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coisas, coisas, coisas...
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Arquivo: janeiro de 2024

blog maduro

Aqui tem coisa – Um blog maduro!

O meu blog ompleta hoje, 31 janeiro 2024 exatos 21 anos de idade!

Maduro por que?

Está completando 21 anos de idade?
Assim como eu insisto em escrevê-lo, tem meia dúzia de malucos queridos que insistem em visitá-lo e talvez lê-lo?
Foram escritos 6570 posts até agora, quase um post por dia (0,88) ininterruptamente nestes 7665 dias…
Já recebi 5760 comentários nos posts, e não deixei de responder nenhum deles?
O blog já mudou de casa e de cara várias vezes?
Fiz denúncias importantes, e acabei sendo processado?
Conto histórias de todos os tipos, sempre procurando checar todos os fatos envolvidos?
Conquistei várias amizades neste métier?
Fui acometido da terrível doença FUROR BLOGUEIRO, postando mais de três vezes ao dia por longos período, da qual consegui me curar?
Comprei minha primeira câmera fotográfica digital por causa do blog?
Implementei ao longo do tempo várias funcionalidades e upgrades tecnológicos?
O “aqui tem coisa” já foi eleito um dos 100 melhores blogs do Brasil?
Melhorei a qualidade das imagens postadas, e também a quantidade de texto por post, que cresceu, na média, ao longo do tempo?
Acredito cem por cento na liberdade de expressão?
Prefiro o mundo infestado por adolescentes punheteiros que por cretinos politicamente corretos?

Acompanhe AQUI a evolução do blog, desde sua criação.

é isso, por fernando stickel [ 7:51 ]

faleceu carl andre

Faleceu Carl Andre aos 88 anos de idade. Desde o dia em que descobri sua obra lá nos anos 70, fiquei fascinado e curioso.
Como suas obras podiam ser tão poderosas e simples ao mesmo tempo? Muitas delas se erguendo apenas 1 cm. acima do chão…
A mesma pergunta se aplicava às obras de Walter De Maria e Donald Judd, dois minimalistas como ele, por exemplo, mas estes tinham mais atrativos visuais, Carl Andre era minimalista raiz, e mais surpreendente!

4th Steel Square
2008
Aço (1 x 200 x 200 cm)
16 unidades, cada (1 x 50 x 50 cm)

é isso, por fernando stickel [ 18:30 ]

eterno peso

Desde que me conheço por gente eu controlo o meu PESO.

De alguns anos para cá um pneu se inseriu silenciosa e insidiosamente no meu figurino, fato esse que ocorreu sem mudança no peso, pois mantenho de 92 a 93 quilos, na média há pelo menos duas décadas.

Ocorre que com o envelhecimento você inevitavelmente perde massa magra, e portanto aumentei a proporção de gordura em relação ao peso total, daí o aparecimento do pneu.

Já fui ao nutricionista alguns anos atrás, aprendi tudo que é preciso aprender, fiz uma dieta, anotei e fotografei tudo o que comia, desisti, e continuo fazendo exercícios regularmente mas não na mesma intensidade de anos atrás, o que também contribuiu para o aparecimento do pneu.

Depois de muito pensar decidi que é hora, aos 75, de tomar uma atitude definitiva e me livrar do pneu, de maneira natural, e para isso resolvi observar o que faz a Sandra, minha mulher, que come praticamente as mesmas coisas que eu e mantém seu peso e seu belo corpo há décadas. Qual a diferença?

Os hábitos que coincidem:
– Horários regulares das refeições saudáveis, café da manhã, almoço e jantar
– Horários regulares de dormir e acordar
– Exercícios diários
– Check-ups anuais

Onde ela faz diferente:
– Gosta muito mais de salgados do que de doces
– Bebe pouquíssimo, talvez 5 ou 10% da quantidade que eu bebo.
– Come pouquíssima besteira, como chocolates, sorvetes, etc… talvez menos de 5% do que eu
– Faz lanche da tarde regularmente
– Não come mais nada após o jantar.

Observações feitas resolvi fazer um teste, e replicar o comportamento da Sandra durante uma semana. Sem álcool, sem doces e sem nada depois do jantar, só água.
Apenas uma exceção, que é o jantar da quarta-feira, que fazemos tradicionalmente no restaurante japonês, e aí eu me permito um ou dois sakes. Algo similar farei no sábado ou domingo.

Iniciei o teste na sexta-feira 12/01/2024, com o peso de 92,5kg. Hoje, 19/1 estou pesando 92,1kg, ou seja com esta estratégia simples, praticamente indolor, perdi 400 gramas.

A técnica é indolor, sim, contanto que você mantenha 100% do foco no objetivo, que é perder o pneu, e ganhar agilidade, usar calças que estão apertadas, etc…

Para colocar números no objetivo, vou pensar em perder cerca de 200 gramas por semana durante 20 semanas, ou seja, chegar a 88kg em 1 julho 2024. Haverão intercorrências, viagens, e várias otras cositas mas, mas no geral acho que é um bom plano, o sucesso da primeira semana me deixa animado!

