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ca’d’oro

cadoro
Ca’d’Oro 1953-2009

Símbolo do charme de um centro paulistano que não existe mais, o Grand Hotel Ca’d’Oro, primeiro cinco estrelas de São Paulo, fechou suas portas ontem.
Nas grandes ocasiões familiares meu pai nos levava sempre ao restaurante do hotel Ca’d’Oro, tanto na R. Basilio da Gama quanto na R. Augusta, onde invariavelmente a pedida era fettuccine al triplo burro, preparado na nossa frente com generosas doses de creme de leite, manteiga e parmesão.
Recém casado, nos anos setenta, ainda me aventurei por lá, dispensando a tutela do meu pai.

cadoro_bollito

Os homens só entravam de terno e gravata, ou no mínimo paletó. O maître Atico conhecia todo mundo, cumprimentava pelo nome, era um grande acontecimento.
A decoração era pesada, cafona como só os italianos sabem ser, mas tinha o seu charme.
A vida muda, e hoje em dia não tenho mais paciência para restaurantes muito cheios de “frescura”, prefiro ambientes mais simples.
Levo comigo do Ca’d’Oro memórias agradáveis de um tempo onde meu pai reinava absoluto, quando “ir à cidade” exigia terno e gravata, e os jantares eram ocasiões festivas e antecipadas por toda a família.

é isso, por fernando stickel [ 8:37 ]

2 comentários

fernando zanforlin

dezembro 21st, 2009 at 9:36

Uma pena, era um dos bons locais para ir em São Paulo, há uma grande probabilidade de nós, com nossos pais termos estado no mesmo domingo. Porem eu sempre degustava o Cozido, como aparece na foto.
?ßs.

fernando stickel

dezembro 21st, 2009 at 9:46

Xará, quem gostava do cozido era minha avó Lili, que naquela época morava conosco.

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