Hoje cedo li na coluna do Matthew Shirts no Estadão sobre o filme Death Proof (A Prova de Morte) de Quentin Tarantino.
Fiquei curioso, e hoje mesmo fomos assistir. Começou meio lento, depois teve uns lances… aí ficou lento de novo, Sandra e eu nos remexendo na cadeira do cinema, de repente o troço pegou fogo, e aí percebemos que estávamos totalmente envolvidos por um legítimo e excelente Tarantino, que aliás também atua no filme, repleto de referências a outros filmes, inclusive Vanishing Point.
Posts tagueados ‘cinema’
2 de agosto de 2010
death proof
é isso, por fernando stickel [ 23:00 ]
4 de junho de 2010
james bond db5
Você quer possuir o carro mais famoso de James Bond?
O Aston Martin DB5 de 1964, astro dos filmes Goldfinger e Thunderball vai a leilão.
Estima-se que saia por um valorzinho básico, simbólico, de cinco milhões de libras esterlinas…
Todos os detalhes são reais, criados e instalados pela própria Aston Martin.
Spray de óleo, metralhadoras, painel blindado, ejeção do assento, placas giratórias, está tudo lá!
é isso, por fernando stickel [ 9:56 ]
29 de maio de 2010
faleceu dennis hopper
Foto: Reuters
Morre aos 74 anos o ator e diretor Dennis Hopper, de “Easy Rider”
Em 1989 fiz um programa interessante com os meus filhos Fernanda e Antonio, na época com 12 e 10 anos de idade.
Começamos com uma semana de esqui na neve em Vail, Colorado, em seguida levei-os à Disney de Los Angeles, e ficamos em um hotel ali perto em Anaheim.
Lá pelas tantas me ligou o meu falecido amigo Jay Chiat (1931-2002) e disse:
– Fernando, come up here, I reserved a room for you in Marina del Rey, it’s closer and we could get together. (as distâncias em LA são imensas)
Mudamo-nos de mala e cuia, guiei os cerca de 60km que separavam os bairros, e na mesma noite o Jay me convidou para jantar no Rebecca’s em Venice, frizando que o restaurante era um projeto novo do Frank Gehry, amigo dele e cujo escritório visitei em 1985.
Agitei um programa para os meus filhos jantarem no quarto, o Jay me pegou no hotel em um Porsche 928 preto, naquela época sua agência de publicidade, a Chiat-Day tinha a conta da Porsche.
Chegamos ao Rebecca’s Restaurant em Venice, 2025 Pacific Avenue, e quase caí de costas. O bar na entrada era inteiro de alabastro (ou onyx), e reluzia na atmosfera sensual, no teto um enorme crocodilo feito de placas de metal, o restaurante era a coisa mais interessante e ousada que eu jamais havia visto.
Pouco a pouco os outros convidados foram chegando, o Jay ia me apresentando, entre eles Dennis Hopper (1936-2010). Lembro-me do Jay conversando com ele sobre um warehouse que eles iriam comprar, algo assim.
E eu estava sentado ali do lado dele, tive o privilégio de jantar com um dos monstros sagrados do cinema. Quis a fatalidade que ambos falecessem de cancer da próstata, ainda jovens, com setenta e poucos anos.
é isso, por fernando stickel [ 18:19 ]
9 de maio de 2010
o inferno
O filme Salário do Medo (1953) que assisti na minha adolescência, com Yves Montand, me marcou muito, era um drama sobre o transporte de um caminhão carregado de nitroglicerina. Eu só não sabia que o diretor do filme era Henri-Georges Clouzot, um dos “monstros sagrados” do cinema.
Descobri isso assistindo ao filme O Inferno de Henri-Georges Clouzot em cartaz no Reserva Cultural.
A história deste filme é interessantíssima, começa em 1964 com o diretor escrevendo, dirigindo e produzindo seu filme O Inferno com Romy Schneider e Serge Reggiani.
A filmagem complicadíssima, com orçamento hollywoodiano, não avançou, o ator principal totalmente estressado pelas exigências do diretor se arrancou antes do final da filmagem e Henri-Georges Clouzot teve um enfarte. O filme foi abandonado.
Em 2005 a viúva do diretor, falecido em 1977, trouxe à luz os filmes originais, o que permitiu a execução deste documentário fantástico.
O inferno de que trata o filme é o ciúme. O diretor deu total liberdade à equipe para pesquisar sons e imagens que transmitissem a loucura terminal do personagem consumido por ciúme doentio.
O resultado é uma mistura improvável de Fellini com Marcel Duchamp.