é isso, por fernando stickel [ 8:26 ]

tintim 95 anos


Tintim e Milu © Hergé-Moulinsart 2018

Nada como iniciar o ano de 2024 celebrando, com alguns dias de antecedência, o aniversário de 95 anos de Tintim!

Reproduzo o post do blog Arte, aqui e agora da minha amiga Sheila Leirner:

Começo 2024 com Tintim, que hoje está um jovem velhinho com o qual nós, não tão velhinhos, mas verdadeiros baby boomers , podemos nos identificar. Tintim é Hergé, seu criador, claro! O positivo e modelar herói loiro de topete da nossa infância e juventude, repórter no qual nos projetávamos, e seu cachorro Milu – com mais de 250 milhões de álbuns vendidos no mundo, traduzidos em 110 línguas e dialetos – mesmo quando não podemos dizer que fomos ou somos verdadeiros “tintinófilos”. Isso, embora o personagem tenha sido criado em 1929 e constitua apenas a parte mais visível de uma obra com outras figuras e uma grande invenção, a famosa “linha clara”: o estilo de desenho que utiliza um só traço negro em torno das imagens e que influenciou até mesmo a Pop art.

Além da centena de personagens – entre as quais estão o Professor Girassol, Dupond e Dupont, Bianca Castafiore, Nestor, Rastapopoulos, Dr. Müller -, quem pode esquecer da residência do Capitão Haddock, calcada no castelo de Cheverny? E por falar nesse marinheiro, os curadores da grande exposição no Grand Palais em Paris dedicada a Hergé, em 2016, foram felizes na criação da sua página Twitter (hoje “X”) com um “gerador de insultos”. Assim, se as pessoas tivessem uma veia um pouco masoquista e quisessem ser injuriados(as) em francês de “Bachi-bouzouk!”, “Bugre falso ao molho tártaro”, “Espécie de cabra mal penteada”, “Coloquíntida com gordura de porco-espinho” ou “Ectoplasma de rodinhas”, bastava seguir o vociferador e dialogar com ele. Eu fui insultada de “Sombra oricterope”!

Muito se fala da “questão colonialista” nas histórias de Tintim. Coisa de woke não pode faltar. Mas entre os 600 livros que lhe foram consagrados, Albert Algoud, autor do volume integral dos xingamentos do Capitão (Ed. Casterman, 2014), que lançou também o Dicionário amoroso de Tintim (Ed.Plon), esclareceu um aspecto menos conhecido. O da batalha entre célinianos e tintinófilos, sobre a paternidade dos palavrões. Teria Hergé se inspirado em Louis-Ferdinand Céline para criá-los? Ora, parece que o barbudo Haddock de bom coração – fumador de cachimbo e colérico, também nascido do célebre Pencroff, personagem de Júlio Verne em “A Ilha Misteriosa” – sim, ele proferia horrores inspirados pela pluma (antissemita) do escritor e médico francês. Que honra e… decepção.

Um grande artista contemporâneo
A origem do pseudônimo do criador de Tintim deve-se às iniciais invertidas “RG” (de Georges Rémi), cuja pronúncia é “Hergé”. Hergé (1907-1983) foi um desenhista que esgotou todas as suas possibilidades de criação, inspirando-se inclusive em outros cartunistas, países, regimes, civilizações antigas e primitivas. No processo criativo do mestre, fica evidente a influência que tiveram sobre ele diferentes formas de arte como o cinema, a fotografia e também as ilustrações de Benjamin Rabier (autor da famosa “vaca que ri” do Polenguinho francês).

Fora da obra do gênio, quanto ao indivíduo, ainda resta a sombra de um grande mistério. Ele foi de fato um grande artista contemporâneo, uma das figuras mais conhecidas do planeta, porém também uma das mais elusivas. Por esta razão talvez, não apreciei a cronologia invertida naquela exposição retrospectiva no Grand Palais, há oito anos.

Começava por mostrar um sofisticado homem de cultura, para terminar com a infância dele em Bruxelas, sua cidade natal, a admiração pelo escotismo e as imagens do primeiro amor Milu, apelido da namorada. Esse “percurso ao contrário” perturbava, e muito. Opunha-se à ambição e à luta formidável de um artista sobre o qual uma das únicas coisas que sabemos de seu íntimo é que, inversamente, desejou sair da “cinza e medíocre juventude” e ganhar o vasto mundo.

Até a próxima que agora é hoje, primeiro dia do ano e, como diria Hergé, “as maiores aventuras são as interiores”! Mas como diria também o Capitão em “O Caranguejo das pinças de ouro” (e, no momento mundial presente, você pode interpretar como quiser) “VINGANÇA! VINGANÇA! VINGANÇA! VINGANÇA! Canalhas!… Emplastros!… Pés-descalços!… Trogloditas!… Caramelos-Tchuk-tchuk!”

Feliz Ano Novo, queridos amigos e leitores!


Tintim e Capitão Haddock © Hergé-Moulinsart 2018

é isso, por fernando stickel [ 9:38 ]