Lili morreu ao escorregar em uma grota ao lado da Casa Grande, ao resgatar o corpo do animal descobriu-se uma fonte de água pura e cristalina, que a partir deste momento passou a ser chamada de Fonte Winnetou, na qual Vovó Lili bebia água todos os dias!
Inevitavelmente, a cada mês de Julho, era construida uma cabana no meio do mato. Todos participavam, e carregavam martelos, pregos, serrote, machadinhas, facões, etc… Óbviamente um ou outro era vítima de tantos objetos perfuro-cortantes, e as diligentes mães tinham que se desdobrar como enfermeiras, e levar alguém para a cidade dar pontos…

No lago haviam dois ou três caiaques de lona, e sempre que eu me aventurava por aquelas bandas acabava por cair no lago e voltava molhado e enlameado para casa. Aliás, água, chuva, lama e sapos faziam parte integrante das férias, sair pelado na chuva era o máximo!
As aventuras com cavalo eram inúmeras, e os tombos também, ao meu primeiro cavalo dei o nome de Ferraz, o segundo foi o Carbono, tinha esse nome por sua cor gafite azulado, lindo! Os mais velhos faziam excursões a cavalo que duravam dois ou três dias, dormíamos em sleeping bags debaixo de um céu estúpidamente estrelado!

Um dos passeios recorrentes era a visita ao Matadouro Municipal, na serra velha, era o fascínio do horror, da morte, do sangue, a língua de fora e os olhos vidrados. Mas o pior eram os cheiros, porque ao lado existia um curtume, e aí é que a sinfonia sensorial pegava pesado!
As excursões à Pedra do Baú envolviam logística mais sofisticada, às vezes voltávamos pelo Acampamento Paiol Grande e São Bento do Sapucaí. Quem tinha medo ia só até o Bauzinho…

O capítulo dos automóveis era sério…
Com cerca de 13 anos eu queria guiar de qualquer jeito, e meu pai me ensinou a guiar em uma Rural Wyllis, com câmbio no chão. Nesta fase ele permitia que eu guiasse dentro dos limites da fazenda, o que significava intermináveis idas e vindas em uma pequena estrada de terra de cerca de 2 km.
Eu dirigia tudo o que me caisse nas mãos, principalmente uma camionete Ford 1951 cinza, caindo aos pedaços, um trator vermelho Case dos anos 40, de rodinhas juntas na frente, e o carro da minha avó Lili, um Ford Tudor V8 1955 branco.
À noite, eu e meu primo Bernardo sempre encontrávamos um jeito de roubar os carros, e aí saíamos para fora da fazenda, eu guiando o Ford Tudor e ele no Plymouth Belvedere 1959 do pai dele. Eram corridas entre Abernéssia e Capivari, sempre em alta velocidade, a mais de 100km/h. As avenidas eram totalmente desertas e geladas e eu lembro das luzes dos postes passando rápidamente contra o céu estrelado. Só não aconteceu um acidente nestas saídas noturnas porque a divina providência houve por bem nos poupar!

Muitas e muitas vezes todos se mobilizavam para ajudar no combate aos incêndios na mata, que eram comums na época de inverno. Muitos relacionamentos, namoros e até casamentos conteceram a partir das brincadeiras nas noites geladas, excursões ao Pico do Itapeva, festas em casas dos amigos, bailinhos no Hotel Toriba etc…

Bons tempos!!


A planta da casa.


Uma amiga me enviou estas fotos da casa construida por Floriano Pinheiro, publicadas na revista Acrópole Nº 72 de Abril 1944.

é isso, por fernando stickel [ 11:28 ]

tanques na marginal

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Mais uma vez fotografei este conjunto de tanques, do viaduto que une a marginal do Tietê à marginal do Pinheiros. Eles me fascinam, nos diversos horários e diferentes iluminações.

é isso, por fernando stickel [ 10:55 ]

exaustor escondido com vasos!


A Saga do Exaustor Capítulo VIII

Hoje cedo ao chegar na Hípica encontro a gambiarra funcionando. Trata-se de novo exaustor da cozinha da Sociedade Hípica Paulista.
Trocaram o motor e esconderam o exaustor com quatro (numerados na foto) vasos!
Funcionando furiosamente, desta vez ao nível do chão, o exaustor emite ruido provocante, atingindo diretamente as sócias no vestiário feminino e os comensais no restaurante. Ambos os ambientes tiveram suas janelas fechadas, para tentar escapar do ruido infernal.
Interessante que os responsáveis pelo problema se deram ao trabalho de “esconder” o exaustor atrás dos vasos, pouco se lixando para o barulho horroroso que de lá emana.
Agora é situação se apresenta assim:
– O exaustor de cima está quebrado e desligado.
– O exaustor de baixo funciona e continua a emitir ruido infernal
Legal, né…

Veja a evolução da Saga do Exaustor aqui.


Recebi a carta acima, o que de certa maneira me legitima como colaborador informal na solução do problema. Tenho uns planos de como proceder, aguardem os próximos capítulos…

é isso, por fernando stickel [ 19:48 ]

visita ao baravelli

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Visita dos alunos do curso “Aproximações com a Arte” promovido pela Fundação Stickel, ao estúdio do artista plástico Luis Paulo Baravelli, na Granja Viana.

bara21
Baravelli falou ao grupo sobre a vida de artista, suas características, suas rotinas, seu método de trabalho. Organizadíssimo, ele colocou em seu perfil no Flickr 99% de toda a sua obra, confira aqui.

é isso, por fernando stickel [ 18:44 ]

exaustor, a saga

ex1
A Saga do Exaustor Capítulo VII

Na semana passada construiram uma base de alvenaria encostada na chaminé, lá instalaram um novo exaustor da cozinha da Sociedade Hípica Paulista.
Consta que ontem, 27 Julho 2012, foi ligada a nova gambiarra. O motor elétrico queimou assim que foi ligado.
Mais um serviço amador, mais uma tentativa baseada no “achismo”, na tentativa e erro. Engenharia feita assim, só na terra da improvisação…

O lado bom desta incompetência toda é que estou usufruindo do silêncio, já que o troço quebrado não faz barulho…

Veja a evolução da “Saga do Exaustor” aqui.

é isso, por fernando stickel [ 13:20 ]

faróis da pagoda

faróis
Mais um detalhe aprimorado na Mercedes-Benz 280SL 1970.
Os faróis foram recuperados, o refletor cromado, borrachas novas, tudo limpo e brilhante!

é isso, por fernando stickel [ 18:26 ]