Sandra Pierzchalki ao lado de pintura de Antonio Malta Campos, a autoria do trabalho à direita é desconhecida.
Exposições coletivas de artes plásticas sem identificação individual das obras, de forma legível e de fácil acesso, são um desrespeito ao espectador, em qualquer lugar do mundo, seja qual for a justificativa e seja qual for a circunstancia, sejam salões, bienais, galerias particulares ou qualquer outra coisa, e não é de hoje que faço esta observação.
Tivemos o privilégio de ser convidados à “preview” da 33ª Bienal de São Paulo, evento muito bem organizado seguido de um excelente jantar. Passeamos pela Bienal e chegamos ao segundo piso, área de curadoria de Sofia Borges, artista que respeito e admiro muito. Sofia criou um labirinto digno de Twin Peaks de David Lynch, maravilhoso, cheio de veludos e recheado de obras de seus artistas convidados, todas as obras sem identificação.
Tudo bem, um dinossauro como eu, a poucos dias de completar 70 anos de idade, poderá identificar um Tunga ali ou um Antonio Malta Campos acolá, mas, faça-me o favor, exigir de qualquer espectador, de 17 a 70 anos, consulte o seu mapinha para saber qual o artista que está dependurado à sua frente já é pedir demais. Qual a justificativa?
No espaço maravilhoso de curadoria de Waltercio Caldas no 3º andar, o pobre do espectador terá de adivinhar em qual das esquinas ocultas estará o mapa da mina (que existe!) indicando a autoria das obras dos convidados do curador. Assim não dá, assim não é correto, assim não há possibilidade de se usufruir com prazer da arte contemporânea.
Alguém me desminta se for capaz!!!
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