O universo da Op Art e da música eletroacústica se mistura com cenas sensuais de Romy Schneider, no auge de seus 26 anos esquiando nas águas de uma represa.
é isso, por fernando stickel [ 10:35 ]
27 de abril de 2010
chico xavier
O filme Chico Xavier é mais uma boa história que um bom filme. Ainda assim vale a pena assistir para conhecer um pouco da vida desta figura!
A interpretação de Nelson Xavier é impressionante!
é isso, por fernando stickel [ 16:30 ]
26 de abril de 2010
steve mcqueen
Steve McQueen em seu Jaguar XKSS 1956.
Obrigado pela dica, Aly.
é isso, por fernando stickel [ 14:35 ]
21 de abril de 2010
tudo pode dar certo
O excelente Larry David, no papel de Boris Yellnikoff, um físico aposentado que “quase” ganhou o Prêmio Nobel de Física.
Woody Allen em sua melhor forma. O filme Tudo pode dar certo (Whatever Works) passa-se em New York, é hilário, inteligente, positivo, imperdível.
No meio da sessão de ontem, no Shopping Iguatemi, quase que para ilustrar as incertezas da vida apresentadas no filme, a luz se acendeu e houve um pequeno reboliço, protagonizado pelo companheiro Ivo e pela companheira Eleonora.
Pessoas se levantaram, houve discussão sobre os lugares marcados, cerca de 5 minutos depois, como que provado o Princípio da incerteza de Heisenberg, tudo voltou ao normal e a sessão recomeçou.
é isso, por fernando stickel [ 9:10 ]
9 de março de 2010
guerra ao terror
Bigelow, gata californiana de 59 anos!
Vi Avatar e vi Guerra ao Terror.
O segundo é infinitamente melhor que o primeiro, e a Academia reconheceu justamente a diferença.
Posso dizer tranquilamente que Guerra ao Terror (título original The Hurt Locker) da vencedora diretora Kathryn Bigelow é um dos melhores filmes de guerra que jamais vi, fica no mesmo nível de Bastardos Inglórios de Quentim Tarantino e Apocalypse Now de Francis Ford Coppola.
é isso, por fernando stickel [ 8:38 ]
8 de março de 2010
a serious man
Schrödinger’s cat is a thought experiment, often described as a paradox, devised by Austrian physicist Erwin Schrödinger in 1935.
It illustrates what he saw as the problem of the Copenhagen interpretation of quantum mechanics applied to everyday objects. The thought experiment presents a cat that might be alive or dead, depending on an earlier random event. In the course of developing this experiment, he coined the term Verschränkung — literally, entanglement.
Este experimento aparece na aula de física quântica do Prof. Larry Gopnick no excelente filme Um homem Sério (A Serious Man) dos irmãos Coen.
Não vou falar mais nada, e assim, falei tudo.
é isso, por fernando stickel [ 23:02 ]
1 de março de 2010
tcc, fita branca e alemão
Ontem de manhã fiz a última revisão do meu TCC, para a impressão final e entrega à biblioteca da FIA/CEATS.
Com isso encerro definitivamente minha participação na fase acadêmica da 5ª Turma do MBA FIA-CEATS em Gestão e Empreendedorismo Social, fica faltando apenas a formatura e o diploma.
Coincidentemente assistimos à tarde ao excelente filme “Fita Branca” (Das weisse Band – Eine deutsche Kindergeschichte), falado em alemão. Entendo muitas coisas, principalmente o “espírito” (Geist) da língua, mas me falta traquejo e vocabulário.
Na minha cabeça, desde o final do MBA que me proponho a falar alemão direito, e para tanto preciso descobrir alguém para me dar aulas de conversação.
O dia de ontem juntou as duas coisas.
Estou pronto para o alemão.
é isso, por fernando stickel [ 10:00 ]
21 de fevereiro de 2010
avatar
Fomos assistir Avatar, por conta de inúmeras pessoas garantindo que “PRECISA” ver.
Será??!!
Se tiver gás talvez eu elabore um comentário, não agora.
é isso, por fernando stickel [ 0:00 ]
9 de janeiro de 2010
sherlock holmes
Fui ver o filme Sherlock Holmes.
OK. Poderia até ser um filme razoável caso seu título fosse por exemplo “Missão Impossível III”
Quem como eu leu as obras de Sir Arthur Conan Doyle, não deve ter gostado.
O ritmo, os planos cortados e as mudanças de cena são excessivos, e óbviamente o caráter criado por Conan Doyle não privilegiava os músculos do “action man” protagonizado por Robert Downey Jr., e sim, como todo mundo sabe, suas pequenas células cinzentas.
Meu filho Arthur, que ainda não leu os livros de Sir Arthur Conan Doyle, gostou do filme.
Algo me chamou a atenção na esfera técnica do filme, acho que chama-se “sound design”. Pela primeira vez assisti a cenas de explosões onde o som é o da vítima, ou seja, o zumbido infernal e o rebaixamento de todos os outros sons, conheci este efeito por experiência própria. De maneira geral o som é muito bem explorado.
é isso, por fernando stickel [ 9:18 ]
6 de janeiro de 2010
new york, i love you
New York, Eu te Amo, (New York, I Love You)
Gostei muito deste filme, por várias razões.
Ele é feito de vários segmentos, escritos e/ou dirigidos por diferentes diretores, que parecem combinar entre si não extrapolar, não privilegiar a vertente da política, das minorias excluidas, da corrupção ou do crime, recursos extremamente fáceis de usar e repetitivos em filmes que tem New York como tema.
Todos os segmentos se mantém no âmbito das relações humanas e do amor, abordando as diferentes etnias, religiões, profissões, idades e sexos dos personagens, a música, arte, enfim, o retrato fiel do caldeirão que é New York.
Lembrei muito do meu filho Arthur, que levei a New York pela primeira vez em Janeiro 2009, para comemorar seu aniversário de 14 anos, pois quase que o filme poderia ser um “cadastro” dos locais, climas e situações que vivemos naquela semana.
O filme passa ao espectador a mágica da cidade, seus locais emblemáticos, os fumantes do lado de fora dos restaurantes, o metrô, os taxis, Chinatown, Brooklyn Bridge, o apartamento do músico, o loft do artista, etc… e de certa forma como tudo isso está orgânicamente conectado nas eletrizantes relações que constroem um único, complexo e fascinante organismo, The Big Apple.
Atores excelentes como Julie Christie, Andy Garcia, Eli Wallach, Natalie Portman, John Hurt e vários desconhecidos (para mim) se mesclam com surpresa, humor, drama e poesia.
é isso, por fernando stickel [ 10:14 ]
27 de dezembro de 2009
les herbes folles
Veja só o que dá a distração.
Me esqueci que havia assistido à tragédia que foi o último filme de Alain Resnais, de 2006, me encantei com o título do novo, e acabamos por perder tempo com a droga que fomos ver hoje: As Ervas Daninhas (Les Herbes Folles).
Por pouco, muito pouco não saimos no meio do filme.
Aos 87 anos, repito, Alain Resnais devia apenas curtir os netos, talvez alimentar um pombo, mas por favor, não faça mais filmes!
Por conta do meu desgosto resolvi comentar o filme no The International Movie Database , veja o meu “review” aqui, em inglês.
é isso, por fernando stickel [ 18:50 ]
24 de dezembro de 2009
pale blue dot
Pale blue dot – O pálido ponto azul, a film by David Fu sobre texto de Carl Sagan, narrado por ele próprio.
Meu irmão Neco me enviou este filme como mensagem de fim de ano. Eu já o conhecia, mas revi, e recomendo.
São apenas 5′:58″ de pura sabedoria e poesia.
é isso, por fernando stickel [ 10:59 ]
7 de dezembro de 2009
abrazos rotos
Quer ver um filme bonito, forte, com uma trama interessante, com uma atriz estonteantemente bonita?
É o último do Almodovar: Los abrazos rotos (Abraços partidos) com a deusa Penélope Cruz.
Não perca!
é isso, por fernando stickel [ 10:42 ]
30 de novembro de 2009
julia child & cuervo flores
Dois filmes e dois personagens fantásticos: Julia Child e Cuervo Flores
A Julia interpretada por Meryl Streep no filme Julie & Julia de Nora Ephron é impagável, perfeita, hilária.
O sedutor profissional “Cuervo Flores” interpretado por Gabriel Goity no filme Un novio para mi mujer do argentino Juan Taratuto é um personagem simplesmente perfeito.
Duas histórias de otimismo e superação. Com humor. Dois excelentes filmes.
é isso, por fernando stickel [ 9:31 ]
21 de novembro de 2009
2012
2012, o Filme.
Começa muito bem e se desenvolve com interesse, a base científica misturada com as previsões Maias é plausível, o efeito “forno de microondas”, os neutrinos, mudança dos polos magnéticos, tudo vai bem até a metade do filme.
Os efeitos especiais dos terremotos, erupções, tsunamis são muito, muito bons.
A partir da metade começa o melodrama, aí o filme cai para açucarados e intragáveis chavões. É uma pena.
Ah, sim, poderiam cortar pelo menos 30 minutos…